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Tudo no Vidigal

Tudo no Vidigal

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Capítulo

Tudo pode acontecer. O que não é, pode virar. E o que já era, pode mudar. Vivemos em um mundo ao qual da voltas e assim será a história de Natália e Diego, vulgo "Rei"

Capítulo 1 Dia a dia

"Rei "

Rei: dessa vez passa, da próxima eu mato. Não quero criança roubando no meu morro.

Falei pra 3 pivetes que estavam roubando nos comércios do morro.

Idade entre 12 e 15 anos.

Não quero isso no meu morro.

Não quero criança envolvida com o crime, eu dou a chance.

Eu permito que eles reconheçam o erro e pare, mas se permanecer no erro.

Mando pra terra dos pés juntos, todo morro tem que ter regra e aqui é assim.

Rei: ei piolho, vai da o aviso pros pais desses moleques. E vocês - apontei pra eles - tomem juízo, o morro tem regras e eu não vou quebrar-las. Dessa vez passa, porque já é o segundo aviso, no terceiro eu não aviso, só meto pipoco. Jaé? - concordaram assustados - Podem ir com o piolho e prestem atenção, eu não tô de brincadeira. Nome de vocês já tá na lista, um deslize ou mesmo erro! Já era pra vocês.

Piolho saiu com os pivetes e eu peguei logo uma verdinha pra bolar.

Tem dias que só vai assim.

Muito estresse diário.

Piranha: oi amor - entrou na salinha e eu olhei pros lados procurando o amor dela. - Deixa de gracinha, você sabe que é você.

Rei: dispenso. Fala logo o que tu quer? - sem tempo pra essas gracinhas

Piranha: você seu grosso - falou com voz dengosa

Ver se eu mereço, é duro e suado cuidar de morro e aí vem essazinha se querendo.

Rei: e grande... Agora vaza que não tô com paciência pra piranha hoje. - dou uma tragada no meu bom beck, mando a fumaça logo pra mente

Piranha: o que houve? Posso tirar seu estresse - eita como se oferece

Rei: não, pega o beco, papo reto - a piranha saiu da salinha e eu dei mais uma tragada na da boa

Menor entrou de uma vez na minha sala.

Lá se vai o 1% que eu tinha conquistado com meu beck.

Rei: qual foi? - falei bolado

Menor: e aí cuzão, tua mãe passou de veneta e deixou um recado - falou se jogando no sofá da salinha

Rei: manda - dei mais um trago no meu beck

Menor: falou pra tu ir hoje lá na casa dela, jantar de niver do teu irmão. Disse que a família vai tá toda reunida

Rei: beleza. - menor ficou me olhando - qual foi?

Menor: o que deu com os pivetes lá? - perguntou curioso, já que eu disse que da próxima não passava

Pois é.

A próxima era justamente a ocasião de hoje e eu deixei passar.

Rei: deixei passar, mas já coloquei o nome deles na lista. Passei o papo, se verem ou tiverem reclamação dos pivetes novamente, manda bala e pronto - dei a última tragada no fininho

Menor: tá certo, pois jaé jaé, vou chegar ali - fez toque comigo e saiu

Menor tá na correria de cobrança dos filhos de papaizinhos.

E outra, papo reto, namoral.

Minha mãe passa a mão na cabeça do meu irmão demais, já falei que não quero o moleque no crime.

Fico puto.

Juro.

Cara foi pego com drogas, passou a noite na delegacia e foi solto dia seguinte.

O que minha mãe faz ? Isso mesmo, da um festa de comemoração de niver.

Não tá merecendo, pai se tivesse vivo não gostaria nada disso.

Não tou nem um pouco afim de ir.

Mas vou, porque se não a coroa fica triste.

E esses dias ela tá muito sensível, em época comemorativas, sempre sofre com a falta do amor dela.

Já são mais de 22 anos, mas a dor dela ainda é a mesma.

-Ligação On-

Rei: manda o papo coroa - já falei sabendo o que seria

Rainha 👑♥️: vou te esperar hoje a noite, Passei rápido aí, hoje tá correria

Rei: não sei se vou

Rainha 👑♥️: não estou perguntando se tu vem, estou confirmando tua vinda por minha vontade, não quero saber. Se tu não vim aqui, vai comprar briga comigo. Tu quase não anda mais aqui e agora nem nas datas comemorativas quer vim. Maldita hora que te deixei entrar pra esse mundo e deixei tu conquistar morro.

Rei: pô mãe, sem sermão namoral. Vou passar aí rapidão. Jaé? - falei cansado, não quero discutir com a coroa

Rainha 👑♥️: acho bom mesmo, tô com saudades do meu bebezinho. Mãe te ama, tchau.

Rei: tch...

-Ligação Off -

Isso, desliga mesmo.

Também te amo coroa.

Sei que não sou o melhor filho do mundo, dou trabalho pra minha coroa e por cima quase não ando lá.

Depois que conquistei meu morro, muita coisa mudou na minha vida.

Passei a sair mais pro mundo e ficar menos em casa.

A correria.

A adrenalina.

As festas.

Dinheiro e mulher.

Fui deixando de lado o mais sagrado, que é a família. Logo eles que me acolheram quando mas precisei.

Preciso voltar a ir de encontro com a minha fonte de energia, sou novo e tenho uma responsabilidade grande nos peitos.

Que é o Vidigal.

Mas preciso sempre repor as energias e só com minha família eu consigo isso.

