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LUNA MANCINI👄
Mais uma noite fria em Paris, hoje ia ser uma grande festa a inauguração do clube. Eu estava pronta para mais um show em meu próprio clube e assim como “madame Colette” eu já estava pronta olhando no espelho, a bunda empinada, o body de vinil, a bota de ilhós até o joelho, os chicotes pendurados sobre uma capa preta, o batom vermelho, o peito levantado e o perfume francês espirrado em minha pele.
Era assim que eu estava pronta para ser “madame Colette”.
Olhando ainda pelas cortinas, vi que a casa estava cheia.
Era o primeiro clube de BDSM da cidade escondido entre as montanhas de Paris. Assim aqui ninguém ia me achar, em meio a solidão deixei a família para trás, deixei que eles resolvessem os problemas, pois eu tinha tantos meios para resolver, mas eu carregava cada um deles em meu coração.
E agora eu precisava de mim, de me achar e me reencontrar e deixar que o meu passado ficasse para trás. Diante do enorme espelho, a música tocando no palco, a casa lotada, o coração disparado, as minhas mãos suavam e o medo enchia o meu peito de forças, porque quanto mais medo eu tinha, mais força eu tinha para encarar os meus problemas, era assim que eu enfrentava os meus monstros.
Então vem comigo para você se divertir. Eu sou Luna Mancini, revestida de Madame Colette.
Eu virei a dose dupla de tequila quando a minha pequena cortina se levanta.
— Madame, cinco minutos. Eu me viro e dei um sorriso quase chorando.
Eu respirei novamente, arrumei a minha trança enorme que batia na minha cintura, levantei a capa e vi estar tudo no lugar. Olhei novamente pela pequena cortina, respirei fundo e a música me anunciava. (
( Oh, petty
Woman
)
Lá estava eu pronta para começar uma nova vida. A Madame Colette ia dar espaço em uma nova vida e a Luna Mancini ia ser apagada. Era essa a verdade que eu queria. E quando a música me anunciou e a voz grossa em cima do palco:
— Agora é ela, a nossa, a única mulher que é dona de todos nós. Ela mesmo, senhoras e senhores, ela veio diretamente da Itália, a nossa “Madame Colette” . E enquanto ele falava eu caminhava. — Dona dos chicotes mais prazerosos e tenho certeza de que você vai gozar e chora com essa mulher, ela é a dona das trevas e vai fazer você se ajoelhar. Então todos de joelhos para receber a linda mulher “Madame Colette”.
Eu caminho pelo corredor escuro, e apenas uma luz em cima do meu corpo, todos olhavam, arrastando os meus chicotes pelo clube e quando eu olho todos de joelhos e os em cima do palco, dois submissos, um macho e uma fêmea de joelhos a minha espera. Os meus cadelinhos já estavam prontos me esperando quando a luz veio em cima de mim e eu passei pela plateia com o chicote nas mãos e eu balancei os meus chicotes batendo em cada mesa que eu passava, levantei o rosto, a minha máscara cobrindo todo o meu rosto, assim ninguém ia saber quem sou eu… Apenas a Madame Colette existia para todos aqueles que estavam ali, mas dentro do meu peito a dominação e a submissão da família passavam por aquele pequeno clube escuro e eu caminhei em cima do palco, de costas, olhei para cada um dos meus submissos e apenas com gestos os dois subiram lambendo as minhas botas. Quando eu estava ali em cima, passava milhões de coisas na minha cabeça. Tudo que eu passei no passado, tudo que eu fiz para chegar até aqui. E cada uma daquelas coisas me doía dentro da alma, mas a falta do homem que me tirava o ar era o que mais me doía. Eu ainda fechei os meus olhos, balancei os chicotes com a mão direita e a esquerda e bati no corpo dos meus submissos enquanto eles lambiam minhas botas. E ele subiu lambendo no meio da minha virilha e eu coloquei a minha bota em cima das costas dele e eu ainda de costas sem olhar para a plateia. E ele lambeu toda a minha virilha e eu puxei os cabelos dele, eu olhando dentro dos olhos dele e disse:
— Não dei permissão…, mas já que chegou, faça-me gozar. Quando eu me virei, puxando os cabelos dele e esfregando a minha abertura em seu rosto e ele lambia como um cachorro, que eu olhei para cima, que eu olhei no enorme reservado, eu não acreditei. O coração quase explodiu. Ele conseguiu me achar e naquele momento eu voltei no passado.
Ele me fez lembrar de tudo que eu queria esquecer, o maldito presidente.
“Meu amor, você veio rápido.”
“Eu só vim aqui para te dizer que você não serve para limpar o chão que eu piso. Você é uma vagabunda ordinária.” Ele me empurra. “Você é como todas as outras. E eu confiei em você, Luna.” Porra… Eu acreditei que você me amava. Acreditei que você era somente minha. E você dormiu com a metade da Paris.”
“Salvatore” Por favor meu amor…”
“Como você se atreve a olhar para mim e me chamar de meu amor?”
“O que você está falando? O que deu em você meu amor, eu te amo.” Ele me jogou ao chão e ainda cuspiu. “Não me deixe…. Você não pode fazer isso comigo.”
“Eu não quero mais saber de você. Eu não quero ouvir o seu nome. Não quero falar com você. Não me procure nunca mais. Você entendeu, Luna?”“ Me ouve, eu preciso dizer a você meu amor…”
“Vagabunda.”
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