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Enquanto eu lutava pela minha vida na sala de parto, meu marido estampava a capa de todas as revistas de fofoca.
Pego em um caso escandaloso.
Ele nunca veio me ver, nem ao nosso filho recém-nascido. Em vez disso, levou sua amante, uma atriz, para um resort de luxo em Campos do Jordão, tratando sua traição como um mero "acordo de negócios".
Quando a amante dele apareceu descaradamente na minha casa, ela me provocou, dizendo que meu marido desejava que eu tivesse morrido no parto. Depois, revelou um teste de paternidade que afirmava que meu filho não era dele.
Meu marido acreditou nela. Acreditou nas mentiras da mulher que entrava secretamente no nosso berçário para beliscar e machucar nosso bebê indefeso enquanto ele dormia.
Ele ficou do lado dela, a protegeu de mim e até tentou tirar meu filho para criá-lo com ela.
Eu havia perdido meus pais e meu irmão, e agora estava perdendo todo o resto. Eu era órfã, uma esposa traída, e eles estavam tentando tirar a única coisa que me restava: meu filho.
Mas eles me subestimaram. Acharam que Caio Mendes era a pessoa mais poderosa que eu conhecia.
Eles estavam errados.
Capítulo 1
Meu corpo era um campo de batalha, em carne viva e dolorido, costurado de volta em um quarto de hospital branco e estéril. O médico sussurrou palavras como "complicações" e "milagre". Agarrar-me à vida pareceu uma guerra que eu mal venci. Mas a verdadeira luta, a que realmente me despedaçou, começou com as palavras sussurradas de uma enfermeira: "O caso do Sr. Mendes está em todo lugar. Manchete em todas as capas."
A ironia tinha um gosto amargo, metálico, na boca, muito pior que a dor fantasma do parto que ainda persistia. Enquanto eu quase morri para trazer o filho dele ao mundo, Caio, meu marido, o poderoso CEO de tecnologia, estava virando notícia por sua traição. Minha visão embaçou, o zumbido do ventilador era um ritmo cruel para a minha realidade estilhaçada.
Minha família, o pouco que restava dela, tentou me proteger da verdade brutal. Meu pai, se foi cedo demais. Minha mãe, perdida na escuridão da depressão. Meu único irmão, uma memória trágica. Eu era órfã, agora uma esposa traída, mal conseguindo ser mãe. Eles murmuravam sobre "rumores fabricados" e "sensacionalismo da mídia", mas o fato frio e duro se infiltrou nos meus ossos, uma certeza arrepiante.
Caio agiu rápido. Não para vir ao meu lado, não para me confortar ou conhecer seu filho recém-nascido. Não, ele estava protegendo ela. Cris Viana, a jovem atriz com sua vulnerabilidade cuidadosamente cultivada e olhos grandes e inocentes. Ele a levou para um resort de luxo isolado em Campos do Jordão, uma fortaleza construída para proteger sua amante do escrutínio público. Ele ainda teve a audácia de descartar sua infidelidade como um "acordo de negócios", uma frase que ecoava com o som oco de suas promessas vazias.
Quando ele finalmente honrou meu quarto de hospital com sua presença, seu rosto exibia uma estranha mistura de exaustão e irritação. Não havia remorso em seus olhos, nenhum alívio profundo por eu estar viva. Ele parecia um homem totalmente incomodado.
"Helena", ele disse, sua voz monótona, desprovida do calor que um dia eu desejei. "Precisamos conversar."
Minha garganta estava ferida, mas minha voz, embora fraca, estava firme. "Sobre o quê, Caio? Seu... 'acordo de negócios'?"
Ele se encolheu, um brilho de algo em seus olhos – não culpa, mas aborrecimento. "Não é o que você pensa. É complicado." Ele sempre dizia isso quando estava mentindo.
"Complicado?", forcei uma risada seca, um som doloroso e rouco. "Parecia bem direto nas revistas de fofoca."
Ele se endireitou, sua persona de CEO assumindo o controle. "Você andou me investigando?", seu tom era acusatório, como se minha busca pela verdade fosse o verdadeiro crime.
"Não, Caio", eu disse, meu olhar inabalável. "O mundo investigou. E encontrou isso." Minha mão, tremendo levemente, alcançou o tablet na mesa de cabeceira. Toquei na tela, virando-a para ele. Mostrava uma foto vazada, clara e inegável: Caio, com o braço em volta de Cris, seus rostos próximos, rindo. Não havia negócios naquele sorriso, nenhuma distância profissional naquele toque. Apenas uma intimidade crua, inegável.
Seu maxilar se contraiu. "Não é nada. Uma armação."
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