Meu Casamento Inesperado com CEO
Autor:Puppy
GêneroRomance
Meu Casamento Inesperado com CEO
Pouco depois, várias bicicletas desceram até ali, parando na nossa frente.
O homem que guiava os ciclistas parou com um pé apoiado no chão e, ficando ereto, percebeu o casaco ao redor dos meus ombros.
"Porra, Derek! Como você consegue ser tão bom em pegar mulheres? Consegue encontrar elas até nessa montanha deserta no meio da noite!"
O ciclista ao seu lado chutou a roda dianteira da sua bicicleta.
"Você é cego?", chamou a atenção dele.
Ao ouvir isso, o outro me olhou de cima a baixo. Logo ficou chocado ao ver que havia sangue nas minhas pernas.
"O que está acontecendo?", perguntou confuso.
Assim que terminou sua pergunta, a luz de um carro virou a esquina.
Lentamente, um carro preto se aproximou deles. O motorista encostou habilmente junto ao meio-fio, ficando a poucos centímetros de nós.
Em seguida, ele saiu do carro. Parecia ter cerca de trinta anos e usava um terno elegante.
A pessoa que havia me dado o casaco se levantou e se sentou no banco do motorista. Finalmente quem liderava os ciclistas se deu conta do que estava acontecendo.
"Derek, como você pode fazer isso conosco? Concordamos em voltar juntos, mas você chamou um carro escondido! Como você é idiota, cara!"
Derek abaixou o vidro e jogou a bituca do cigarro para fora com um sorriso amarelo no rosto.
"Estou cansado, trouxa. Timmy volta com você."
Assim que disse isso, ele olhou para mim de dentro do carro e perguntou: "Você vai continuar sentada aí até congelar?"
Me deu medo de que ele fosse arrancar a qualquer momento, portanto me apressei em abrir a porta do banco de passageiro. Pouco antes de entrar, hesitei.
O carro estava completamente limpo, tanto por dentro como por fora, mas eu estava encardida.
Após lutar com minha própria consciência por um tempo, finalmente entrei, mas não ousei me recostar no banco ou fazer qualquer movimento. Meus pés estavam bem sujos. Não queria me mover para que a sujeira não caísse naquele veículo impecável.
Contudo, de repente o carro arrancou. Como resultado, eu me inclinei para trás e me sentei.
Com o rosto ardendo de vergonha, olhei para ele imediatamente.
"Me desculpe... posso pagar a taxa de limpeza do carro", falei.
Ele riu diante do meu comentário.
"São dez mil dólares só para lavar o carro. Caso ele tenha alguma mancha persistente, o preço é ainda maior."
Quando ele falou as palavras "mancha persistente", olhou para as minhas pernas.
Dez mil dólares? Que absurdo! Em geral, uma lavagem custava apenas cinquenta dólares. Por que o valor desse serviço naquele carro em especial era tão alto assim?
No entanto, de fato o carro dele parecia bem melhor do que o de Shane.
Seja como for, eu não tinha como pagar um valor tão alto assim naquele momento. Minha única posse agora era meu celular.
"Não tenho dinheiro algum comigo agora, mas se você não se importar de confiar em mim, posso ficar com seu número e transfiro o dinheiro depois."
Peguei meu celular com a intenção de salvar o número dele, mas logo percebi que estava desligado.
Felizmente, ainda tinha bateria e consegui ligá-lo. Quando fui salvar seu número, perguntei qual era seu nome. Ele respondeu: Derek Sullivan.
Assim que guardei o contato dele, recebi várias mensagens de Louise.
Pensando que minha amiga devia estar morrendo de ansiedade para ter notícias minhas, imediatamente liguei para ela. Mas assim que completei a ligação, a tela do meu celular ficou preta: havia acabado minha bateria agora.
"Você sabe o número da sua amiga de memória?", ele perguntou, desbloqueando seu celular e o estendendo na minha direção.
Fiz que sim com a cabeça, pegando o aparelho nas minhas mãos e discando o número de Louise.
Talvez por se tratar de um número desconhecido, a garota foi bem formal ao atender: "Alô, aqui é Louise Larson."
"Lulu, sou eu", murmurei.
Ao ouvir minha voz, ela reagiu imediatamente: "Eve, onde diabos você se meteu? Aconteceu alguma coisa, não foi? Quando recebi sua chamada antes, senti que havia algo errado, por isso fui até sua casa te procurar. Mas então descobri que você não estava lá. Onde diabos você está, Eve? Estou ligando para você faz horas e não consigo falar contigo. E, para completar, percebi faz algum tempo que seu celular está desligado. Você tem alguma noção do quão preocupada fiquei?"
Ao ouvir o quão nervosa ela ficou por minha causa, senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
Enxugando o choro, falei com uma voz embargada: "Estou bem, Louise. Estou em Tonyin agora."
"Você está com seu marido aí?", ela perguntou.
"Sim", gaguejei.
"Ele enlouqueceu? Por acaso não sabe que você está grávida? Por que ele insistiu em levá-la aí? Vocês precisam se cuidar mais!", repreendeu Louise.
"Está tudo bem." Ao ouvi-la falar da minha gravidez, quase desatei a chorar novamente. Imediatamente precisei cobrir minha boca, desligando o celular.
Derek provavelmente escutou tudo que conversamos, já que estava olhando para minha barriga e para o sangue nas minhas pernas com o cenho levemente franzido.
A sabedoria que vislumbrei em seus olhos fez com que eu achasse que ele tinha alguma ideia do que aconteceu comigo.
Ainda assim, não me perguntou nada.
Devolvi o celular para ele e desviei meu olhar.
Em silêncio, Derek acendeu mais um cigarro.
Por algum tempo, nenhum de nós falou.