Sangue na Neve, Uma Vida Perdida
oco, um recipiente vazio à deriva em um mar de dor. Pisquei, tentando limpar a névoa da minha mente, e meu olhar se desviou para o teto. Um
ves, entrou no quarto. "Você a
ava irritada, seca. Consegui apenas um s
tem sorte de estar viva. Por um tempo, ficamos preocupados." Ela fez uma pausa, seu olhar se suavizando. "Você está em um quarto particul
chei os olhos, uma nova onda de dor, desta vez emocional, me
Pela janela, eu podia ver galhos de árvores nus, pesados de neve fresca, curvando-se
é de Campos do Jordão, senhorita Delaney?" ela perguntou, s
ão. Não sou daqui. E não, não tenho família aqui." Fiz uma pausa, u
ela pergunt
ste lugar." Uma resolução profunda e inabalável se instalou em meu coração. "Eu vou embo
ecisão. Mas às vezes, um novo começo é exatamente o que você precisa." Ela parou na porta. "Seu parceiro... o Sr. Rodgers... ele me pediu para lhe dar um recado. Ele d
escolheu. Uma risada amarga e irônica ficou presa na minha garganta. Eu não senti nada. Nenhuma rai
nxurrada de notificações piscou na tela. Chamadas perdidas de Caio. Men
que você estava grávida. Por favor, me di
sem responder. En
deu em mim. Vou consertar, eu juro. Vamos nos casar. Vamos ten
era apenas "tristeza". Ele não conseguia nem compreender a profundidade da traição, da pe
e Caio. Então, bloqueei o número dele. E o de Carmen. E de qualquer outra pessoa
iro voo para São Paulo
ia suportado. Balancei as pernas para fora da cama, meus músculos rígidos e fracos, mas minha resolução era de ferro. Juntei
hospital, antes um lugar de medo, agora representavam uma prisão da qual eu tinha que escapar. Empurrei as portas au
rastros do meu passado quebrado. Campos do Jordão, vo