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Na mira do amor
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Capítulo

A corrente que governa a humanidade, se quebrou em vários pedaços, depois que uma terrível profecia foi revelada pelos sacerdotes da Deusa Huranis. O templo alertou do nascimento do caos, onde o mundo será engolido pelas trevas mais uma vez. No reino de Fogo, longe das províncias da luz, vivem isolados o povo do Deus da Noite. A rainha dá à luz duas filhas: a mais velha tão bela quanto o sol, cheia de pureza em seu coração. No entanto, a segunda criança, nasce segundo as profecias. Seus olhos são vermelhos carmesim, possui a marca da lua no seu ombro, além dos cabelos escuros como a noite. O povo se assusta, havendo a possibilidade de a profecia ser realizada. Sendo assim os seguidores da luz, resolveram assassinar toda a família real do reino do Fogo. Houve uma terrível guerra, onde o rei juntamente com sua rainha, morrem, a fim de proteger suas crianças. Anos depois, o príncipe herdeiro do novo império de Huranis, pede em casamento a mão da princesa do reino do Fogo, numa tentativa de trazer paz para ambos os lados, começando o pesadelo da criança da profecia.

Capítulo 1 Começo

O mundo sempre tratou o povo do Reino do Fogo como maligno, por várias razões. Seguimos o deus da Noite, nosso poder vem da escuridão, e da morte. Apesar de tudo, somos como qualquer outro povoado: temos o lado ruim, e o lado bom. O reino de Huranis, pelo contrário, serve à Deusa do Sol. O único inimigo mortal do Deus da Noite. Há várias escrituras descrevendo o quão terrível fora a disputa, quando estes dois poderosos, brigavam entre si.

Por isso todos os seguidores do Deus Fall, foram banidos para as terras de rios de lavas, afastadas da benção da Deusa. O povo era feliz, mesmo com pouquíssimos recursos. O rei e a rainha se amavam muito, até receberem uma carta terrível, anunciando uma profecia que pode mudar o rumo de suas vidas.

“A profecia de Calmet”. Os sacerdotes da luz sagrada receberam visões da reencarnação do caos. O poder selado do Deus da Noite viverá no corpo de sua linhagem, tragando o mundo em escuridão. A profecia parecia apenas um engano, pois a criança não surgiu por longos anos. Além disso, a primeira princesa do reino se parece com a Deusa Huranis.

Cheia de luz, bondade; cabelos longos, volumosos pelos cacheados, reluzente à luz do sol, seus olhos tem a cor do céu esta figura sublime parece ter sido desenhada pelas mãos da Deusa.

A beleza da bebê, chamou atenção no mundo inteiro, todos os onze povos com seus representantes, vieram a ver a linda criança, oferecendo seus tesouros e bençãos.

A criança apagou a imagem ruim do país do Fogo, trazendo negócios, parceiros políticos e até o reino mais poderoso, neste lugar afastado da luz.

A rainha estava muito alegre por causa da sua filha, proclamando a data do seu nascimento num feriado nacional. Sacerdotes vieram verificar a pureza do poder da criança, a proclamando filha do sol, a oferecendo para criá-la no templo como a santa da igreja de Huranis.

Por amor, não aceitaram esta honra, pedindo assim para ficar com sua filha enquanto puderem. O reino de Draks não gostou de ver seus sacerdotes sendo rejeitados, todavia não podiam simplesmente pegar a criança à força dos pais.

Ao final de cinco anos, a rainha do Fogo novamente dá à luz. Uma magnífica menina nasce: seus cabelos são negros como a noite, os olhos vermelhos como sangue, e tem a marca de uma meia lua no seu ombro. Seus pais se assustaram ao ver a menina cuja descrição era igual as profecias dos sacerdotes de Huranis. Por mais que quisessem esconder a filha, logo todos saberiam de sua existência, começando a queda do reino isolado do fogo.

— Por favor, não!

— Acalme-se, Leia!

— Nossa bebê... nossa filha!

— Irei protegê-la, confie em mim!

— Maomé, eles não iram nos escutar! Marido, o que faremos?

— Meu amor, descanse, não chore. Custe o que custar, vou manter nossa família a salvo!

O rei matou muitos com suas próprias mãos. Todos os participantes no parto da criança acabaram em valas, reduziu os empregados no palácio, afastou seus servos do dormitório de suas crianças. As visitas passaram a ser anunciadas com dias de antecedência, a fim de proteger o segredo que poderia lhes custar a vida.

Todavia, dentro dos portões, havia espiões de todos os reinos, pois os mesmos estavam de olho na primeira princesa, a fim de lhe raptar, devido seu poder e beleza. Levou pouco tempo para descobrirem o nascimento da criança da profecia, os espiões espalharam pelos quatros ventos do mundo a existência dessa criança maldita, o pânico se instaurou nos corações de todos.

