Amores Roubados - Morro
AB
im. "Você só dá prejuízo". "Eu ainda estou sendo boa por deixar você aqui.". "Será que não tem jeito de você morar lá naquela faculdade?". Essas eram as frases, ou melhor, as indiretas mais repentinas q
va, não somente as roupas de tia Lucinda como também os farrapos surrados do Ernesto, além disso eu cozinhava, limpava a casa, fazia tudo sem medir
tunidades". Fui na fé, crendo que conseguiria. No ônibus como de costume fui de pé em meio ao aglomerado de pessoas suadas, a maiori
estamos priorizando os currículos que contém certa experiência..." Às vezes, para ser sincera quase toda hora, vinha aquela vontade angustiante de desistir, era horrível saber que nada fluía para mim. En
u D
desenhando aquele rosto sério. Um misto de ansiedade e medo me invadiu, as lembranças daquela noite vieram à ton
ar. Para ser sincera ele era um gato. Fico pensando: Será que todos os
i o convite dele, porque um dos meus sonhos quando vim para o Rio de Jan
.
do carro havia uma troca incessante de músicas, uma hora pagode, outrora funk. Eles ficavam cantarolando as música
em brincar com meu cabelo, eu tentava ajeitá-lo quando note
eixando exalar um ar convincente, daqueles que j
vontade de saber se a água do mar é salgada
m como os olhares curiosos que i
e catuaba! - Rafae
a cerveja espalhafatosamente contra o ar, fiquei com raiva qu
o tem mar! - Fechei a cara, virei-me e apanhei uma cerv
vo na praia, amanhã tu me leva na cachoeira, depois pro teu barraco... -
lante! - Empurrei a mão do folgado até o
o retardado gritou lá de trás enq
rta do veículo onde recebi a brisa fresca vinda da janela. Hora ou outra Rafael sorria e piscava che
.
o, ali sobressaía o frescor das rajadas de vento que açoitavam minha pele agradavelmente. A delicadeza com que as
-me para trás e me surpreendi com a eficiência das garotas. O tempo que me distraí foi o suficiente para que elas encaixassem e abrissem o
me esbanjei com o óleo bronzeador. Confesso que ser comparada a um defunto me deixou abalada, por isso minha prioridade era
tomar a cerveja antes que ela esquenta
. – A preta com a bunda duas vezes maior do que a minha, aje
je é segunda vez que o vi na vida, a primeira foi es
contigo, carne nova... – A loira disse com ar de de
e nós fôssemos um ca
não queria ser o cardápio daquele negão
ra apanhou uma cerveja da caixa de isopor, com ce
ria mentindo. Porém ele não faz meu tipo,
peitoral largo, e da barriga trincada coberta por tatuagens de tribal, - a que tinha abaixo do umbigo era a mais bonita. - Engoli mais da cerveja e rolei os olhos para baixo, vendo, admir
O que é que e
prestava atenção somente no barulho das ondas se encontrando com o mar. Estava entretida com a canção viciante das águas, quando meu coraç
quela marquinha do jeito que o pai gosta
ê fizesse isso com sua mãe, ou irmã! Deveria ter o mínimo de respeito comigo, ou qualquer
ha?! Pow, eu só tav
dele na praia. Porém, ao invés disso eu optei apenas por chutar a areia abrasiva, lançando-a contra sua cara de safado inconse
nima ideia de para onde ir. Foi então que senti uma mão grossa aga
u sério. A mão áspera continu
a cabeça entediada por o quanto estava tran
ndo que nem criança! É um saco ter que aturar suas cantadas
aquele sorriso sarcástico no canto dos lábios,
vou mais dar um de sacana. É que tô acostumado a zoar assim com as mina lá da
r cada um ficar no seu can
doida pra pegar um sol, curtir a pra
lho. Droga! Parecia que queria
qu
antou uma sobrancelha deixando s
lábios quando ouvir o convite. Jetski. Caramba
que
espondeu co
roa onde alugava a máquina.
, muito perto. Fiquei sem graça quando ele acelerou e o impulso fez com que minha bunda ficasse encaixada entre suas
ores. Era tão legal quando vinha aquel
aproveitei
o outro eu ainda conseguia ver a praia como uma miniatura. Uma sensação fria, medonha, pa
a? - Perguntou no meu ouvido,
empurrou seu corpo sobre o
or um segundo. Se eu não morresse afogada, sofreria um AVC pelo medo. Me aliviei q
gua, ofeg
az mais isso! Quer
u. Riu
o tiver a fim de virar comida de tubarão.
r favor, v
e boa, é
i apontando o dedo c
nha, vai me dizer
a estar acelerado, confess
surpresa. - Suspirei pressionando meu peito com a mão direita, depois falei: - Apesar dos pesa
var pra curtir embrazada comigo. - Ele se achegou, faltando poucos centímetr
e dois
el s
rque tu tava perd
em diferente. Mas se bem que de tudo o que mais me surpreende
sim
. - Sorri
sta, voltou a so
, quando te vi aquele dia, toda lindinha com a mochila nas co
.. Longe da família, sem trabalho... - Respirei fundo enquanto brincava com
xo com um olhar malicioso, f
ar, o que não falta é homem queren
r! Isso é ridículo. Não tem nada pior do que ser bancada por um macho, tendo c
egundos para me responder
a, lavo, passo, cozinho! Sou que nem Bombril: mil e uma utilidades! - Me enchi
rampo embaça as paradas. - Exclamou s
vista. Vai me descartar só porque sou mulher?! - F
Eu não costumo entrevistar meus crias, mas contigo é outra parada, acho que dá pra
Mas qu
da água, fui levada pela sensação excitante de estar ali tão perto do seu corpo. Quando me dei conta meus lábios já estavam envolvidos com os dele. Senti a maciez da sua boca na mi
.. Droga! Estou mesmo beijand
grito. Caí em mim. Ofegan
sem ar, foi assim que e
deslizando dois dedos pela minha bochecha, penetrou eles entre me
nse nervosa. M
- Bati na sua
ia estar nervoso, bolado. Confesso que agi por impulso, mas foi ele que
dessa água! - A voz rude me alca
o. Eu apenas o observava subindo no Jet, li
vor, volta! - Gritei, berrei com as lágrimas atravessando min
abandonada, deixada no meio do mar por um bandido miserável, um ladrão de merda. Desgraçado! Se eu pudesse voltar atrás, eu nem estaria na droga
água contra meu rosto. O sorriso estava intacto no seu rosto, assim como o deboche quando ele estendeu o braço para me ajudar a subir. S
ustei pra te achar! - Gargalhou alto enquanto seguia ace
nuei
inha, fala
ê não tem ideia do moleque que tem aqui dentro! - Bati nas costas largas, com os re
novinha aí te dando um show no papo, eu podia te deixar ali, mas nem o
impressão um do outro. - Me
inha paciência! - Dessa vez reconheci o quanto ficou
culo, se encontrar com seus amigos, arru
.
e despedi das garotas e do seu colega que sorriram e deram tchauzinh
ndália, pelo biquíni, pelo dia maravilho
r: Apaga a porra do meu núm
carro com violência, fazendo as rodas arranharem o asfalto num arran
ter, ou não o número dele t
I
AB
de, assim como as portas amadeiradas modestamente consumidas pelos cupins. Na laje se destacava uma antena p