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Capítulo

Helena Happer, vive em um mundo em que os povos são divididos pelas cores de seu sangue. Os que possuem o sangue azul são aqueles que fazem parte da realeza, são a elite, possuem poderes que os prateados não possuem, alguns podem controlar o fogo, a água, a natureza, além de outros que ela nem ao menos sabia que existia. Os prateados são plebeus, humildes, existindo apenas para servir a Elite Azul. Helena rouba o que pode para ajudar sua família e já estava conformada a viver a vida desse jeito, sabendo que não tinha como escapar. Porém o destino lhe reservava grandes coisas no futuro.

Capítulo 1 Buckeyed

<< Helena Happer>>

O verão em Buckeyed é um gostinho do inferno. É a primeira sexta do mês e o vilarejo fica lotado a feira começou a se esvaziar, a medida que os vendedores começam a fechar suas barracas, fica fácil pegar coisas enquanto eles se distraem, no final sempre fico com os bolsos cheios de quinquilharias e algo para preencher o vazio do meu estômago. Me deixo ser guiada pela multidão, enquanto minhas mãos ágeis entram e sai dos bolsos das pessoas, algumas notas de dinheiro, uma pulseira, nada muito grande, eles ficam ocupados demais para me notar.

As construções em Buckeyed costumam ser muito altas, na primavera o rio costuma subir, alagando boa parte do vilarejo. Porém estamos no verão, mês que a seca vem com tudo, o sol pode ser capaz de rachar nossas cabeças e a desidratação é comum. Todos sempre esperam pela primeira sexta, os aldeões podem sair mais cedo de seus serviços e as crianças saem mais cedo da escola. Eu não, preferiria ficar na escola com um bando de moleque sem aprender nada.

Não que eu vá ficar muito mais tempo na escola, estou quase completando meus 18 anos, e aqueles considerados desocupados, que não possuem nenhuma ocupação, são recrutados para a guerra, com outros "desocupados". A falta de empregos não é de se estranhar, todos fazem de tudo pra ficar longe da guerra.

Eu tenho três irmãos que foram recrutados, Victor é o único que sabe escrever um pouco, então esporadicamente ele envia cartas para nós, mas não tive mais notícias dos meus dois outros irmãos Vince e Colton, entretanto notícia ruim sempre chega cedo e no nosso caso acompanhado por uma carta com um pequeno agradecimento pela vida dos nossos entes queridos.

Eu tinha 13 anos quando meu irmão Vince partiu, ele me deixou um par de brincos com pedras da cor do por do sol que deveria dividir com minha irmã mais nova Charlotte. Naquela mesma noite furamos as orelhas sozinhas. Colton e Victor manteram a tradição, Charlotte e eu carregamos as três jóias conosco numa orelha, para lembrarmos que nossos irmãos estão lutando em algum lugar. Eu não acreditava que eles teriam que ir, até que o legionário veio buscá-los na porta de nossa casa, um á um. E no próximo outono eles viram me buscar, eu já estou guardando ou melhor roubando, para comprar os brincos para Charlotte.

Minha mãe sempre diz para não pensarmos nisso, sobre a guerra, meus irmãos, tudo. Ótimo conselho mãe.

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