Noite de prazer- 1ª. Edição
não perderia por nada. Um dos idiotas da família Camargo tinha destruído uma barraca de cachorro-quente que ficava na praça em um dos bairros mais humildes da cidade. Música alta e
itação. Olhei ao redor, para conferir as minhas baixas. Poucos dos meus subordinados se perderam, porque eu os treinava tão bem quanto eu mesmo. - Pegue os nossos, queime a casa e avise a polícia. Sem perturbação, quero esse assunto encerrado. - Encarei Douglas, meu braço direito e homem de confiança. - Sim, Senhor. Todos pararam de se mover dentro do cômodo quando um choro de bebê soou. Franzi a testa e conferi os mortos, eu não matava mulheres e crianças, a não ser que elas estivessem armadas e atentassem contra a minha vida. - Que porra é essa? - questionei, irritado, porque eu mataria aqueles idiotas pela segunda vez se envolvessem inocentes nessa emboscada. - Vou verificar os quartos. - Não, Douglas, eu vou - ordenei seco. Tirei minha arma do coldre, pulei um corpo no chão e fui seguindo pelo corredor, em direção aos quartos. Sabendo que eu precisaria de apoio – mesmo que não o tenha solicitado –, caso houvesse mais da família Camargo, senti a presença de dois soldados às minhas costas. Abri a porta do primeiro qua
a Douglas, que recuou com os braços para cima, em rendição. Era um Camargo, aquele bebê não merecia o meu respeito, por ter sangue de hipócritas que disputavam o poder comigo, mas era meu. Espólio de guerra ou apenas uma necessidade de ter um herdeiro, mesmo que nunca tenha pensado em trazer um filho para esse mundo. Eu era egoísta demais para dividir as minhas conquistas com outra pessoa. O bebê diminuiu o choro de sofrimento, as lágrimas em seu rosto calaram minhas dúvidas e a decisão tinha sido tomada antes mesmo que eu a proferisse. - Senhor? - Douglas chamou atenção. - Podemos ir? - Descubra quem são essas mulheres, queime tudo e mande um aviso para os outros Camargo. Estou com o bebê e, agora, ele é meu. - Mas... Passei por ele, depois pelos outros soldados e saí daquela casa, que se tornaria cinzas em algumas horas. Com passos firmes e determinados, andei pelo quintal da frente e fui para a calçada. Entrei no banco de trás do meu carro, impedi que outros soldados viessem comigo e admirei aquele pequeno pedaço de gente