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Capítulo

LIVRO 1 Janaína sempre foi uma jovem focada e com sonhos, uma jovem focada e com sonhos, muito diferente de sua irmã Sophi. O destino mudará a vida das duas por completo. Janaína passará a ter apenas um sonho... Ver Alice feliz! ESTE LIVRO CONTÉM CENAS QUENTES... Quem é Alice? Logo descobrirá...

Capítulo 1 PRÓLOGO

NARRAÇÃO JANAÍNA

São 22h da noite e a gritaria já começou aqui em casa. Mesmo com os fones de ouvido ainda posso ouvir a Sophi gritando com o meu pai. Tem sido assim desde que ela completou dezoito anos e se acha a dona da própria vida. Terminou os estudos, mas se nega a fazer faculdade. Trabalha como vendedora em uma loja de roupas no centro da cidade e o pouco salário que recebe fica pra ela, sem ajudar nas despesas da casa. A verdade é que seu pouco salário é investido em roupas caras e baladas de gente rica.

Encaro meu caderno e não tenho condições alguma de continuar estudando com essa gritaria. Fecho o caderno e os livros, deixando tudo no canto da pequena escrivaninha. Sou mais velha que Sophi apenas dois anos. Dediquei um ano da minha vida após o colégio para estudar e entrar em uma faculdade pública. Acabei de entrar no segundo ano de medicina e minha vida está uma loucura. Trabalho em um pequeno consultório médico como recepcionista do Dr. Francisco, um chato cirurgião plástico com uma mulher plastificada. A porta do quarto se abre e Sophi surge furiosa. Entra e bate a porta com tudo.

- Nem pense em sair desse quarto hoje.

Escuto meu pai gritar da sala e ela revira os olhos.

- Velho chato.

Resmunga e arranca sua roupa de trabalho. Da cama apenas a observo pegar uma toalha e ir para o banheiro. Dividimos o mesmo quarto desde sempre. Assim que ela entra no banheiro, a porta do quarto abre e minha mãe aparece.

- Onde ela está?

- No banheiro.

Solta um longo suspiro.

- Não aguento mais esses dois.

- Bater de frente com ela não vai resolver.

- Eu sei... o problema é o seu pai. Eles são muito parecidos.

- Sim...

Aproxima-se da minha cama e me olha com carinho.

- O que Sophi nos dá de trabalho, você é o oposto.

- Só quero ser alguém na vida e seguir meu sonho.

- Um lindo sonho.

Senta-se na cama.

- Tenho tanto orgulho de você.

- Ela só esta em uma fase complicada, logo toma rumo na vida.

- Espero que sim.

Beija minha testa e sai do quarto, fechando a porta. Deito e me enterro no travesseiro, tentando dormir, já que acordo muito cedo amanhã. Um barulho estranho me acorda. Abro os olhos assustada e vejo minha irmã sentada na janela, está toda arrumada pra sair.

- Sophi...

Sussurro e ela me olha, sorri e me lança uma piscada.

- A vida é muito curta, Janaína!

Se joga da janela e sei que isso não vai prestar.

***************

TRÊS MESES DEPOIS

Chego em frente de casa e a gritaria começou cedo hoje. Respiro fundo e abro a porta.

- Você é uma vagabunda!

Meu pai grita para minha irmã que chora no canto da sala. No sofá minha mãe chora como ela, enquanto meu pai grita como louco.

- Quem é o pai dessa criança?

Oh merda! Olho para Sophi que abaixa a cabeça.

- Responde!

- Eu não sei...

Sua resposta é baixa e o vejo erguer a mão para bater em minha irmã.

- Não...

Me coloco entre os dois e meu pai me olha assustado.

- Não bata nela.

- Sua irmã merece apanhar.

- Nada justifica uma agressão.

- Mauro, já aconteceu!

Minha mãe diz se aproximando.

- Você não pode aceitar isso, Sandra! Sua filha é assim por sua culpa.

Sophi está encolhida atrás de mim, sem dizer nada.

- Saia da minha casa!

Meu pai diz com um olhar sombrio.

- Pegue suas coisas e saia dessa casa.

- Pai!

Sophi tenta argumentar, mas ele avança e consigo impedir que a toque.

- Saia...

Tenho medo de seu olhar agora.

- Vai expulsá-la grávida?

Pergunto completamente chocada com essa atitude. Ele se quer está pensando em como Sophi vai sobreviver com essa criança.

- Que procure o pai para ajuda-la. Não receberá nenhuma ajuda minha e de sua mãe.

Olho para a minha mãe e me decepciono ao ver que não se posiciona contra.

- Se ela for, também vou.

Digo firme e minha irmã segura meu braço.

- Não faça isso, Janaína!

- Se expulsá-la, estará me expulsando também.

- Se vai defender sua irmã, então presta menos do que ela. Quero-a fora de casa e se for com ela, ambas deixarão de existir pra mim.

- Então hoje o senhor perde duas filhas.

Viro e olho para Sophi.

- Vamos arrumar nossas coisas.

- Não temos pra onde ir. Não quero que sofra por um erro meu.

