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O terapeuta - Livro 1

Capítulo 3 O terapeuta

Palavras: 1450    |    Lançado em: 23/03/2022

ue ele não tem paciente agora. Penso um pouco. Abro a aba da minha agenda no computador e vejo que dá para eu arrumar uma brechinha aqui. - Estou a caminho. - Decido rápido. - Muito o

tan é mesmo um bom lugar para se montar um consultório para mulheres famosas e desequilibradas. Na recepção, uma jovem me informa que o consultório do Dr. Graham fica no oitavo andar. Uma placa de metal atrás do balcão dela também informa isso. Ao chegar noto que, quase como eu, o Dr. Graham é dono de um andar inteiro daquele prédio. Eu disse quase. O ponto positivo para ele é que o espaço fica no Upper West Side, o meu é no Brooklyn. Estou diante do lugar mais luxuoso e aconchegante que já vi. O homem tem muito bom gosto. E fico me perguntando, com tantas designers famosas, por que ele foi atrás justamente da minha agência, no Brooklyn? Deve ser mesmo muito amigo de Candice. Isso tudo, toda essa riqueza e opulência, combina bastante com a imagem do homem que vi na internet. Com uma análise rápida e perspicaz, pondero mentalmente que ele não precisa de muita mudança na decoração. Mas quem sou eu para discutir com uma celebridade possivelmente birrenta? Na primeira sala, bem espaçosa com sofás modernos brancos e carpete chumbo, eu encontro uma mulher muito bonita e bem vestida sentada atrás de uma mesa de vidro. Ela sorri para mim e retribuo o sorriso. - Oi, telefonei mais cedo. Sou Marianne Cooper, a designer. - Estendo a mão e a cumprimento. - Claro, o Dr. Graham já está vindo. Sente- se e aguarde. Aceita alguma coisa, Srta. Cooper? - Uma água, por favor. Ela sai com um sorriso nos

programa. Sou terapeuta e uso meu pau para curar as loucuras delas. Há mais de sete anos, isso funciona perfeitamente. Nunca tive reclamações. Quero dizer, já tive. Elas reclamaram que não queriam acabar as consultas. Essa minha vida não foi planejada, aconteceu por acaso, se espalhou como câncer, a notícia correu e cada vez mais a fila de mulheres aumentava em minha porta. Em um estalar de dedos, eu estava estampando capas de revistas. Para marcar uma consulta comigo, a mulher deve passar quase por um processo seletivo. Minha secretária faz uma entrevista prévia e depois me passa os dados, com todas as informações possíveis. E aí eu decido se aceito ou não. Geralmente passo as gostosas na frente, não sou bobo. Seguindo arduamente minhas próprias regras, consegui transformar meu consultório em um dos mais famosos. Foram anos satisfatórios e muito gostosos. E o melhor de tudo, é que a maior parte da sociedade não sabe o que rola porta adentro do consultório. Às vezes fico me perguntando quantos litros de porra já gastei nesse consultório, quantas camisinhas já foram usadas e quantas lágrimas já tive que suportar. Sim

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