Desejo proibido- 2 edição
até que eu tinha praga de madrinha, ou talvez apenas tomasse todas as decisões descabidas. Desalentada, sem saber o que faria quando chegasse a Montana - isso se chegasse
olhadas cobiçosos masculinas, o que até então só me trouxe prejuízo e tristeza. Instintivamente, desci meu olhar pelo corpo dele, buscando o resto da sua beleza, mas não consegui ver muita coisa por baixo da jaqueta folgada, embora tivesse certeza de que era lindo inteiro. Seria o marido que eu escolheria se não fosse um pobretão em uma moto empoeirada. Desse tipo, eu só queria distância. Fábio me ensinou bem a lição. - Você está bem? Aceita um pouco de água? - Ele indagou, sem que aquele sorriso lindo deixasse de brincar em seu rosto. - Aceito sim. Estou morrendo de sede. Sem saltar, ele apoiou os dois pés no asfalto para manter o equilíbrio sobre a moto velha e tirou uma garrafinha de água mineral da mochila que trazia nas costas, entregando-me. - Não está muito gelada, porque faz horas que coloquei aí, mas dá pra beber. Sem hesitar, bebi toda a água da garrafa direto do gargalo, de uma só vez e o vi sorrindo ainda mais amplamente, observando-me com aquela cara de homem puro do interior, sem a malícia inerente a todos os homens que eu conhecia e até aos que eu não conhecia. - Muito obrigada. Eu estava mesmo morrendo de sede. - O sol hoje está muito forte. Vamos sair daqui. - Desprendeu o capacete que estava seguro por uma redinha na garupa e entregou-me, antes de colocar o seu. Fiz o mesmo e montei na garupa, sem saber onde colocar os braços. - Segure-se em mim, se não você pode cair. - Falou. Acreditei piamente que aquele era o objetivo de um homem ter uma moto em vez de um carro, mesmo que fosse um carro barato: fazer com que uma garota o abraçasse antecipadamente, durante um encontro, uma tática que certamente funcionava, pois quando contornei meus braços em volta do seu corpo, a sensação não podia ser mais agradável. Senti músculos rígidos e calor masculino - não um calor comum, esse era gostoso e excitante - partindo de baixo do couro da jaqueta e me aninhei ainda mais a ele, sem ter muita noção do que estava fazendo. Ficando louca, na certa. Foi assim que arrancamos em altíssima velocidade, rompendo o sol da tarde na direção de Montana. CAPÍTULO II Era a primeira vez que eu andava de moto, apesar do barulho infernal do motor e do vento causado pela altíssima velocidade, a sensação era boa, um misto de liberdade e adrenalina, que ficava ainda melhor unido ao calor gostoso que partia daquele homem. Obviamente eu nunca teria nada com ele, por não ser exatamente o que eu procurava, entretanto, não fazia mal algum tirar uma casquinha e tirei uma bem grande durante todo o percurso, abraçando-o com firmeza, por trás. - De onde você está vindo? - Ele perguntou, elevando o tom da voz para que se sobressaísse ao barulho do motor. - Do Rio. Sou de lá e você? - Nascido e criado em