Amor no palácio
es eram lhos de aristocratas – mesmo que a Guarda do Príncipe fosse um pouco diferente, saída da escória. Quando a insígnia foi jogada para ele, ele quase a deixou cair. – Gosto que
refa para a qual qualquer um se ofereceria. Mesmo para um capitão experiente, era impossível manter a disciplina daquela corja enquanto enfrentava ataques que vinham de oito lados diferentes. O príncipe sabia da magnitude da tarefa quando entregou aquela insígnia para Jord. E o capitão pensou nisso. Ao passar o dedo sobre a estrela amassada naquela clareira isolada, ele sorriu. À esquerda, um graveto quebrou. Foi logo guardando a insígnia e cou um tanto corado por ter sido pego em agrante em um instante íntimo de orgulho. – Capitão – disse Aimeric. – Soldado – respondeu, com uma consciência exacerbada do novo título, o qual fora pronunciado com o sotaque aristocrático de Aimeric. – Espero que não seja insolência de minha parte, mas segui o senhor até aqui. Queria lhe parabenizar. O senhor merece. Quer dizer... acho que você é o melhor homem aqui. Jord soltou uma risada debochada. – Obrigado, soldado. – Por acaso eu falei algo que não deveria? – É a primeira vez que um aristocrata tenta me impressionar. Um olhar conhecido se instaurou no rosto de traços nos de Aimeric, mas ele não baixou o olhar. Aos 19 anos, o rapaz era exatamente o tipo de bem- nascido que, em geral, conseguia entrar na guarda: um quarto lho, destinado a ser ocial. – Fui sincero no que disse. Eu o respeito. – As bochechas do garoto estavam saltadas de tanto rubor. – Eu quero me sair bem aqui. – Se sair bem aqui é simples. Você não precisa polir os botões de minha farda. Apenas dê duro. – Sim, capitão – respondeu, corado, já dando as costas. – E, soldado... Aimeric tornou a se voltar para o capitão. O hematoma no rosto cou salpicado pela luz do luar. Desde que chegara, fora vítima de lutas. Tinha virado alvo dos mercenários do regente, e qualquer desavença sempre acabava com Aimeric no meio, apanhando de todos. – O que aconteceu com Govart hoje de manhã não foi sua culpa. O príncipe tomou aquela decisão por conta própria. – Sim, capitão – disse Aimeric, e seu olhar, ao luar, cou arregalado por um instante, de um jeito estranho. Como a maioria dos homens da guarda, Jord serviu Laurent por causa de Auguste. Ainda se recordava de como era tentar impressionar alguém: Auguste era uma lembrança de ouro que jamais se esmaecia, uma estrela brilhante para servir de guia, levado antes do tempo. Naquela época, Jord era mais jovem e tinha habilidades sucientes para ser contratado como gu