O Amor e o tempo.

Emily relaxa na cama depois do sexo enquanto o xerife Arthur entra no banheiro. Ela sente seu corpo leve e sonolento.

"Emily?" Arthur a chama e puxa o lençol para baixo, deixando seus seios à mostra.

"O quê?", ela pergunta sem abrir os olhos.

"Eu preciso ir para a delegacia. Não se atrase muito." Arthur mordiscou os seios dela e saiu. Emily ficou na cama por mais vinte minutos e depois se levantou para tomar um banho. Ela refletiu sobre sua vida enquanto lavava os longos cabelos castanho escuro. Sempre que fechava os olhos, seus pensamentos voltavam no tempo e sempre havia a mesma pessoa em seus sonhos: Raul, seu primeiro e único amor.

"O tempo não volta, Emily. Esqueça-o para sempre", ela sempre dizia a si mesma.

Depois do banho, ela se vestiu e tomou o café da manhã antes de ir para a delegacia de polícia. Todos na cidade sabiam que Emily e Arthur estavam em um relacionamento e isso não era bem visto pelos moradores, devido ao fato de Arthur ser o ex-marido da principal médica da cidade. Ele já estava divorciado quando Emily o conheceu. Ele era muito bom na cama, mas não era carinhoso e atencioso com ela, e ela sentia falta disso.

"Bom dia", Emily cumprimentou seus colegas de trabalho quando chegou à delegacia de polícia.

"Bom dia", respondeu Ivy com entusiasmo. Ivy era a melhor amiga de Emily.

"Temos alguma ligação, Ivy?"

"Não, nada por enquanto, mas o chefe quer que façamos uma ronda pela cidade", Ivy respondeu a ela.

"Então vamos, já estou pronta."

"Ótimo", respondeu Ivy e as duas foram pegar o carro para fazer a ronda.

Alguns minutos depois, Ivy estava dirigindo enquanto Emily estava sentada no banco do motorista e olhava pela janela do carro. Ivy viu que ela estava pensativa.

"Então?" Ivy perguntou.

"Hã?" Emily saiu de seus pensamentos.

"Seu aniversário está chegando", disse Ivy

"Sim, é no próximo fim de semana."

"E o que você e Arthur vão fazer de especial no seu aniversário?"

"Bem, ele me perguntou onde eu queria ir e eu disse que queria ir jantar naquele restaurante famoso da cidade vizinha", respondeu Emily.

"São três horas daqui até lá, o que me faz deduzir que vocês dois não voltarão no mesmo dia."

"Provavelmente não", respondeu Emily.

"Bem, depois de um jantar maravilhoso e uma noite de amor intenso, quem sabe se seu presente de aniversário será um anel de noivado?"

Emily sorriu. Ivy fazia as coisas parecerem tão fáceis. Ivy era uma sonhadora.

"Diminua suas expectativas, Ivy. Arthur e eu nunca conversamos sobre casamento", respondeu Emily.

"Tudo tem uma primeira vez, Emily."

Ivy e Emily receberam uma ligação sobre uma briga que estava acontecendo em uma praça perto da escola. "É perto da escola dos filhos do Arthur", disse Emily a Ivy. Quando chegaram lá, viram que se tratava de duas garotas discutindo.

"O que está acontecendo aqui?" Ivy perguntou às meninas.

"Não é da sua conta!" respondeu Sarah. Ela era a filha mais velha de Arthur.

"Ela começou, não quero brigar", disse a outra garota para Emily e Ivy.

Emily segurou o braço de Sarah e a afastou da outra garota. "Vamos lá, vamos embora."

Sarah puxou seu braço com força. "Não me toque!" Ela disse a Emily.

Karen, a ex-esposa de Arthur, chegou e viu a cena. "O que está acontecendo? O que você está fazendo com a minha filha?"

"Ela estava brigando e eu ia levá-la para o pai dela", respondeu Emily com firmeza.

"Nunca mais toque em minha filha!" Karen deu um tapa no rosto de Emily e a humilhou na frente das pessoas que passavam por alí.

"Vamos embora, Sarah", Karen levou a filha embora e Ivy ficou indignada com a situação. "Você não pode deixar as coisas ficarem assim, Emily. Ela agrediu você. É por isso que a filha faz o que faz, porque ela tem o mau exemplo da mãe."

"Você está certa, Ivy", disse Emily quase chorando. Elas voltaram para a delegacia de polícia e Emily fez uma queixa formal contra Karen. Algum tempo depois, ela estava se preparando para sair com Ivy novamente quando Arthur a chamou na sala dele.

"O que é isso aqui, Emily?", perguntou ele, mostrando-lhe uma folha de papel.

"Presumo que seja a queixa que fiz", respondeu Emily.

"Você vai retirar essa queixa agora, Emily".

"Eu não vou retirar a queixa, Arthur. Ela me agrediu, me humilhou na frente de várias pessoas e, mesmo que eu estivesse sozinha, ela não tinha o direito de me bater."

"Você não pode fazer isso com minha família! Você não vai retirar?" Ele perguntou com raiva.

"Não", respondeu ela, visivelmente triste com a atitude dele.

Arthur rasgou o papel em vários pedaços e o jogou no lixo.

Emily colocou a mão no bolso e tocou o distintivo. Ela estava a um segundo de desistir de sua carreira, mas pensou melhor e desistiu. "Você não me merece. Desperdicei três anos da minha vida com você, Arthur. Não me procure mais."

"Emily..." Arthur começou a falar, mas ela saiu de seu escritório.