O caminho para seu coração
A proposta ousada do CEO
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
Minha assistente, minha esposa misteriosa
A esposa em fuga do CEO
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A ex-mulher muda do bilionário
Um vínculo inquebrável de amor
''Tem amores que te mostram o céu, outros o inferno, e tem amores que fazem você experimenta dos dois...''
Hoje, talvez o dia mais triste em todo ano, o dia que me largaram na frente do orfanato ou melhor dizendo o dia do meu aniversário, não porque fizeram desse o meu dia, mas porque os meus amados pais colocaram isso na cesta, junto com o lindo nome que me deram, pensando estarem me livrando de um destino triste, coitados, só me lançaram em um pior. Hoje eu completo 18 anos, exatos 16 deixada nesse lugar. Cada dia fica mais próximo do dia em que eu possa ser "adotada". O que me assusta cada dia mais, já voltaram meninas dessas adoções e as histórias não eram nada agradáveis, elas dizem que apanhavam e que eram obrigadas a fazerem coisas horríveis, não sei se existe algo tão terrível que viver aqui, mas eu espero fugir logo, aqui ou nas mãos do meu dono. É como devemos chamar os homens que nos levam daqui, de senhor.
— Laura, vamos, levanta dessa cama, hoje é o seu dia. — Meu dia, até parece, odeio esse dia. Lá estava a minha pequena de olhos castanhos e cabelos ondulados, me puxando com suas pequenas mãos.
— Elisa, são 5:00 da manhã, hoje eu posso acorda as 6:00 fiz todo o meu serviço ontem.
— Levanta, por favor. Tenho uma surpresa para você. — Ela diz tirando a coberta de cima de mim, fazendo com que os meus olhos se abram...
— Você conseguiu me irritar. — Minha irá se foi quando eu vi a Elisa com um sorriso triste segurando um bolinho, tão pequeno e fofo, não contive a raiva por tê-la tratado mal, mas também por ela ter feito um bolo. Eu odeio o meu aniversário e ela sabe. A Elisa chegou dias depois ao orfanato, é um ano mais nova que eu, o que me deixa feliz por que ela não vai ser obrigada a sair pelo menos por enquanto.
— Não faz essa cara. — Digo acariciando seu rosto. — Você sabe que eu não suporto essa data, Elisa.
— Eu sei, Laura. Mas você pode passar a gostar.
— Você é tão ingênua, Elisa. — A abraço tão forte que sem perceber deixo as lágrimas rolarem por meus olhos. — Você sabe que lá fora vai ser pior, que eles não nos terão com amor.
— E se não for, Laura, se alguns nos tiverem?
— Não se deixe enganar por essa ilusão. — Tento falar baixo para que as outras não acordem ou escutem.
— E se quando chegar a hora, você consiga alguém que te traga felicidade?
— Ninguém que compre alguém quer faze-la feliz, talvez não maltrate tanto, mas felicidade isso não, e por mais que eu tenha uma vida razoável lá fora, só serei feliz quando eu destruir isso aqui.
— E você acha que conseguiria, senhorita? — Ouço a voz que me causa arrepios desde os meus primeiros dias aqui, a voz que manda e mesmo meu cérebro negando eu obedeço, a voz que mesmo eu me sentindo forte, me deixar fraca. — Responda-me! — Seu tom de dominadora, é imparcial, mesmo que eu quisesse lutar contra ela, minhas pernas falhariam, fugiriam de mim.
— O disse, senhora? — Minha voz é falha.
— Sonsa! — diz entre dentes e sinto sua mão por sobre meu rosto, com tamanha força, que minhas lágrimas descem sem minha permissão. — Responda, vamos! — Todas já estavam de pé, tentando fazer suas camas para desviar a atenção da conversa.
— Senhora, eu não tinha a intensão de dizer isso. — Minha voz tremia de medo.
— Não foi isso que perguntei, foi?
— Não, senhora.
— Então responda, o que perguntei.
— Não conseguiria senhora, sou fraca demais para fazer qualquer coisa contra senhora.
— Você como todas aqui nasceram para obedecer, e não mandar. Entende, Laura?
— Sim, senhora.
— Para que aprenda, sua amiguinha, irá conhecer o quarto do medo. Creio que ela deva está ansiosa pra conhece-lo, estou certa, senhorita Elisa.
— Não, senhora! Por favor eu vou em seu lugar, o erro foi meu, não a faça pagar pelo que eu fiz. — Meu corpo estava largado aos seus pês, enquanto eu implorava misericórdia de alguém que não conhecia isso.
— Estou certa, senhorita? — Ela nem ao menos me olhou.
— Sim, senhora. — A Elisa respondeu cabisbaixa, as lágrimas desciam por seu rosto, pobre Elisa, irá pagar por meu erro, para servir de exemplo e punição a mim, a Madame sabe que a Elisa é a única pessoa que me importa, por isso faz isso com ela, por isso ela foi escolhida para ficar no castigo. Meus olhos lacrimejavam sem parar, e ali estava mais um motivo para odiar o meu aniversário.
— Madame, por favor. Farei qualquer coisa. Mas a deixe, por favor?
— Hum... Então ela não tem medo de continua me enfrentando? 18 anos hoje srta.?
— Sim, senhora...
— Será adotada na próxima semana.
— Mas, senhora?
— Me acompanhe, Elisa. — Ela a levou e eu me deixei largada ao chão sem forças para pensar, como ninguém nunca saiu assim. Eu ainda não tinha elaborado meu plano de fuga. A Elisa não vai suporta uma noite naquele quarto. E a culpa de tudo isso é minha. Todas as jovens saíram do quarto a não ser por uma, a Joana, ela tinha 18 anos e seria adotada na próxima semana, ela se aproximou e me abraçou, triste pela situação, seu abraço era reconfortante, acolhedor.
— Ela não tem o direito de fazer isso, Joana a Elisa não tem culpa. — As lágrimas desciam como rio em direção ao mar sobre meu rosto, o choro me consumia por dentro. Não parava de imaginar a Elisa naquele quarto, não conseguia pensar, nela trocando seu sorriso encantador por lágrimas... — Bom, temos que fazer os nossos serviços, então vamos logo, antes que sejamos as próximas a ir pro quarto do medo.
— Não tenho mais medo daquele lugar, não me interessa o que tem lá dentro ou qual castigo ela venha me punir, não me faz diferença. Não mais. — A Joana parecia triste, mas tão certa de suas palavras.
— Quanto a isso, também não me faz diferença... Precisamos ir. — Assim que levantamos, a senhora Danuza, outra carrasca do orfanato entrou no quarto.
— A Madame Vanda deseja vê-la, Laura. Em sua sala. — Ela disse com um olhar indiferente, parecia que tínhamos lepra e ela não quisesse chegar muito perto para não contrair.
— O que mais ela vai fazer a mim, arrancar meus olhos. — As palavras saíram de forma impulsiva da minha boca.