Sangue na Neve, Uma Vida Perdida
rado o que eu disse, focado demais em confortá-la. Carmen, no entanto, se afastou dele, seus olhos arregalados com um horror indisfarçável, f
rou, pintando a neve de um vermelho vertiginoso. Minha força evaporo
. Ele observou, atordoado, enquanto o vermelho escuro manchava não apenas a neve, mas meu vestido, e depois escorri
inha língua grossa e pesada. Tudo o que consegui foi um gemido sufo
E ela está sangrando assim..." Sua voz sumiu, uma compreensão arrepiante surgindo em seus olhos.
ou um novo jorro de sangue, quente e nauseante, pelas minhas pernas. Ele correu em direção ao carro, o rosto uma máscara de terro
encharcando minhas roupas, formando uma poça grotesca no banco do passageiro. O cheiro dele, espesso e acobreado, enchia o espaço
sensação de calma começou a se instalar sobre mim, uma resignação aterrorizante. Eu queria que acabass
meiras correram, seus rostos um borrão de preocupação. A cena sangrenta atraiu olhares ch
rauma! Ela está sangrando mu
a a dor. Eu estava com tanto frio. Tão cansad
A voz de Caio era frenética, seu
se uma médica, sua voz firme, enquan
lhos selvagens. "Não!
iluminada, tive um último vislumbre de Caio. Seu rosto era uma máscara retorcida de desespero, seus olhos arregalados com um te
fermeira começou a injetar algo no meu braço, o líquido uma fita fria traçando s
rrando o braço da médica com a pouca força que me
us olhos procurando os meu
.. tire. Eu não quero que ele... que ele sofra. Não assim. Não com ele." As últimas palavras foram um s
rostos gravados com uma tristeza profunda. Eles
, caminhando por uma praia ao pôr do sol. "Um dia, Helena", ele dissera, a voz rouca de emoção, "teremos um pequeno. Uma menina, com seus olho
ia vencido. E eu estava sozinha. O calor daquele futuro imaginado desapareceu, substituído pela certeza arrepiante d