Um vínculo inquebrável de amor
Quando ela deixa de ser submissa
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
O caminho para seu coração
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
A garota com múltiplas identidades
Um casamento arranjado
Outra chance com o CEO após o divórcio
Casamento relâmpago com meu marido misterioso
Ao seu comando, querida
Todos nós temos um lugar secreto ou especial em nossas vidas. Aquele lugar que consegue mandar todas as suas frustrações embora como se você nunca tivesse passado por elas antes. Este lugar secreto ainda pode ser encontrado pelas pessoas que não tem o seu lugar especial no mundo, seja ele em qualquer lugar que te faça se sentir melhor consigo mesmo e com seus pensamentos.
{Cidade de Ilhabela-SP, Brasil}
Em uma praia afastada da sociedade, deserta, sem nenhuma movimentação ou ruídos de pessoas por todos os lados, um jovem e belo garoto chamado Gael estava aproveitando seu lugar secreto. Seus olhos cor de caramelo acompanhavam freneticamente cada balançar das ondas a poucos metros de distância dele, produzindo um som tão relaxante que até os músculos mais tensos desapareceriam. O céu acima do mar cintilava tanto quanto o mesmo em diversos tons variados do azul, com pequenos pedaços de nuvens se movimentando lentamente ao redor do sol escaldante do meio-dia.
Gael estava sentado abaixo de uma grande amendoeira, sentindo a brisa refrescante do mar tocando em sua pele bronzeada.
Ao se deitar com a cabeça entre as raízes aéreas da árvore, o foco de sua visão voltou-se para as folhas e galhos dançando em sincronia com o auxílio da brisa do mar.
Aquele era o seu momento, o momento de Gael relaxar e tirar um cochilo de seus turbilhões de pensamentos. Mas assim como a vida de todo brasileiro, que não tem sossêgo nem por um minuto no seu dia a dia, o dele não seria diferente.
No bolso de sua bermuda, o som e sensação de seu celular vibrando fez toda aquela paz interior desaparecer. Ele se sentou novamente sobre a areia e ajeitou o cabelo cor de mel em um rabo de cavalo. O vento da praia não deixava os fios ondulados quietos nem por um segundo sem que eles incomodássem a sua visão.
Ao retirar o telefone do bolso, aproximou o celular mais um pouco e leu o enunciado: “Chamada de voz, Pai”, atendendo no mesmo instante.
_Alô?
_Oi filhão_respondeu uma voz descontraída._Onde você está?
_Na praia, por que? Aconteceu alguma coisa?
_Já devia saber_disse a voz em um tom feliz._Preciso que volte para a empresa. Eu e Teresa temos que lhe dar uma notícia.
Gael ficou intrigado.
_Eu realmente preciso voltar agora pai? Da última vez que eu deixei de aproveitar o meu dia, a Teresa contratou um professor de Linguagens particular sem que eu e você soubéssemos.
_Isso já é passado meu filho. Não chega nem perto do que temos para lhe contar. É algo muito importante. Você precisa vir imediatamente.
Em sua expressão, Gael ainda parecia receoso quanto a essa “notícia” do pai, principalmente por que Teresa estava envolvida. A brisa fria do mar deu-lhe uma sensação de gelar o estômago, o que naquele momento não pareceu ser um bom sinal.
De qualquer modo, a única forma de descobrir do que se tratava, seria indo até a empresa.
_Ok_suspirou Gael._Chego aí em dez minutos.
Gael desligou a chamada e guardou o celular no bolso. Ao olhar para as ondas se agitando no litoral e colidindo com um amontado de rochas, retirou um colar com uma concha em formato de chifre de unicónio de dentro da camiseta. Seu olhar se fixou naquele lugar por pelo menos dois minutos, como se seus pensamentos o tivessem levado para além das águas do mar.
Ele parou de girar a concha de um lado para o outro e se levantou, tapeando as roupas para retirar os grãos de areia que se grudaram a elas.
_Não tive muito tempo para conversar com você... Mas prometo voltar assim que puder.
Gael coletou seus chinelos da areia e caminhou pela praia em direção a uma trilha de cascalho ladeada por matos e arbustos espinhosos. O carro estava bem proximo dalí, em uma rua deserta de terra vermelha. Ele abriu a porta e entrou dentro do automóvel, colocando a cinto de segurança e partindo para o centro da cidade.
***
Enfim, Gael chegou ao predio principal da empresa de sua familia, a Corporação Salles(SallesCorp). Alí, se fabricavam e desenvolviam grande parte da tecnologia do país, desde de pesquisas biotecnológicas a recursos já usados pela maioria das empresas tecnológicas do século XXI.
O prédio era imenso, com mais ou menos vinte à trinta andares de altura. Era inteiramente feito de vidro espelhado do lado de fora, e a luz do sol que refletia nele se parecia mais com um imenso farol ligado durante o dia.
Gael se aproximou do portão de entrada com o carro e parou ao lado da cabine do porteiro.
_Bem vindo de volta, senhor Gael_cumprimentou o porteiro.
_Obrigado Walter_respondeu Gael sorridente.
O portão se abriu para o lado direito e ele avançou com o carro em direção ao estacionamento, parando bem ao lado da entrada do prédio.
_Nem no meu dia de folga eu tenho um descanso desse lugar_suspirou Gael desligando o carro e abrindo a porta.
_Bem vindo de volta, senhor Gael_disse uma voz feminina atrás dele.
O garoto se assustou tanto que bateu a porta do carro mais forte do que o comum. Uma garota trajada formalmente com um terno cinza e óculos estava parada a sua frente, segurando um tablet em seu braço direto e olhando para ele como se acabasse de ver um cachorrinho assustado.
_Q-Quem é você?
_Me desculpe senhor, não queria assustá-lo_a garota ergueu a mão constrangida._Meu nome é Anny. Sou a nova assistente pessoal do senhor Ulices.
Gael recuperou a postura e o fôlego.
_Então era isso que meu pai queria me contar?
_Ah...claro que não. Ele só me pediu para acompanhá-lo até o seu escritório assim que chegasse.
Gael olhou tão fixado nos olhos da garota, que ela desviou o olhar envergonhada. Ele ergueu sua mão e sorriu.
_É um prazer conhecê-la, Anny.
Os olhos da garota pareciam cintilar assim que Gael tinha acabado de terminar a frase. Suas bochechas ficaram um pouco rosadas, o que podia ser bem evidente se observasse com atenção.