Seis Anos de Amor Envenenado
abitual. Ele olhou de mim para o celular, depois de volta para mim, a notificação da mensagem ainda cruelmente visível. "Conversar, querida? Sobre o quê?", ele pergunto
prodigalizado a Carla horas antes. Ele se afastou alguns passos, virando-se ligeiramente de costas, como se para proteger suas palavras de mim. "Não, agora não é um
" Ele se moveu em direção à porta, já vestindo o paletó. "Descanse um pouco. Voltarei assim que puder. Não se preocupe com nada." Ele m
ulher que você acabou de beijar, com os suplementos que você está me forçando a tomar, ou com o f
em pela janela. Cada rangido do prédio antigo, cada sirene distante, parecia amplificar o rugido da tra
da cama, atraída para a janela por uma curiosidade mórbida. Do outro lado da rua, um casal do prédio em frente estava tendo uma discussão muito pública. Ela o acusava de inf
Saia da janela. Não olhe para essa sujeira." Ele me puxou para trás, seu aperto surpreendentemente forte. Ele foi até a janela, seus movimentos rápidos e decisivos, e
ê está bem, querida? Parece abalada. Você não deveria se expor a tanta feiura." Ele es
lexandre", minha voz era plana, desprovida de emoção. "O
s, Helena. Um vínculo inquebrável. Uma promessa de para sempre." Ele sorriu, aquele sorriso charmoso e ensaiado. "Falando em para sempre,
a cabeça para dentro. "Sr. Alexandre, tem uma visita lá embaixo
stou esperando ninguém." Sua voz estava tensa, com um toque frenético
untei, minha voz firme apesar do tremor em minhas mãos. Movi-me em direção
ndendo. "Ninguém importante, querida. Apenas uma
a contida do nosso corredor. Carla Gomes estava ali, um sorriso triunfante no rosto. Seus olhos encontrar
ou. Alexandre, parado, o rosto uma máscara de horror.
ando de uma doçura venenosa. Ela me olhou de cima a baixo, um d
a respirar fundo, a firmar minhas mãos trêmulas. "E quem seria você?", perguntei, minha voz calma, quase dist
ar!" Ele se virou para mim, um turbilhão de desculpas frenéticas. "Helena, querida, esta é Carla Gomes, uma nova
ívida contra sua pele pálida. Seus olhos, ainda fixos nos meus, me desafiavam a reagir. "Ah, não precisa de apresentações, Sr. Pires. Tenho
ente. Mas eu a contive, forçando um sorriso educado. "De fato", eu disse, minha voz mal passando de um sussurro. "
a, Carla. Vamos conversar no meu escritório." Ele praticamente a empurrou em direção ao seu escri
voz dela, baixa e sedutora, seguida pelos sussurros apressados dele. Minha mente disparou. Isso não
lores e meu pedido de café favoritos, agora era um estranho. Ele me cortejou incansavelmente, um namoro turbulento que me arrebatou. Ele era tudo que
como vidro quebrado. Eu tinha que saber mais. Eu tinha
ida, acomodada no banco do passageiro. Entrei no meu próprio carro, meus movimentos precisos, mecânicos. A mesma es
discreta. Ele ajudou Carla a sair do carro. Ela agarrou o estômago, uma careta de dor
eamente, seu rosto uma máscara de preocup
tirando o ar dos meus pulmões. Agarrei o volante, minha men
einamento. Nada para se preocupar. Mas sabe, o enjoo matinal tem sido terrível." Ela olhou para ele, os olhos arregal
Carla. Nosso menino precioso. Nada ficará no caminho da nossa família." Ele olhou para a barriga inchada dela,
s vazias. Enquanto eu engolia anticoncepcionais, ele estava criando uma família com outra pessoa. Um filho. A expectativ
abismo frio e vazio se abrir dentro do meu peito. A dor