icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon

O JUIZ QUE ME AMAVA

Capítulo 2 Um

Palavras: 3288    |    Lançado em: 04/01/2023

ÍTU

o em que apressava os passos, sem querer permanecer entre as mesa

a de mesas e cadeiras livres, mas aquilo não parecia ser um empecilho para os transeuntes que insistiam em entrar no lugar. Pelo contrário; apó

pais ruas do centro de Dublin, Irlanda, com uma extensa variedade de pubs, restaurantes e cafeterias, ela não conseguia entender como

to. Pediu desculpas baixinho, sem sequer se virar para saber se a pessoa a ouviu ou não, e seguiu em frente. Manteve o olhar fixo ora na bandeja, ora no caminho que percorria e ten

cão pela quadragésima vez. Fingiu não escutar os comentários e piadinhas que eram berrados na sua direção e conseguiu desviar a tempo antes qu

que ainda pingava da bandeja, o que ela tentou disfarçar, sem sucesso – seria descontado do seu bolso. Lamentou em silênc

a gota sequer. Atendeu rapidamente mais alguns pedidos que eram berrados às suas costas enquanto isso e viu o momento ex

es que o seu e uma micro saia de mesma cor. Sara, ao receber a vestimenta, teve vontade de rir do

ir isso – foi o

r pela mesma porta pela qual entr

ar aquela oportunidade passar; sabe-se lá quando conseguiria outra vaga de emp

a o seu uniforme de trabalho, porém por cima das suas próprias roupas. Ajeitou as peças sobre seu corpo e avaliou o re

nas, Steve a encarou com tamanho ultraje e com o rosto tão vermelho que S

lugar lotava com mais pessoas do que o limite permitia, qualquer ajuda

o o bar lotava cada vez mais –, ainda olhava para ela e Sara jurou para si mesma que faria um excelente trabalh

Helenamente não estava fazendo um bom trabalho e S

os, ignorar os olhares do chefe, voltar às mesas e ignorar a grande massa de homens à su

diversos tipos se reúnem com frequência. Mas o que ela poderia fazer? Não tinha experiência porque

o ele ajudaria, no quanto era necessário e tentava também igno

sobre homens respeitáveis, ouvia histórias sob

o” esse é o ditado mais ver

o de um rosto a outro quem são o

que ninguém sabe, mas agora tem cons

será a víti

tes necessitam de mais força e

vem, não imp

rente, ignoram dores e cicat

tava acontecendo, contava com o amor e cuidado da mãe e mesmo assim ela não a prote

lutava com todas as forças tentando impedir que seu corpo fosse violado ou enquanto sangrava sozinha de

, visitar amigos, ir ao parque. Ela era dele dentro de casa, mas fora ela poderia ser outra pessoa se de

na verdade passava longe daquilo, de algo remotamente normal ?Como poderia sair para conhecer

ando foi forçada a cumprir o papel de mulher. Era uma criança que se questionava

osa, tirava notas boas, era uma boa filha. Então por que a mãe nunca a ajudou?

sangrando esporadicamente, Sara apanhou tanto que não pôde sair de casa para ir à escola durante um mês. Na segunda teve o braço quebrado. Na terceira,

uão longe ela conseguisse ir e aquele pareci

ela sempre manteve a esperança de que um dia, não importa quão d

nseg

ria dos seus dentes não são seus e agora carrega nas costas anos de h

ível, agora não mais. A liberdade, quando el

u o purgatório vezes sem conta, mas está viva. E livre. Livre

e ser amada. Sorri porque agora sabe o que ser mãe signific

por vez, levando na pele marcas e vestígios de um passado de ho

mprego, ela procuraria outro, talvez em

vivente e sobreviventes

mais clientes e ergueu os olhos para examinar o possível grupo que chega

às vezes nem disso podiam ser chamadas e, é claro, as garçonetes seminuas. Eram em sua maioria homens comuns, da c

o era um grupo de recém-che

icas que Sara catalogou ao passar da noite. Era alto, forte, pele cHelena

u alguém e Sara, sem saber exatamente por

o conseguia focar em outra coisa. Analisou-o dos pés à cab

o, a boca e o maxilar eram emoldurados por uma barba cheia, bem feita. Seu terno obviamente fe

um lugar caindo aos pedaços como aquele e, como se sentisse que

sa de fugir daquele olhar e precisou amparar-se rapidamente no encosto de uma cadeira próxima

mas com a confusão de vozes ao seu redor, tudo o que conseguiu

ou ele provavelmente teria que zerar o seu pagamento quando visse que daquela

, Sara não ergueu os olhos outra vez. Não queria correr

uma e ignorando suas gracinhas. Conseguiu trabalhar dessa maneira por mais uma hora e logo começou a sentir o suor escorrer p

envolver a fobia. O serviço de atendimento das garçonetes funcionava por setores, porém com a aglomeração de pessoas em pé, mesas sendo

ou um rápido olhar desesperado com Fiona, uma das outras garçonetes. Olhando em volta, confirmou que não havia uma cadeira sequer vazia. Ainda o

ara ela, mas daquela vez Sara conseguiu desviar o olhar de maneira rápida

icar em uma situação como aquela e Sara se apressou em atender o maior número de pedidos que pôde por ve

mas, como Sara, estavam todas desesperadas e em urgente necessidade de dinheiro. Mesmo que isso quisesse dizer que elas seriam obrigadas a ouvir sempre as mesmas piadinhas e c

versar por alguns minutos enquanto se trocava, distraída, Sar

r quantas bebidas derramou até ali, na pressa, só perce

do com bandeja e tudo, porém o homem a segurou a tempo, prendendo-a a seu corpo. Sara teve um segundo para respirar em alívio por não ter der

unindo as mãos na sua barriga e ela se sentiu gelar. Seus olhos,

mem que a agarrava falou algo que ela não conseguiu compreender. Sara tentou se soltar outra vez, dessa vez com as mãos trê

ia se mover como um incentivo, porque no instante seguinte ela sent

ãos afastando suas roupas, sentiu dedos ásperos na pele nua da sua barriga e subindo, buscando seus seios, se

ia, mesmo longe do seu cativeiro, era lugar comum para ela. Seu corpo estava acostumado a se trancar em si

m nunca mais teria o poder de tocar seu corpo

ue passar por aquilo novamente, ag

livre, agora se vi

resa nos braços de alguém que um dia ela amou, de alguém que um dia jurou protegê-la, que

dou na rua e a tocou sem permissão, um toque no ombro, um toque inocente, gentil, mas Sara não consegu

eiro toque, a gentile

ertavam seus seios com força por cima do tecido da s

ceram na sua visão foi que ela percebeu que não estava respirando. Abriu a boca, se para gritar em uma tentativa de expressar o seu

o para o outro e então sentiu o seu próprio corpo tombar para a frente quando os braços que a e

rente quando se viu livre, com as pernas trêmulas. Sem forças, seu

gentilmente, a escuridão que a cercava assumiu um tom escuro de azul, com

Reclame seu bônus no App

Abrir