Mas falando em vida corrida e ser dono de morro, lembrei que tenho que fazer meus deveres.

Me levanto e vou na cobrança dos pontos que tenho alugados aqui no morro.

Passo em cada um pegando o dinheiro, de longe vejo uma mini discussão.

Poderia ir lá e separar, mas putas se merecem, então deixa elas se matarem sozinha.

Sigo pra minha goma, chegando lá tomo meu banho e vou dormir. Tenho que tá relaxado pra escutar certas coisas hoje a noite.

"Natália"

Aqui estou eu voltando pra casa após uma manhã de entrega de currículos.

Eu sei que a vida do pobre é sofrida, mas a minha tá de parabéns.

Penso que um dia vou tá igual a ida ao topo do morro, só subida.

Graças a Deus.

Porque no momento, parece que subo duas ruas e me jogam três abaixo.

Não estou reclamando Deus, longe de mim.

Vou subindo o morro até ser parada por duas varejeiras.

Mara: olha só se não é a recatada - falou com deboche

Apresento a vocês, Mara.

Peguete do menor.

Quem é menor?

Um amiguinho meu aqui do morro, arranca meus risos e me faz bem.

Tem sido meu ponto de paz, calmaria, nas turbulências da minha vida.

Mirella: amiga não se mistura com essa esquisita, a santa do pau ôco - olha a outra

Essa a Mirella.

Daí vocês tiram, que se Mara pega menor, a Mirella pega o Rei.

O dono e o sub dono do Vidigal.

Nat: me façam o favor de me dá licença, tenho mais o que fazer do que ficar batendo boca - passo pelas duas sem da muita importância

Mara: presta atenção como tu fala vadia, quero saber qual teu papo com o menor? - aqui saiu do deboche e partiu pro modo alterada

Menor não assume e quem é cobrada sou eu.

Porque ela poderia perguntar isso pra ele.

Virei olhando pra ela e fiquei me perguntando se eu merecia aquela interrogação!

Ou se ela merecia uma resposta!

Nat: tá cobrando pra pessoa errada gata, mas pra não te deixar no vácuo. Eu e menor somos amigos e é só isso. - dei meia volta e segui meu caminho

Mirella: então é só tu fechar teu c* e parar de se oferecer pra homem comprometido, o menor é homem da Mara - gritou asneiras e geral que passava no momento ficou olhando

Alguns pararam, esperando briga.

Mas seguir meu caminho.

Tudo que eu menos quero é meu nome envolvido em fuxico ou saindo que briguei com mulheres por causa de macho.

Sigo invicta.

Porque já basta a gata ser ofendida por nascer pobre e seguir desempregada, aí pegar fama de puta.

É demais pra mim.

Da não.

Euh ein.

Continuo caminhando até a casa do meu primo, com quem moro.

Outro que não me dá sossego.

Já não basta as gatas daqui do morro com piadinha.

Por isso digo que menor é meu ponto de paz e calmaria.

Quando estou com ele os problemas desaparece.

Sigo pensando nas coisas que ele fala e gaiatice dele.

M Solto um sorriso ao lembrar.

Porem, tomo um susto quando escuto uma moto parar ao meu lado, olho e vejo o espírito sem luz do meu lado.

Sim sim.

Menor.

A conexão é grande, a ponto dele aparecer no exato momento que estou pensando nele.

Menor: qual foi? Tá chapada? Sorrindo sozinha - falou me encarando e eu revirei os olhos

Nat: não, sai fora. Acabei de ser parada pela tua mina ali, veio me cobrar o porque de tá falando contigo. Não quero treta pro meu lado, sou muito linda pra ficar me envolvendo em briga. - menor fez cara de deboche

Menor: mulher te manca, Deus te abençoou com a vida, não exija e nem force a beleza não- sorri da fala dele e o mesmo começou a rir também - sobe aí, te levo em casa

Neguei, não quero confusão pro meu lado.

Nat: melhor não, não quero treta não. - falei de boa

Mas ele escutou?

Menor: sobe nesse caralho, que ninguém vai mais mexer contigo não. - olhei com a sobrancelha arqueada

O que esse garoto vai fazer?

Nat: tu não vai falar nada com elas não ein, não me mete em B.O não. Por Cristo, euh ein - falei duvidosa com a fala dele e o mesmo negou

Minha casa ainda tava um pouco distante e eu estava morta de cansada.

Então resolvi subir na moto.

Menor foi me deixar na porta de casa.

Em segundos, porque ele voa.

Jesus.

Achei que ia junto com o vento que sobre passava por nós dois.

Pra nós dois voar e a moto seguir em frente, faltou pouco.

Menor: entregue madame - falou descendo da moto e sentando no banco da mesma.

Nat: obrigado águia - fiz joinha pra ele

Menor: foi fazer o que lá em baixo ?

Nat: atrás de emprego, não da essa vida de desempregada. Preciso de um salário fixo

Menor: te entendo, mas se precisar de algo é só falar. Sabe que com nós não tem frescura - neguei

Nat: sei sim... é até pecado falar, mas você é um ser de luz - não consegui conter riso

Menor: teu mal é o deboche Natália... falou, tenho mais o que fazer - sorrir mais ainda da cara de bunda dele

Menor saiu voado em sua XRE.

Eu entrei em casa e pra variar, ela estava bagunçada.

Troco de roupa, em seguida vou colocar comida no fogo.

Enquanto não fica pronto, eu ajeito a casa.

Essa é minha vida.

Gratiluz.

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