Desejo proibido- 2 edição
nessa rua e te viu, mas lá ninguém te conhece. Os homens são ingênuos e gentis, como são todas as pessoas do interior. Você chega lá dando uma de moça direita e arr
quer coisa é melhor que continuar suportando a humilhação desses homens. Se não der certo eu volto. Resta saber como vou me estabelecer lá. Para dar uma de santinha vou precisar de todo um guarda roupa novo e um lugar descente pra morar. Ainda tenho o carro. Pelo menos isso aquele safado não roubou. Vou vender baratinho e usar o dinheiro pra começar minha nova vida. - Não venda agora. Use-o para chegar à Montana. Em um lugar desses é melhor chegar de carro que de ônibus, só para manter as aparências. Chegando lá você vende, se não tiver outro jeito. - O problema é que aquele bastardo não me deixou nenhum centavo. Como vou pagar uma moradia até arranjar o tal marido? - Trabalhe só mais uma semana. É suficiente para alugar uma casa simples e abastecer a geladeira. Depois arranje um emprego qualquer. Isso vai te fazer ser bem vista. Esperar um mês inteiro para receber uma quantia em dinheiro que se pode adquirir em uma noite, definitivamente é o inimigo número um de todas as garotas que optam por esta vida. Mas eu precisava aprender a aceitar. - Você está certa. - percorri os olhos à minha volta e vi um gorducho mal vestido me secando de perto do balcão. Aquilo me deu náuseas, mas eu sabia que precisava encarar. - Mas tem uma coisa. - Margô ficou muito séria. - Mantenha o foco desta vez. Não caia na lábia de outro malandro como Fábio. Tem muit
indo covinhas nas bochechas e entrou. Acomodou-se no assento, tirou a mochila das costas e de dentro dela, muito mais rápido do que eu pudesse esperar, sacou um revolver pequeno, apontando-o diretamente para a minha cabeça. - Não se mova! - Falou séria. Fiquei paralisada, com o sangue gelado nas veias, apenas minha mente trabalhando rapidamente em busca de uma saída. Porém, antes que eu conseguisse pensar em outra coisa que não em como me virar sem o dinheiro que estava no carro e sem o próprio carro, dois homens armados surgiram da lateral da estrada, de trás do declive que havia lá. Merda! Mas eu não tinha sorte mesmo! Eram dois garotos tão jovens quanto a menina que me fez parar. - Desce gatinha. Precisamos do seu carro. - Um deles falou, apontando-me sua arma do lado de fora da porta do motorista, enquanto o outro se mantinha ao seu lado como uma espécie de barreira para ocultar o que se passava de outros eventuais motoristas. Lembrei-me do dinheiro em minha bolsa, tudo o que consegui juntar durante aquela ultima semana estava dentro dela. Nem me passou pela cabeça guardar no banco para sacar quando precisasse, afinal nu