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A esposa que ele tentou apagar

Capítulo 3 

Palavras: 1708    |    Lançado em: 03/12/2025

Vista d

mbolo de refúgio, agora parecia a entrada de uma tumba. Peguei a passagem para Lisboa, sua superfície lisa uma promessa tangível

ltimas semanas que eu havia descartado como estresse. Cambaleei até o banheiro, vomitando no vaso sanitário. Quando o espasmo

e, Helena Figueroa, estava impresso no topo. E então, uma data. Semanas atrás. Antes da galeria.

bia. Ele sabia o tempo todo. Ele escondeu de mim. O homem que me mostrou tanta crueldade, o homem qu

única coisa tangível que restava dos destroços da minha vida. A única pessoa que seria verdadeirame

imentos imbuídos de um novo propósito. A náusea voltou, mas

ficou presa na garganta. Seu rosto era indecifrável,

ua voz mais suave do q

desprovida de emoção. Mostrei o ultras

ligeiramente, então ele

lábios. "Enquanto você exibia sua amante, enquanto me humilhava, enquanto

onstruída. "Helena, eu estava tentando te proteger. Há tanto estresse agora. A e

cios da minha compostura se desfazendo. "Isso não s

ena, me escute. Precisamos ser racionais sobre isso." Ele f

us pulmões. "O quê?", sussurrei,

z assustadoramente calma. "Pre

gritei, agarrando minha barriga. "Est

conceito. Uma instalação sobre 'nova vida'. Ela quer usar... o feto. Ela diz que você é sua 'musa da reali

filho. Nosso filho ainda não nascido. Como arte. Para sua amante. M

o pelo meu rosto. "Você quer matar nosso bebê para a 'arte'

sas estiverem menos caóticas. Agora, pare de ser difícil. Meus homens estão esperando." E

or! Não faça isso! Não machuque nosso bebê!", implorei, minha voz rouca, des

direção à porta. Lutei, chutei, gritei. "Por favor! Meu bebê! Nosso bebê! Arthur, lembre-se da

para o melhor, Helena. Para todos.

nte. O cheiro estéril, a eficiência fria e clínica. Eu estava em uma maca, amarrada. Luz branca. Instrumentos. Mã

embaçou. Lembrei-me da mão de Arthur na minha barriga, meses atrás, sussurrando sob

azio oco. Tinha acabado. Meu bebê. Minha única es

ora me atingiu como um golpe físico. A criança se foi. Meu corpo parecia um fantasma, um recipiente oco. Meus

sem lar, sem família. Levantei-me, meus movimentos lentos, delibera

porta. Deixe que ele fique com tudo. Não significava mais nada par

rbida guiando minha mão. A manchete brilhava na tela: "Controversa Instalação 'Nova Vida'

a "arte". Uma onda de agonia pura e inalterada me varreu. Eu queria gritar, enfurecer-me, quebrar a tela. Mas não consegu

rno preto. Meu sangue gelou. Isso não podia estar acontecendo. Não de novo.

uri

estava denso com o cheiro de desinfetante barato. Um único holofote brilhava sobre mim, m

z desprovida de emoção. "Vo

io era forte. "Você assassinou nosso filho, Arthur! V

mília dela está se distanciando. Precisamos de controle de danos. Você vai aparecer na televisão ao vivo. Você vai dizer a eles

ê quer que eu diga que nosso bebê nasceu mort

como se isso explicasse tudo. "E nossa re

úria. "Você é um assassino, Arthur Wyat

.. aquele orfanato que você tanto ama? Aquele com o qual você sempre finge se importar? Seria uma pena se

podia. Mas seus olhos, frios e calculistas, me disseram que ele fari

estava quebrada. "Por favor.

, ele perguntou, um brilho

capando. "Sim", engasguei. "Eu farei

tei-me, meu rosto uma máscara de luto e compostura forçada, recitando as mentiras que Arthur me alim

ata!" "Usando seu bebê morto para a fama!" "Nojenta! Ela merece apodrecer!" Ca

e fez balançar. Senti-me fraca. "Preciso ir

e atrás de mim, colocou a mão no meu ombro

rcei uma risada amarga e sem humor. Claro que sim. Ele sempr

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