Amores Roubados - Morro
RR
anos
Chapadão, se não estivéssemos em meio ao fogo cruzado planejado pelo BOPE e ma
bagulho era foda. Os tiros. Os gritos. Junto a dor e o desespero de ver os parceiros e moradores inocentes c
ra um
om a sigla do Comando Vermelho, vagabundo corria enquanto seus fuzis -
subindo que nem trem bala! Mete o pé! – Segurei firme o rád
dele cuzão! E você tá aí cagando pros vermes... – Bira me int
ptero! A porra toda querendo foder com nós, e tu acha mermo que uma .40 vai vi
ar um de suicida. Meu único objetivo era saber onde estava meu tio. O rádio dele não fazia contato a mais d
até alcançar a entrada de uma viela que fazia ligação com a rua 16. O peso do cano que manuseava em meus braços, fazia com que eles sofressem arduamente pela fadiga,
nuca, atingindo em cheio uma parede sem reboco. Os pelos, banhado pelo suor da minha pele se arrepia
, mais uma vez
barulho em que podia se ouvir era o dos tiros dos vermes botando o terror, provocando choros e clamores
ali era ele, sua cabeça valia mais de 50 conto na lista negra dos canas. Com certeza os vermes não iriam descansar at
família desamparada. Elas só tinham a mim e ao meu tio, se u
avam por alguém, ou tinha esperança de recuperar uma parte da porrada de droga que estavam distribuídas pelos vários barracos - que serv
e sempre fechou desde moleque comigo. Ele e outros quatro estavam escorados em baixo de uma escadinha que dava acesso a laje de um barraco. Não, eles não conseguiam ver que estava sobre a marcação
na direção de um deles. O corpo trêmulo e comp
passando
a laje, os caras ao lado, assim como eu fez o mesmo. Claro que a porra dos vermes responderam a mesma altura, dispararam co
a como um alvo fácil dos desgraçados que brotavam mais do que mato às m
o pé daqui. Sá porra tá lombra
que tá ciente de onde o Chocolate se enfiou. Aque
ito que nem os outros donos: vazado daqui a
renalina e cansaço, mas também pela pressão de estar na mira do exército, de helicópteros metendo
passos, a tonteira também rodava pela minha ca
Fa
caras já fizeram de tudo pra tentar tirar e
a ansiedade. Se não fôssemos acertados por uma rajada até l
murchar de meu peito. A casa de dois andares entregava a humildade pela exposição dos tijolos e pichações escro
ro da casa não havia ninguém, exceto meu tio. Não foi difícil arrombar a porta escorada por um sof
? – Pergunt
moleque?! – Sua voz eco
e passassem ele continuava me trata
ssado um furacão por ali – e seguimos para um cômodo estreito repleto de sacos transp
os vários tabletes de pasta base. Ele estava de costas e sem c
verme pra todo lado e tu tá aqui ensacando es
enquanto virava a cabe
agora! Se
oleque? – O grito eco
da é essa?! Se tu for pego tu nã
abriu um sorri
ve, imagina só o que o velho vai dizer quando descobrir que eu perdi mais de uma tonelada d
discordar, dizer que ele estava errado, mas não fui capaz p
inou tudo, foi ele me que ensinou a vive
olate tá certo
olhos do meu tio viera
talos e arranque de fuzis se
essa bobeira de vir atrás de mim. Foge
ra meter o pé! – Dei
orra do arrego para os vermes, ele já estava cheio disso, cansado dessa vida medíocre de viver rodeado pelos bicos, e pelos canas persegu
dar conta de que o bagulh
túcia em nossas canelas. Alcançamos o segundo andar persistindo firmes, enquanto meu tio nos guiava para a escada exposta e sem co
ós, contra de
carregava, com ele me sentia seguro, protegido. E s
ncarei meu tio e Taquara, ambos estava no mesmo estado em que eu: exaustos. Nossos corpos encharcados pelo suor ardente foram refrescados pelos movimentos contínuos das hélices do helic
ou pra nós... – Taquara gritou competind
paramos desfocando a mira da nave que botava pressão. Os tiros vindos de
de dor sob
do de encontro ao chão com as mãos cob
olate!
scapar uma lágrima... Meu mundo estava caindo, meu peito ficou vago, o corpo todo bambeou quan
dos! Filhos da
do morro... Dali tu segue... Agora é tua vez, vê se faz direito m o l e q u e... – As pernas finas
, por cada segundo perdido só para poder ter a chance de d
vagava, mexia com meus neurônios até doer, só caí em mim quando senti o telhado partindo, cravando na pele a
porra?! O bueiro
Fodido. As pernas do cara fraquejavam assim como minha cabeça girava, mas não nos deixamos
e fedia a merda, para caber tinha que
a nossa seg
Deus quiser. El