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O JUIZ QUE ME AMAVA

Capítulo 5 Quatro

Palavras: 2060    |    Lançado em: 04/01/2023

ÍTU

zinha. Passou fome e foi humilhada em portas de restaurantes, comia restos de

o, qualquer coisa, qualquer situação

quele momento. Não tinha mais esperanças para si. A última tentativa de fuga havia sido h

chutava e pensava em como faria aquilo, que, se ela tentasse fugir n

Seria preciso mais que sua força física para fazê-lo, não tinha mais o vi

hecimentos, não recebeu instruções quando pequena e a educação sexual que lhe fora dada fora por via do padrasto, que a fazia de

possibilidade de uma gravidez e

gonha, Sara não saberia dizer, e nunca tentou uma reaproximação. Victoria era sua mãe, ela ainda a

écima, nem quase dez anos depois. Sara a amava, embora não quisesse, embora tivesse tent

vigiavam a casa e os distraiu pelo tempo que Sara precisou para praticamente se arrastar,

que castigava a cidade, o corpo desprotegido, quase descoberto. Tentou traçar

desconfiados. Sabia que seria uma questão de tempo até que nota

ostamento da avenida em que ela seguia, sem saber se seguia para o norte ou para sul. Aquela f

em seguir em frente ignorando a dor do próprio corpo e lhe estendeu a mão

lou. Contou sobre toda sua vida, sobre seu marido falecido, sobre seu único filho, os dois filhos de coração e sua

chegara do seu cativeiro. A mulher conversou, sozinha, contando hist

com compaixão, nem o pai, nem a mãe, ou os seguranças que a cercavam, ou os médicos q

trara que o mundo poderia ser dif

e existem, sim, pessoas boas no mundo. E que há esperanças.

alguém que se sente se

entia, mas Sara duvidava muito disso. Disse, sem palavras, apenas com o olhar,

sua casa, enquanto se recuperava de sua feridas, enquanto não tinha para onde ir. Mas Sara rejeitou a ajuda. — Você não

sos, mas ela não arriscaria mais. Não confiaria mais. Se sobrevives

ozinha. Não m

ireita chutada e os vergões roxos da barra de

esistiria de encontrá-la e se daquela vez ele o fizesse, não teria mais escapatória. Ele não permitiri

u entrar. Perguntou, sem meios termos ou enrolação, o que seria preciso para que pudesse dar início ao pré-natal

seus docume

do corpo. Não pensara em pegar nenhum documento, imaginou que aquilo não seria

ma vez, mas ela seguiu em frente. Não tinha seus documentos consigo e tampouco poderia informar seu nome

importa o que acontecesse no d

r volta dos trinta anos e parecia uma boa pessoa. Seu nome era Martina e ela compreendeu a si

es ou da própria família ela não saberia dizer, mas era óbvio que precisava de ajuda. Naquele dia, Sara não r

m existem mulheres más no mundo, sua própria mãe era prova viva daquilo. Sara confiou nela, com o tempo, porque ela não parecia

alinha do postinho desabitada e duas clandestinas durante a noite. Martina tinha as chaves do luga

o, seria um sonho. Um dia ela seria mãe e a sua filha seria a sua réplica, sua xerox e com o bebê ela poria em prática tod

nina nas ruas, refém dos perigos dos que não têm onde morar, refém

de porta em porta, oferecendo faxinas, serviços de babá, qualquer coisa que precisassem, mas quem c

corpo, o que estava fora dos seus limites. Como venderia algo que não tem? Como seria capaz de

por um segundo, nem em pensamento vend

ajudou. Ela não tinha muito, mas o que tinha tentou dividir com aquela menina.

ência, mesmo que soubesse que a amiga não precisasse de uma diarista e q

entil, compreensivo e parecia ser uma boa pessoa, mas ainda assim era um homem. E, no rein

ueno quartinho ao lado do apartamento da amiga. Poucos dias d

s poucos conhecimentos de medicina e a crença em um deus que Sara não mais acreditava,

uas pernas, desenfreado. Martina se assustou com a quantidade de sangue. Mesmo ela, com seu pequeno c

u mundo, a razão pela qual vivia, pela qual ainda respirava, ainda

, sorriu mesmo sentindo dores, mesmo quando expeliu a pla

Martina repetia, uma vez, duas, d

locaria a vida da sua filha em perigo. Helena estava bem, respirava sem dificuld

muito pouco, morreu. A negligência com sua própria saúde talvez tenha lhe tirado as chances de ter outro filho, Martina lhe a

certeza de que ela estaria bem. E lutaria,

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