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Casamento sem amor

Casamento sem amor

Adya Louise

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4
Capítulo

O que você faria se você fosse perdida em uma aposta? Que os seus pais tivessem uma filha preferida? Que eles não amassem a mais nova? Esse é o caso de Ana. Ela foi dada a um homem rancoroso, frio e que não a ama. Só pensa em humilha-la, sem coração. Será que um dia ele a amará? Você vai ter que ler para descobrir. Criado= 07/ 08/ 2023

Capítulo 1 Ele veio me buscar.

- Papai, não quero me casar com ele. Me escute, por favor. Como vou me casar com um homem 5 anos mais velho que eu?

- Vai casar. Você sabe, ou é você ou a sua irmã. Você sabe muito bem que a sua irmã tem um futuro brilhante pela frente. E eu preciso que você faça isso por mim, porque se não, vou perder a minha empresa.

- Está bem papai, já vi que não vai mudar de ideia. - Após dizer isso, eu subo correndo para o meu quarto com lágrimas nos olhos. Me deparo com a minha irmã mais velha que está com um sorriso no rosto.

- Como se sente Ana? Tô sabendo que você vai se casar. Finalmente vou poder ter a casa só para mim.

- Vai se catar, Catarina.

Após chegar em meu quarto, tranquei a porta e me deitei na minha cama. As lágrimas rolavam por todo o meu rosto. Não conseguia acreditar que estava sendo obrigada a se casar com um homem por causa do meu pai. Até porque, eu já tinha um homem no meu coração, seu nome é Alex. Mas ele tinha ido estudar fora do país, não tinha como me comunicar com ele, porque ele é muito ocupado.

'Bom, agora é só esperar o dia do casamento e o pesadelo começar '- pensei.

De repente, ouvi umas batidas na porta.

- Ana, abra a porta.

Era o meu pai. O que diabos ele queria?

Me levantei e abri a porta, porque sabia do seu temperamento.

Ele entrou e disse.

- Arrume as suas coisas.

- Por quê?

- O seu noivo veio te buscar, veio de surpresa, nem eu sabia. Rápido! Enxugue essas lágrimas e arrume as suas coisas.

- Mas já? Meu Deus.

- Comece logo garota!

- Ok, pai.

Comecei a arrumar as minhas coisas, não consegui conter as lágrimas porque eu estava desesperada. Estava me sentindo usada. Como é que o meu pai... Meu próprio pai faz isso comigo? Por que eu? Tinha poucas coisas, então não foi tão difícil arrumar a mala. Minha mãe tinha falecido quando eu tinha 3 anos, então eu não tinha apoio de nenhuma das partes. Após terminar de arrumar tudo, eu comuniquei ao meu pai.

- Terminei.

Enquanto desciamos as escadas, tentei diminuir o tamanho dos meus passos. Meu pai falou baixo dessa vez, nem parecia que falava comigo.

- Ande mais rápido.

Após chegarmos na sala de estar, eu vi um homem de costas, seus cabelos eram negros, olhos castanhos bem escuros e possuía lábios finos, seu rosto era angelical. Mas ele também possuída um olhar frio.

Vi Catarina voltada para ele com os olhos brilhando. 'Se quiser pode ficar com ele.'- Pensei.

Meu pai chamou Catarina para perto dele, e quando ela passou por mim ela fez uma careta e disse.

- Quem dera eu fosse a noiva dele.

- Que pena né irmãzinha querida. Parece que ele escolheu a mim.- Mesmo sabendo que o meu pai teria me escolhido para me casar com ele, eu ainda sim não me aguentei e resolvi mentir para deixar Catarina com inveja.

Cheguei perto dele e o cumprimentei.

- Olá, senhor.

- Oi. Vamos.

Fiquei surpresa com sua voz. Ele tinha um tom severo, mas ela não deixava de ser encantadora.

Senti um arrepio após escutar a sua voz, mas Alex não saía da minha cabeça, fiquei me perguntando se ele estava bem. Como ele reagiria quando descobrisse. Senti um calafrio com medo do que poderia acontecer. No quão ele ficaria decepcionado.

No caminho para o seu carro, indaguei.

- Senhor, qual é o seu nome?

- Noah.

- Ah. Nome bonito, Noah.

- Para você, é senhor Noah. Não temos intimidade, me trate com respeito.

Fiquei surpresa mais uma vez com aquela grosseria. Por que me tratava daquela maneira?

- Ok, senhor Noah.

Chegamos perto do carro, e eu esperava o mínimo de gentileza. Ele simplismente foi para o seu lado do carro e abriu a porta para si mesmo.

Me surpreendi com o tamanho da sua frieza.

Abri a porta do carro e me sentei.

Ele olhou para mim com um sorriso sarcástico e disse.

- Você acha mesmo que eu vou deixar uma simples mulher se sentar ao meu lado? Ah, faça-me o favor, vá para o banco de trás. E se achar ruim, pegue um táxi. Não sou obrigado a aguentar você.

- Ok, senhor Noah.

Me levantei e fui para o banco de trás. Meu Deus, o que eu fiz para merecer isso? Nunca dei trabalho a ninguém, nunca fiz mal a ninguém.

Após me sentar, coloquei o cinto e comecei a pensar em Alex. O único homem que me tratava com respeito. Que realmente me amava.