- Uma criança nunca é um erro. Se ela está em sua barriga é porque Deus tem um propósito. Meu sonho é ser pediatra, porque amo crianças e não posso aceitar que rejeitem uma.

Seguro suas mãos.

- Vai ficar tudo bem se confiar em mim e nos unirmos. Confia em mim?

- Sim...

- Então vamos...

***********

CINCO MESES DEPOIS

Ajudo Sophi a terminar de arrumar o berço da nossa garotinha.

- Logo ela estará aqui!

Diz cansada e vejo sua enorme barriga.

- Ainda não escolheu o nome da sua afilhada.

Acaricia sua barriga e senta na pequena poltrona. Sophi modificou seu quarto para receber minha afilhada. O pequeno apartamento que moramos mal nos cabe e um bebê ocupou ainda mais espaço. Mas estamos felizes e prontas para essa pequena. Me aproximo e ajoelho a sua frente, deitando minha cabeça em sua barriga. Recebo um chute e isso me faz rir.

- Quero escolher o nome dela ao olhar seu rostinho.

- Então será em breve. Amanhã vou na loja entregar meu afastamento e oficialmente esperar o nascimento da nossa princesa.

Nesses meses que estamos fora de casa, nunca recebemos uma ligação ou visita dos nossos pais. Realmente deixamos de existir pra eles. Tenho conciliado os estudos com o emprego, mas o dinheiro anda apertado e Sophi não ganha muito. Talvez seja a hora de procurar algo novo.

- Preciso de um banho e dormir, amanhã vai ser corrido.

Sophi diz e me levanto, ajudando-a se levantar da poltrona

- Amanhã saio cedo, então tome cuidado.

- Certo!

Responde rindo. Antes de sair do quarto, Sophi me chama e me viro pra ela.

- A vida é muita curta!

Pisca para mim e não tem como não rir. Sophi diz isso para mim desde que saímos da casa dos nossos pais. É uma forma de me dizer para viver mais e curtir a vida.

- Boa noite!

***********

O dia hoje está estranho e tenso. Não consegui me concentrar em nada e isso está me irritando. Meu celular toca com um número restrito.

- Alô!

- Janaína Kochhann?!

- Sim...

- Sou Richard, assistente social do Hospital de Santa Catarina.

Minhas mãos ficam frias e sinto um calafrio no corpo.

- O que houve?

- Poderia vir até o hospital?

- O que houve?

Pergunto gritando com os olhos cheios de lágrimas.

- Sua irmã sofreu um acidente. Poderia comparecer no hospital?

Sem responder, enfio o telefone na bolsa e saio correndo da clínica, sem avisar ninguém.

************

Entro no hospital correndo e vou até a recepção.

- Me ligaram...

Digo ofegante, buscando o ar.

- Richard... Preciso falar com Richard...

- Janaína...

Viro e vejo um homem alto e moreno.

- Sou eu...

- Me acompanhe...

Vira e vai andando, enquanto o sigo. Entramos em uma sala de espera.

- O que houve com Sophi?

- Sente-se!

- Estou bem assim.

Ele respira fundo e isso só piora meu nervosismo.

- Sua irmã atravessou a avenida principal sem olhar para os lados. Infelizmente um carro em uma velocidade alta não conseguiu frear ou desviar e acabou atingindo sua irmã.

Sento já sem forças e sem conseguir controlar o choro.

- Está em cirurgia agora e estão fazendo de tudo para salvar ela e o bebê.

Oh meu Deus! Os soluços ecoam na pequena sala e vejo meu mundo desmoronar. Passos pesados entrando na sala, me chamam atenção. Um médico com roupas do centro cirúrgico me olha e vejo dor em seus olhos.

- Não...

Sussurro e ele abaixa a cabeça.

- Sinto muito!

- Não...

Grito em desespero.

- Não... Não... Não...

Enfio meu rosto em minhas mãos e a dor me consome.

- Infelizmente não conseguimos salvar a mãe...

Olho para o médico.

- Mas o bebê sim. Uma linda garotinha muito saudável.

Solto um longo suspiro.

- Ela está bem?

Ele confirma com a cabeça.

- Quer conhecê-la?

- Sim... Por favor!

************

Seguimos para berçário. Ainda parece que estou vivendo um pesadelo. Minha irmã... Sophi se foi... Paramos em frente ao berçário.

- Deixe suas coisas naquele armário e lave bem as mãos.

Faço o que o médico orientou. Termino de lavar minha mão e a seco. Entramos no berçário e vejo vários bebês em berços hospitalares.

- Aqui...

Paramos em frente a um pequeno pacotinho lindo.

- Essa é a sua sobrinha.

Não consigo controlar o choro.

- Quer pegá-la?

Confirmo com a cabeça, sem condições de falar.

- Sente-se naquela cadeira.

Sento e ele vem com ela para os meus braços. Acomodo-a perto do meu peito e escuto seu resmungo.

- Oi!

Sussurro entre as lágrimas. Ela abre seus lindos olhinhos e me encara. Como dizer a ela que perdeu a mãe? Como dizer a ela que estamos sem Sophi?

- Vou cuidar de você...

Aliso suas bochechas rosadas.

- Sempre estarei aqui pra você e não deixarei nada te acontecer, Alice...

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