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Hoje é domingo e pra variar, acordei cedo, decidi sair para correr, uma coisa que sempre gostei de fazer, ajuda a reorganizar os pensamentos e me sinto livre. A sensação do vento batendo no rosto, meu corpo em movimento, queimando toda e qualquer caloria – e ansiedade presente em meu corpo, ouvindo música super alta, é tudo pra mim.
Quando estou nesses momentos – descabelada e suada, e claro, focada em não morrer por falta de ar, costumo ficar alheia a todos que passam por mim, estou estragada demais para sequer pensar em cumprimentar alguém conhecido, mas não pude deixar de reparar, embora tarde demais, no homem gigante que estava correndo na minha direção, nós colidimos um contra o outro em um baque surdo, e eu caí com tudo no chão.
Quando o olhei com mais atenção, o ar raleou não apenas pelo impacto, posso garantir. Agradeci silenciosamente por isso, pois tive uma ÓTIMA visão do espécime acima de mim, alto, ombros largos, olhos verdes... Antes que eu pudesse falar – ou pensar em qualquer coisa além de sua beleza excessiva, ele se agachou me estendendo a mão.
— Você se machucou? – tudo que eu conseguia pensar era em como eu nunca tinha visto um homem tão grande e tão gracioso em seus movimentos, uma mão gigante e bonita como aquela... em meio a meu devaneio não respondi nada, embora eu tenha ouvido perfeitamente bem.
Impaciente, ele repetiu a pergunta, e percebo que ele tem um sotaque estranho, me levantei em um salto dispensando sua mão estendida, de repente me sentindo mais estressada do que envergonhada, por que ele não olha por onde anda?
— Olha por onde anda da próxima vez – respondo rispidamente.
Me levanto e sigo correndo. Que homem bonito era aquele? Eu amo homens bonitos. Sério. Está no meu top 1 coisas preferidas no mundo. Sorrio comigo mesma e então reparo que ele está correndo ao meu lado, sinto meu corpo esquentar dos pés à cabeça.
— Não vou perguntar se está bem pois aparentemente está, mas você nem deixou eu me desculpar – dou créditos a ele, que parece genuinamente preocupado.
Dou um sorrisinho debochado para ele:
— Olha, ele tem educação...
— Eu já pedi desculpas e você não aceitou, então quem é a sem educação agora? – seu tom e se olhar são desafiadores.
— Não sou eu quem saio derrubando as pessoas na rua.
— Eu já pedi desculpas
— Sim, eu ouvi – olho para ele. — Desculpas aceitas.
Ele abre um sorriso perfeito e acena com a cabeça.
— Eu sou Ian – diz.
— Muito prazer Ian.
— E seu nome é?
— Por que eu diria meu nome para um desconhecido? – reviro os olhos e acelero o passo, sabendo que ele viria atrás.
Ele veio.
— Eu não diria que somos desconhecidos, já que deu uma boa olhada...
Paro minha corrida para encará-lo, e ele faz o mesmo, percorrendo o olhar por todo o meu corpo, quando fizemos contato visual, sorrimos um para o outro.
— É bom conhecer alguém, estou aqui a trabalho.
— Hmmm, deve ser por isso que não te reconheci, eu costumo reconhecer os rostos que correm aqui de manhã.
— É um hábito seu?
— O melhor deles.
— Parece que agora vou correr todos os dias de manhã.
— Vou ter que começar a ir pra outro lugar agora...
Ele abre outro sorriso de tirar o fôlego, estendo a mão:
— Prazer, Iana.
— O QUE? — Ele franze as sobrancelhas – Sério?
— Sim – respondo mantendo uma expressão neutra. – Algum problema?
— Quais as chances de eu conhecer uma Iana? – ele me encara. — Você está tirando com a minha cara?
— Aham – digo entre as risadas. — Mas agora estamos quites por você ter me derrubado.
— E o seu nome é?
— Samantha.
— Mesmo?
— Desde que eu nasci. – Ele ainda parece desconfiado. – Quer ver meu RG?
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