Observei o trajeto até a Villa de Noah. Me surpreendi porque a casa era simplesmente enorme. Tinha um mordomo nos esperando para me ajudar com a minha mala.

Quando ele chegou perto para me ajudar, Noah disse que eu tinha duas mãos e que poderia muito bem fazer isso sozinha. De repente, surgiu um homem de dentro de sua casa, ele parecia ser um senhor de idade. Ele olhou para mim e abriu um sorriso enorme.

- Ana. Como é bom ver você por aqui.

Me senti confusa, porque eu não lembrava daquele homem. Mas sua voz era familiar.

- Olá senhor, lhe conheço?

- Ana, você não se lembra de mim? Eu sou um amigo do seu pai. Você gostava que eu contasse histórias para você dormir, porque o seu pai não tinha muito tempo. Lembra? No dia em que sua mãe morreu, eu fui dar os meus sentimentos.

- Meu Deus, é você mesmo?

Estava surpresa por vê-lo, depois daquele dia ele sempre levava chocolates para mim. Eu me sentia acolhida de verdade. Porque ninguém nunca me apoiou.

- Claro que sou eu Ana, venha cá me dá um abraço, e pode deixar a sua mala aí, o mordomo trará. E Noah, pare de ser rude filho.

- Ele é o seu filho? Não parece.

Depois de falar isso eu me senti envergonhada e disse.

- Me perdoe senhor, não foi a intenção.

- Ah, tudo bem. Ele realmente não parece ser o meu filho. É muito arrogante.

Dei uma risadinha. Ele pediu para que eu entrasse e perguntou se eu sentia fome. Eu respondi que não, mas aceitava um pouco de chá.

- Pai, você não me contou que a conhecia.

- Desde quando preciso contar? Você iria tratá-la mal do mesmo jeito. Venha Ana, vou levá-la para conhecer o jardim, lembro que você amava flores.

Meus olhos se encheram de lágrimas porque ele era realmente um pai para mim.

- Não chore querida. Não chore.

- O que aconteceu? Por que você não foi mais me visitar?

- Me perdoe Ana. Mas eu estava muito ocupado. Não podia ir lhe visitar.

-Entendo, mas de qualquer forma, vamos aproveitar, não é mesmo?

- Sim, agora venha, vamos tomar um pouco de chá e ver o jardim.

Caminhei com ele até entrar na casa. Sua casa era espetacular, tinha um lustre lindo, umas 5 funcionárias, uma cozinheira, e depois quando fomos para a porta dos fundos. Me surpreendi com a beleza de seu jardim, era muito lindo. Tinha rosas, tulipas, girassóis, cravos, muitas variedades. Tinha algumas que eu não conhecia, mas ele sabia do nome de todas.

- Senhor. Me perdoe dizer isso. Mas o senhor é realmente como um pai para mim. Mas eu não quero me casar com o seu filho.

- Senhorita Ana, me desculpe falar isso. Mas eu preciso que você se case com ele. Quando eu morrer, você tem que tomar conta da empresa. Só confio em você. Apenas em você.

- Mas e Catarina?

- Desculpe falar assim. Mas você sabe que aquela megera da sua irmã não presta. Ela faria a minha empresa despencar.

- Tudo bem senhor Fernando. Eu sei que a minha irmã não presta. Farei de tudo para que o senhor se orgulhe de mim.

- Oh minha filha, não precisa disso. Você já me orgulha desde pequena. Sempre foi uma criança tão doce. Tão educada. Mas vá, tome o seu chá, se não vai acabar esfriando.

- Está bem, senhor.

Tomei um pouco do chá e me senti aliviada, finalmente teria apoio, uma coisa que eu sempre precisei e nunca tive.

- Bom, vamos conhecer o seu quarto senhorita Ana.

Ele se levantou e esticou o braço para mim. Entrelaçamos os nossos braços e continuamos andando.

Chegamos de volta à sala de estar, e lá estava ele, Noah.

Sentado no sofá fumando. Após sentir o cheiro do cigarro comecei a tossir.

- Oi pai. O senhor não deveria estar descansando?

- Não, estou mostrando a casa á senhoria Ana. Vou agora mostrar os seus aposentos, e pare de fumar dentro de casa. Já reclamei com você sobre isso, se você quer fumar, vá lá para fora.

- Ok.

Subimos as escadas e paramos em frente à uma porta. Quando entramos, era um quarto lindo. Uma cama macia, um banheiro perfeito, um closet. Tudo muito bonito.

- Senhor, não posso aceitar. Esse quarto luxuoso de mais. É muito para mim.

- Ana, minha filha. Aceite, por favor. Esse quarto é perfeito para você. - Após falar, ele deu uma piscada. Dei um sorriso e arrumei as minhas coisas no closet. Ele olhou para as minhas roupas e disse.

- Ana, se arrume, vamos as compras. Você não pode continuar se vestindo dessa maneira.

- Mas senhor, essas roupas estão em bom estado.

- Minha filha, vamos, me escute, você tem que se tornar "Ana Montallegro". Me perdoe falar isso, mas o seu pai não lhe dava nenhuma assistência, aqui você vai ter tudo o que precisa, vamos. Rumo ao shopping.

Ele falou tão empolgado que fiquei animada.

- Está bem senhor, rumo ao shopping.

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