SUBCHEFE
trá-lo aqui, não é mesmo? - pergunto virando de encontro ao meu amigo. - A princípio não, de acordo com o que Willy falou, este local o clã dificilmente vem. Concordo, observando a poltrona ve
m colchão, sem nada que pareça habitável, típicas condições de um animal imundo. - Amanhã vão colocar o plano em prática? - pergunto voltando para a sala. - Willy vai dar o sinal, se não for amanhã vai ser durante essa semana, só peço que se mantenha distante do sequestro. Sabemos o quanto quer isso, por isso é melhor que fique distante para não agir na emoção do momento. Concordo sabendo que ele está com razão. Albuim é meu primo e está comigo desde que meus pais sumiram no mundo, me deixando aos cuidados dos meus avós, que devido a incapacidade deles, acabei passando a maior parte da minha vida na casa dos meus tios. Ele conheceu Mia no nosso confronto rebelde contra a In Ergänzung e recentemente se casaram. Hoje, moramos os três juntos. Os dois em nenhum momento cogitaram deixar de lado a morte de Luck, assim como eu, querem vingar o amigo. Uma coisa é nítida, ninguém da máfia veio atrás de nós, então Luck não deve ter falado nada a nosso respeito. Meu noivo foi fiel a cada um de nós até seu último momento de vida. Não consigo imaginar como ele morreu, não sei qual foi o fim do seu corpo, ele simplesmente evaporou. Saímos da casa e olho a neve que caí suave, em outro momento adoraria tomar um chocolate quente em frente a lareira. A quem eu quero enganar? Não sei o que é isso há muitos anos. Com Luck foi todo o sentimento de amor que tinha dentro de mim. Restou apenas raiva, vingança para destruir o reinado dessa máfia que destrói tudo que passa na frente deles. Passo a mão em meu rosto, tiro o cabelo que incomoda minha vista e olho para a casa que parece abandonada, o lugar perfeito para acabar com Heinz. Finalmente estarei em frente a ele. - Não está com medo, Edvige? - Albuim pergunta com receio em sua voz. - É tudo ou nada. Esse homem já levou minha felicidade, agora vou acabar com a v
a o lugar um tanto solitário e o vento lá fora denuncia que esta noite teremos neve novamente. Ao longe avisto a casa solitária no meio do nada e dois carros estacionados em frente. Vejo Rex e Ary encostados em seu carro, faço a curva entrando na calçada de terra e paro o carro ao lado deles. Desligo e abro a porta. - E aí, babacas - digo cumprimentando os dois. - Estou pensando em como iremos matá-lo - Ary diz andando atrás de mim. - Me deixem ficar com uma parte? - Rex indaga feito uma criança quando ganha doce. Não dou atenção, empurro a porta e antes de entrar na sala, encontro o olhar interrogativo de Albuim. - Qual é o problema? - pergunto franzindo minha testa. - Não sei. - Olha para dentro da sala. - Nunca vi direito esse Don, mas pelo que me lembro, ele não tem cabelo negro. - Inferno! - digo caminhando a passos duros. Paro estagnada na sala, analiso o homem sentado na cadeira com seus pés amarrados na cadeira e as mãos presas para trás, até que minhas vistas param em seu olhar zombeteiro. Este homem não é Heinz. Heinz tem o olhar frio feito gelo, já este tem o olhar mais suave. - Quem eu devo socar primeiro? - pergunto olhando furiosa para os três. - Quem diabos é este homem? - quase berro com eles. - É ele, Willy deu o sinal, e ele tem a mesma tatuagem no pescoço - Ary diz na defensiva. - Lógico que não é, vocês são idiotas mesmo. Cacete! Todo esse trabalho para trazer este... Este... - Volto a olhar para o estranho. Suas vestimentas são bem aparadas, um terno Armani, o cabelo levemente bagunçado, mas o que mais me chama atenção é a cicatriz em seu rosto, deixando-o com uma aparência um pouco assustadora, embora seja atraente. Caminho até ele, que mesmo estando amarrado tem a ousadia de analisar meu corpo de cima a baixo. Paro em sua frente, abaixo o suficiente para ficar na altura do seu rosto e respiro fundo, sendo invadida por seu cheiro. - Quem é você, afinal? - pergunto inconform