Meu Casamento Inesperado com CEO
Autor:Puppy
GêneroRomance
Meu Casamento Inesperado com CEO
"Amor! Você é incrível, eu te amo muito! Grite mais alto, querida! Adoro ouvir você gemer de prazer."
As palavras despudoradas de Shane foram como um balde de água fria sobre a minha cabeça. Cada músculo do meu corpo se retesou, me deixando incapaz de me mexer.
Então escutei a voz da mulher ressoar pelos fones de ouvido. Ela gemeu mais alto quando ele pediu e os dois trocaram todo tipo de frases obscenas um com o outro. A julgar pela intensidade do grunhido deles, era óbvio que estavam transando de forma selvagem.
Cobri minha boca, pressionando forte o suficiente para sufocar o pranto que queria escapar da minha garganta. No entanto, era impossível reprimir minhas lágrimas.
Cada palavra do meu marido e cada gemido seu era como um punhal sendo cravado no meu coração. Sentia tanta dor que não conseguia fazer mais nada além de chorar em silêncio. Logo meu travesseiro ficou encharcado pelas minhas próprias lágrimas.
E, como não aguentava mais me torturar daquela maneira, arranquei os fones de ouvido da minha cabeça e me enrolei na cama como uma criança, abraçando minhas pernas com força.
Embora fosse verão e estivesse quente, eu sentia frio... muito frio. Meu corpo inteiro estava tremendo e, independente do quanto me tapasse com o cobertor, não conseguia me aquecer.
Naquela noite, chorei como nunca e praticamente não dormi.
Ainda assim, me recusava a acreditar que houvesse outra mulher no escritório dele, já que era impossível esconder alguém lá dentro. A única possibilidade que me ocorreu foi de que ele estivesse se masturbando enquanto falava com uma mulher por videochamada.
O que realmente estava acontecendo?
Nesse momento, me arrependi de ter instalado apenas uma escuta e não uma minicâmera. Deveria ter comprado a câmera, definitivamente.
Após uma noite inteira contemplando meu rancor e chorando sem parar, gradualmente fui me acalmando do choque inicial. Então decidi que entraria no escritório novamente para buscar mais pistas.
Na manhã seguinte, depois que escutei Shane sair para trabalhar, não me levantei de imediato. Ou, talvez, me faltasse a coragem de me levantar e enfrentar aquela situação. Embora realmente quisesse saber a verdade, temia o que encontraria no escritório dele.
Como estava numa luta intensa dentro da minha mente, não me levantei antes das dez da manhã. Mal havia dormido na noite paassada, portanto estava um pouco tonta pelo cansaço gora.
Passo a passo, fui até o escritório, me lembrando de tudo que aconteceu na noite passada. Conforme me aproximava, meus nervos foram se retesando e meu coração começou a bater mais forte.
O que me aguardava do outro lado daquela porta?
Assim que coloquei minha mão na maçaneta e estava prestes a abri-la, escutei a porta da frente de casa se abrir. Shane devia estar de volta.
Tirei minha mão dali com pressa, fingindo que só estava de passagem pela frente do escritório. Por fim, cheguei no sofá da sala e me sentei. Então, fingindo que nada havia acontecido, peguei o controle remoto de cima da mesinha de chá e liguei a TV. Estava tão nervosa que apertei vários botões sem querer antes de ligá-la.
Shane se aproximou de mim, me encarando. Temia que ele reparasse que havia algo de errado em mim. Afinal, passei a noite chorando.
Felizmente, ele não me fez pergunta nenhuma. Só me disse que havia pedido licença e queria me levar para viajar.
Ele era workaholic. Lembrei-me que nem sequer tivemos uma lua de mel depois que nos casamos. Portanto, pedir uma folga para passearmos era algo surreal vindo dele. Contudo, ele me contou que estava sendo negligente com seus deveres como marido porque nunca parava de trabalhar, por isso queria passar mais tempo comigo.
Talvez por causa da minha descoberta de ontem à noite, não senti nada além de hipocrisia nas palavras dele. Sendo assim, levantei minha cabeça e o encarei nos olhos, buscando por qualquer traço de dúvida ou medo neles.
No entanto, ele parecia muito calmo. Não demonstrava em absoluto que havia me traído e seu comportamento me fez pensar que eu estava imaginando coisas.
Fingi que nada tinha acontecido, arrumei uma mochila pequena e desci as escadas com ele.
Eu já tinha vinte e seis anos agora, não era mais a garota impulsiva que costumava ser. Por enquanto, precisava garantir que a verdade viesse à tona antes de deixá-lo saber da minha descoberta.
Achei melhor usar a vantagem do segredo e esperar para ver o desenrolar das coisas. Mas me enganei profundamente.
Embora fosse madura para a minha idade, ainda não conseguia antecipar as situações antes que fosse tarde demais.
No final, caí direitinho em sua armadilha, permitindo que ele me jogasse nos confins do inferno.