meu insensível professor

Capítulo

1

Ok. Um passo de cada vez. Respira. Você consegue.

Eu estava me auto motivando a conseguir deitar-se na cama sem fazer nenhum barulho ou alarde e acordar todo mundo na minha casa. E antes que você possa imaginar que eu estivesse chegando bêbada em casa em alta madrugada, eu preciso tirar essas expectativas.

A verdade é que eu caio atoa, e sempre em lugares importantes, outra vergonha que sempre passo. E eu passo por coisas difíceis de acreditar que são possíveis de acontecer na vida real e não em uma comédia romântica.

Vamos esclarecer só o quão desastrada eu sou; como uma menina religiosa, e crescida no berço cristão, eu participava de danças na igreja. E em uma dessas apresentações, eu estava descendo os degraus do altar e bem... Levei o maior escorregão no meio da missa com a igreja lotada.

E dito esse fato, preciso salientar também que sou uma pessoa bastante comunicativa. Falo demais e às vezes, me atrapalho no amontoado de palavras que saem dos meus lábios em frações curtíssimas de segundos.

Sorri sozinha ao relembrar desses momentos enquanto conseguia finalmente deitar na minha cama sem nenhum incidente.

Eu havia acabado de chegar de um encontro com um grupo de amigas e estávamos nos despedindo das férias. O nosso último período da faculdade estava prestes a começar e eu estava bastante animada.

Aconteceram tantas coisas nesses últimos anos que eu ainda não acreditava que estava prestes a concluir minha graduação. Mas olhando agora, eu percebia que tudo tinha um tempo. E felizmente, não era no meu. Tudo tinha uma razão. E eu era uma garota sonhadora, que sempre procurava entender as entrelinhas das coisas, e no fundo, eu sabia... Algo mágico ainda iria acontecer comigo.

A janela do meu quarto estava aberta e a luz da lua iluminava ao meu redor. Eu amava aquela brisa noturna. Fazia meus pensamentos voarem mundo a fora. E eu adorava viver em realidades assim. Mas voltando a minha...

Peguei o meu celular dentro da minha bolsa e resolvi checar minhas mensagens antes de ir dormir. Mas algo chamou minha atenção de uma maneira muito...

- O QUÊ?! – eu gritei para a tela do meu celular e minha irmã se remexeu em sua cama. Mordi o lábio.

Isso era simplesmente impossível!

Ok, eu acho que preciso explicar o motivo da minha euforia. E eu juro que será a última vez que jogarei meus devaneios assim.

Existiu um garoto. Era óbvio que teria. Toda história começa assim, não é? Mas essa não tem aqueles finais lindos, é mais para trágico... Então, eu fui apaixonada por esse garoto o meu fundamental II inteiro. Ele era o típico garoto problema, lindo e popular da escola. E eu a garota certinha, popular porque era gêmea.