Todos agora se unem num único objetivo: eliminar o reino do Fogo, os malignos. Estava claro a desobediência, mantendo viva o portador desse poder das trevas. Entretanto, mesmo perdendo suas terras, seus poderes, a dignidade, jamais o rei mandaria suas crianças para a morte.

Desde o isolamento, o reino não possui armas. Os magos e sacerdotes têm pouca magia dentro do corpo, por isso são fáceis de matar. Os reinos com seu maior aliado, o reino de Draks invadiu as terras do rio de lava, ninguém teve chance de escapar das espadas afiadas dos outros povos. Encurralados, às pessoas que morreram abraçadas com suas famílias, foram eliminadas sem chance de defesa. O rei e a rainha, assistiram o sangue do seu povo se misturar com o rio de lava, sem poder ajudar.

No alto do seu palácio, o príncipe herdeiro do reino de Draks, pede impaciente para se entregarem.

— Entreguem a criança!

Ordena aos pais.

— Por favor, parem! Ela é só um bebê! — a rainha suplica por sua filha amada.

— Bastardos! Era isso o que sempre quiseram! Sempre quis a nossa morte! — o rei grita, enfurecido.

— Pra começar, vocês deveriam ter sido extintos há muito tempo!

O rei fica espantado com as palavras, abraçando sua esposa com carinho, limpando suas lágrimas.

— É uma pena que prefiram morrer junto da criança amaldiçoada, contudo, não se preocupem. Cuidarei da filha mais velha no seu lugar. Morram em paz!

Olhando um para o outro, o rei beija sua rainha com paixão. Flechas perfuram seus corpos, tombando do alto do palácio para o chão, sendo aniquilado neste dia de horror, toda uma nação.

— Princesa escute com atenção...

— Meus pais... meus pais!

— PRINCESA!

A garota olha para o cavaleiro, que também era o líder da guarda real e o único mago que ainda possuía grande poder nesse reino.

— Leve sua irmã! Fuja daqui! Minha princesa, fuja! — exclamou ele, temendo que não desse tempo de sua amada princesa poder escapar do massacre.

— Venha conosco, por favor. Não quero que morra, chega de morte! — desesperada, ela gritou.

Em agonia interna, o homem aperta os olhos.

— Minha princesa... minha linda princesa, seu coração gentil não deve se manchar nesta noite!

— Tarione! TARIONE!

Ela grita, enquanto seu corpo é lançado para longe.

— VÁ AGORA!

Todo seu corpo sai as chamas negras e no mesmo instante, a porta se abre com vários cavaleiros de armaduras brancas disparando contra seu corpo. O homem olha atrás e, pela última vez, ver o rosto da sua amada princesa, antes de ser engolido pela escuridão, se transformando num ser terrível. Ele sacrificou seu corpo e a alma aos demônios, protegendo a última linhagem de sangue do Deus caído. A menina pega o bebê chorando e sai correndo para fora do palácio.

Pelo caminho encontra vários cadáveres, sangue e fogo. Pelas ruas, gritos desesperados, soldados marchando sobre a pilha de corpos. Horrorizada, ela cobre sua boca, se escondendo nas trevas. Nesta noite chorou, rogou ao seu Deus Fall proteção, coberta por uma manta fina, através das cinzas do vulcão e ali ficou protegida de ser pega.

Pela manhã, tudo estava morto. Ressoa sons dos corvos devorando os corpos já sem vida. As gotas do sangue fresco escorrem de corpos, pingando na sujeira das cinzas. A sua opção foi correr pela mata a fim de encontrar algum refúgio. Linda caminhou, caminhou e caminhou até o solado de suas sandálias estragar, suas roupas virarem trapos e a beleza em seu rosto sumir, ficando a amargura da vida sem cor.

Com fome e cansada, finalmente foi parada por um nobre senhor das terras do alto norte. O lugar mais frio de todo o continente, além de haver vários boatos de servir ao Deus antigo pai da Deusa Huranis. Jamais, uma pessoa conseguiu se aproximar dessa família. A jovem com a criança foi resgatada e levada para este território sombrio. Todos eles têm miradas da morte.

Não se sabe se foi por piedade, talvez seja. Ou apenas detectou o poder no corpo de Linda, ou simplesmente foi por puro capricho. O que se sabe desse dia, sobre o Grão-Duque Cólon, um homem com a mirada mais fria que o oceano congelado, capaz de matar seu próprio sangue, além de dezenas dos discípulos do Deus Fall, foi de ter resgatado duas crianças sujas, vagando pelas ruas descalças, tão magras ao ponto de estarem moribundas.

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