Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
LUÍSA ALVES
Joguei as chaves do apartamento em cima do criado mudo, largando o meu corpo sobre o sofá. Mais uma entrevista de emprego, mais uma esperança que não deixou de ser isso, mais um "não" bem grande, e dolorido, que recebi hoje.
Vim ao Estados Unidos acreditando que seria mais fácil, que as vagas de emprego iriam dar a volta na esquina. Alguém avisa? Me ferrei bem bonitinho, não é exatamente o que eu estava pensando, mas é fato que é bem melhor do que no Brasil. Nessa parte eu não me enganei.
Olha que não estou exigindo muito, nem mesmo aquele emprego absurdo que sei que mereço. Estou procurando uma vaga de babá, continuar na profissão que estou desde que cheguei aqui. O menino que eu cuidava cresceu, não precisa mais de babá, então eu fui demitida a um mês. Desde então não parei de correr atrás nem por um momento, mas estão me negando a vaga pela minha idade.
Bom, alguns me falaram isso, mas sei que o meu corpo me atrapalhou um pouco. Sou morena e de genética Brasileira, ou seja, eu sou gostosa para um caralho. A bunda durinha, e grande, coxas grossas, a cintura fina e os seios medianos. Vi o olhar inseguro de muitas mulheres em cima do meu corpo, assim como o de interesse de seus companheiros.
É gente, ser gostosa não é tão fácil quanto parece.
__ Boa noite gatinha.--- Luna, minha melhor amiga e colega de apartamento, declara abrindo a porta.
__ Boa noite minha vaquinha.--- Abro os meus braços na sua direção, sentindo o seu abraço apertado.
Lua, a forma carinhosa que a chamo, foi uma das primeiras pessoas que conheci assim que cheguei aqui. Foi ela quem me deu muito apoio e carinho nessa jornada, se não desisti e voltei ao meu país foi pelo apoio incondicional dessa louca.
__ Como foi a entrevista de emprego?--- Pergunta se sentando ao meu lado, repousando os seus pés em cima do criado mudo.
__ Adivinha só.--- A desafio com a sobrancelha, sabendo que a mesma já sabe a resposta.
__ Qual foi a desculpa da vez?--- Pergunta.
__ Falou que sou muito nova, mas vi que foi pelo fato do marido não ter tirado os olhos da minha bunda.--- Conto e a mesma rir.
__ Deve ser corna e nem sabe.--- Minha amiga aponta e foi impossivel não segurar a risada.
__ Mas até prefiro não ser chamada, já pensou se eu sofro assédio?--- Pontuo.--- Vou dar um chute bem gostoso nas bolas, mas sabemos que é sempre a mulher que sai como a errada, não o macho escroto.
__ Tenho que concordar com isso, essa sociedade machista nunca muda.--- Revira os seus olhos irritada.
__ Quem sabe eu não tenha mais sorte na entrevista de amanhã?--- Tento soar positiva.
__ Oremos por isso.--- Apoia.
__ Bom, vou tomar banho.--- Declaro me levantando, pegando a minha bolsa.
Beijo a sua testa e faço o caminho do meu quarto, indo direto ao meu closet. Guardo as coisas no lugar e pego uma calcinha de renda branca e uma blusa longa sem mangas na cor preta. Saio do quarto, passo na área de lavar roupa e pego a minha toalha, indo tomar o meu banho.
Retiro as minhas roupas, sentindo um alívio nos meus seios ao retirar o sutiã. Como fiquei na rua o dia todo, não consegui retirar o leite do meu peito, o que resultou no mesmo empredar e ficar bem pesadinho. A dor que dar quando isso acontece é de outro mundo. Rapidamente pego a bombinha, ignorando a dor ao retirar o máximo de leite possível.
Desde pequena tenho um problema hormonal, o que resultou na fabricação de leite materno mesmo sem ter filho. Até poderia tomar um remédio para tratar, mas não é algo que me incomode muito e posso até ajudar outras crianças doando o meu leite, por isso decidi manter.
Ao terminar, mergulho o meu corpo embaixo do chuveiro, respirando fundo. Deixo que todas as tensões do meu corpo saia junto do fluxo de água, deixando-me mais leve e tranquila. Doí saber que perdi muitos trabalhos porque os homens mal conseguem guardar o seu pau nas calças, onde é o lugar deles. Mas o que eu posso fazer com isso? Nada, nunca temos nenhuma escolha que não seja aceitar e sair. Nada que formos fazer adianta.
Aí, espero mesmo que eu consiga o de amanhã. Não suporto não ter dinheiro para comprar as minhas coisas, me mimar do jeito que mereço. Não gosto de deixar as contas do apartamento apenas para Lua, sinto-me mal com isso. Mesmo morando na casa dos meus patrões, é muito normal ter essa exigência, sempre ajudei com as contas, assim eu teria uma casa para retornar caso algo vinhesse a dar errado.
Desligo o chuveiro e pego o shampoo, passando pelos meus enormes fios pintados de loiro. Meu cabelo originalmente é moreno, mas estou sempre descolorindo para ficar aquele loiro bem branquinho, acho que combina mais comigo. Enxaguo o mesmo, passo o tonalizante para manter a cor e por último o condicionador. O segredo de ter um cabelo loiro bonito é cuidar bem dele.
Termino o meu banho e coloco a roupa que separei, estendo a toalha e deitei ao lado da minha amiga no sofá. Além de ser minha melhor amiga, Luna é a única pessoa em quem realmente confio e amo. Vim para Nova York em busca de uma vida digna, mas para esquecer tudo que tem haver com o meu passado também. Não quero nunca mais me lembrar das pessoas que me criaram, de como os meus próprios preferiram as drogas invés da filha. Eu fui só um erro, uma camisinha furada. Palavras que sempre escutava de ambos e não minha.
Desde sempre sou eu por mim mesma! Sabia que se eu quisesse mudar de vida teria que fazer isso sozinha, então cai de cabeça nos estudos, aprendi o inglês e ainda consegui passar em uma faculdade daqui. Conquistei a minha emancipação e vim embora, jurando nunca mais voltar àquele país ou às lembranças que vem com ele. Agora eu sou uma mulher de Nova York e farei o possível para me manter aqui.
Me formei em culinária, a comida é a minha paixão. Não tive a chance de exercer a minha profissão, mas estou correndo atrás dela e enquanto não acontece, cuido de crianças já que as mesmas são a minha paixão.
__O que faremos para comer?--- Pergunto.
__ Vamos pedir alguma coisa.---- Sugere.--- Estou sem vontade nenhuma de ir para a cozinha.