Oito Anos Perdidos, Agora Verdadeiramente Livre
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leal assistente jurídica e parceira devotada, sacrificando uma
critório. Ele me chamou de "mercadoria avariada
niu para o arquivo morto no porão do escritório. Quando invasores m
dramática", ele d
auma me fez perder o bebê que e
ostagem nas redes sociais: uma selfie sor
er. Ele achou que tinha me quebrado. E
ítu
ena
que um acessório conveniente." A voz de Bernardo, geralmente tão suave e calmante, estava carregada de um desprezo gélido que eu nunca tinha ouvido direcionado a mim. Pelo menos, não
para sócia júni
a." Suas palavras, que deveriam ser um conforto, agora pareciam um peso de chumbo pressionando meu peito. Eu havia ensaiado por semanas como contar a ela sobre minha
patia ensaiada. "Helena, meu amor, o escritório precisa de um rosto novo. Alguém com contatos importantes. A Beatriz, o pai dela... é um n
? Ela realmente fez aquilo só por você?" A voz de Beatriz Ferraz, doce e venenosa, pingava diversão. Eu a imaginei, empoleirada na
itava que tínhamos um futuro." Ele fez uma pausa, e eu quase pude sentir seu sorriso de escárnio. "Oito anos, Beatriz. Oito anos de trabalho
inquestionável. Essa era eu. Esses eram os meus oi
co cruel de seu comentário anterior. "Por causa de
queria um filho, mas porque Bernardo me convenceu de que "não era o momento certo", "muito cedo na minha carreira", "co
as minha carreira, não era apenas a traição. Era tudo. Cada sacrifício, cada lágrima silenciosa,
m que eu estava lá. Ouvi um silêncio súbito, depois o suspiro de Beatriz. Eu não esperei. Não podia. Minhas pernas
gue. Minhas mãos tremiam enquanto eu buscava na minha bolsa, tirando a pequena caixa de veludo. Dentro, jazia o delicado
tira. Uma mentira linda e brilhante. Eu o bati contra a pia de porcelana, a prata se torcendo e dobrando sob a força, imita
Oito anos, estilhaçados. E eu estava farta. Farta das mentiras,
. Meu coração martelava contra minhas costelas, uma batida desesperada de rebelião recém-descoberta.
hei para a foto emoldurada na minha mesa: Bernardo e eu, sorrindo, de braços dados, na fe
no verso: "Mentiroso". Então, joguei-a na lixeira.
sava um lenço rosa choque, o mesmo tom que Bernardo uma vez disse que ficava lindo em mim. "Helena", ela
orreram antes de chegarem aos meus lábios. Eu apenas olhei para ela, olhei
dos. Você está encarregada de montar os kits de boas-vindas." Ela gesticulou vagamente para uma pilha de pastas col
e impecável da minha mesa, estampada com o logo do escritório. Foi um presente de Bernardo para mim, no último Nat
o. Minha mesa. Seu
ação fria e dura. Olhei para a caneca de café em sua mão, depois para a pilha de tarefas triviais que ela acabar
surpreendentemente firme. "Prec
seria, Helena? Precisa de ajuda para empacotar seus..
iga ao Bernardo que ele pode montar a porcaria dos próprio
e o choque era genuíno. Ela esperava que eu me encolhesse.
em anos. Eu não me importava com o acordo de tecnologia, os kits de boas
, venha ao meu escritório. Precisamos conversar. AGORA." O tom imperioso, as
botão de resposta. Meu coração não se aperto
ica palavra. "
unda e purificadora, apaguei o
eu escritório. Caminhei em direção ao elevador, meus passos firmes e decididos. Eu estava indo em
o bolso do meu casaco. Minha mão se fechou em torno do colar de prata torcido, a "promessa" que Bernardo me deraterrissou com um leve tilintar metálico, engolido
ida que nunca foi realmente minha. Minha mente vagou para aquela sala de clínica estéril e fria, as vozes sussurradas, a sensação avassaladora de perda. Aquilo tinh
uma estranha calma se instalou em mim. Ele não me danificou
Ignorei. Não importava. Nada daquela vida importava ma
do térreo. As portas se fecharam, selando o passado, abrindo-se para um futuro des
ete físico de que mesmo as coisas quebradas podem cicatrizar, deixando para trás uma marca mais fo
iria reconstruir. Eu iria me reergu
chada. Eu estava indo para casa. Não, eu estava indo para um lar que não via há anos, um lugar o
portas se abriram. U
a, invisível para a multidão agitada. Mas p