Na Mira do Traficante - Livro único
vivi e o que passei. O tant
nca sonhei pequeno. A minha coroa me criou sozi
com ela, a ser gra
u meus corre. Não sabe o que preci
em casa, havia deixado minha mãe para ficar com uma mulher estudada, deixando p
de família, era apenas para nossa alimentação, que mesmo assim, não era uma das melhores, chegava dia que o café era fa
tinha como me dar outro, com oito anos vi que era minha obrigação era con
mas eu tentava. Fazia favores, ajudava senhorinhas e tudo que manda
tas vezes os caras da quebrada, me via, um menino magro para a idade, roupas surradas e apenas com uma mãe que fazia de tudo
era o suficiente para mim e a vida dos moleques na quebrada qu
r respeitado. Acima de tudo, queria ter dinheiro e mostrar para o homem
mesma caminhada com eles, mostrava que era int
pronto quando
s outros dois irmãos, fruto do primeiro relacionamento da minha mãe, mais velhos do que eu e os três demais, morarem com a minha avó, apenas eu e o mai
dia, mas não foi o suficiente para ele e isso acabou sendo um dos motivos
z que fui cozinhar um feijão para a janta, quase o queimei, da segunda já ficou duro,
nha comida, isso só me motivou mais e me fez querer aprender mais, até chegar n
cheiro da comida deles chegava longe e minha mãe também gostava. Acho que sendo mãe e se
anter otimistas, mesmo quando o mundo deix
idos, trocando breves conversas com outros, mas nunca demorava para passar pela por
ade. Alta, negra e abaixo do peso. Não era sempre que ela tinha "fome", era sempre o que dizia e só com
smo não tendo tatuado o nome dela como meus dois irmã
Ela pergunta, quando me enco
imeiros moradores começaram a sair de suas casas, viram um corpo estirado numa
avinho, morava algumas ruas acima de onde morava, o conhecia de
rmos que havia sido morto na traição.
s que seguravam o ferro, haviam sido amigos de infância, crescid
da mais o remorso, atiravam por trás. Faziam movidos
á lá, do lado do corpo, já não tem nem mais lágrima pra chorar - Ela tom
pra lá, mãe
el - diz elevando o tom de voz sério - Qu
coçando a cabeça, não querendo imag
indo até mim - Por que não tem filho
braço do sofá, a vestind
ai? - Ela pergunta
uma
as, GABRIEL?! - diz elevando
a pouco tô aí - digo com a
a das mãos na cintura
enino e mesmo assim vai sair - Con
o, mãe - Saio pelo pequeno
e. Havia crescido ali, né? Naquelas ruas. Conhecia tod
que era, Manginhos numa parte do tempo, era um lugar comum,
entes eram com a polícia. A dominação do tráfico cada vez mais na favela, chamava atenção das autoridades e é
vivíamos, onde o negro e favelado, não tinha vez, não tinha voz. O pior de tudo, quem mais sofria
moradores, que não havia sido a polí
ga por propina e só se metiam com casos que não tinham haver com o tráfico. Os probl
ser julgado pelo tribunal do crim
Havia punições "brandas", que podia ir de uma surra de ripa
e usou uma frase que me acompanha até hoje: "Cheiro de carne
roupa e principalmente em seu nariz. E mesmo que quisesse se livrar daquele chei
ue me fez deixar de comer car
do. O olho havia sido maior do que a barriga e só entendi o que minha mãe queri
tamente na hora que cheguei com o rango, o cara estava lá, sangrando por toda parte, ma
guntei baixo, para um mol
em ajoelhado não muito longe de mim. Quando faço
que a curiosidade falou mais alto e a cur
estado lamentável e até pediu que atirassem somente na perna dele,
chance para vacilão, eles não davam. Não podiam transparecer que eram
queriam que saí
e dentro dos pneus. Por último, sem aviso prévio, atearam fogo na gasolina jogada no chão e nos
espero, duraram cerca de dez minutos, minha alma parecia que iria ser arrancada do meu corpo, junt
e entre os caras ali. Conversavam sobre o placar do jogo, a quantidade de drogas vendidas e o nóia da rua d
. Matar pessoas, para eles, já era normal e cotidi
eiro corpo que estava vendo. Depois do epi
os foram pi
áticos? C
u de lição para não
mãe de Flavinho. Ela questionava o corpo do filho, perguntando o por quê que e
açula, tentava levá-la para casa. Até aquele momento, o rabecão a
andando o mais rápido que posso, sem
ossível?
herek. Não preciso nem dizer o por
umava um baseado tranquilamente,
iz quando
l da rua, onde sabia que a mãe de Flavinho ainda
O cara tava se achando demais, falando o que não devia. Os car
ue ficar de bico calado. Não importa o que você veja ou que escute.
le no mesmo instante,
o, dando de o
devagar, fuman
quê, até que com um toque de mão, me despeço e decido voltar para minha casa
ha que nem nos parecíamos. Tinha a impressão que ele era mais baixo, além de mais magro e ter fisionomias
vra que queira usar, eles pegaram o corpo do moleque e colocaram dentro de uma espécie de caixa de plástico. As lágrimas d
les, pedindo mentalmente à Deus, que não permi