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Limiar

Capítulo 3 Vilarejos

Palavras: 7848    |    Lançado em: 14/04/2021

. De longe consegui avistar o primeiro vilarejo pálido pela neve e pela cor das casas, que estranhamente combinavam. Bege e algumas com cores extravagantes. Outras pretas e apenas s

sempre estive acostumada a ver em filmes de épocas

uanto me levantei, limpando a roupa que se sujara

beça e role

i para o seu rosto enquanto vestiu a máscara para que n

u de o

do arco preso nas costas. — É o meu retrato que est

do e todos ao redor. Tentando ao máximo, fazer com que nos misturássemos pela multidão para que passássemos despercebidos. E no momento em que nos aprofundamos pelos comerciantes, ele pegou a minha mão para que eu não ficasse para trás e puxou-me com um pouco mais de generosidade.

ado. Virou a cabeça mascarada e pôs o braço ao lado de nossos rostos próximos. Escutei e senti a sua respiração abafada emanar belas brechas do metal e ele pediu que fizesse silêncio. E foi então que ent

parede para retirar. Ele o rasgou quando todos os cavaleiros passaram e pareceu respirar melhor como se antes estiv

mente. — Tente ficar atrás de mim, não f

o lado, sentindo-me

arei em alguma confusão — mostrei os dois dedo

— Disse. — A

is? Tinha grandes chifres que se enrolavam e as pontas se inclinavam para frente de forma aterrorizante. Havia muitas cicatrizes em seu corpo musculoso e alto. Seus olhos pareciam grandes obsidianas negras e sinistras. Esta criatura também vestia algum

e dóceis… — Ele apontou para a frente onde um grupo de homens magros com pele acinzentada, quatro braços, que ocupavam u

s são aquelas?

haman

nalisei. — E a propósito, nã

e está apertan

ssava os seus músculos e cor

, apenas. — Fechei os olhos e arquee

Ce

ndes camadas negras. Parecia trabalhar com tintas e entendi quando mostrou-me a pintura de uma mão masculina segurando um diamante e entregando à outra mão. Havia um sol e uma lua que se mesclavam, criando algo de

inha mão. — Gostou da pintura? Gostaria d

ei mas Ethan

amos inte

iro paladino? — Insistiu, já se aproximando de Ethan quando o mesmo deu

continuou a gritar sob o vento. Pux

homem tem um estábulo! — Ordenei perplexa e ele me virou contra o seu rosto. — Me sol

para os lados e v

Questionou sussurrando e me encostando na par

esculpa, não enten

sto

der se quise

que andarmos não me parece ser uma tarefa tão fácil, sabe? Seria se você me contasse

u e disparou

aneta

Respondi, estalando

nde tempo para tentar me explicar e então simplesm

mos de roupas me

rolando os olhos. — Vamos nessa, senhor! — Coloquei a mã

lhores tecidos e os melhores vestidos e não que fosse possível provar, mas implorei para Ethan esperar e me coloquei em sua frente quando perd

ter que estar o tempo inteiro com isso. Seu rosto estava estampado em todos os cantos existentes, sendo assim, tentou disfarçar se passando de Pal

cinta esguia em minha cintura, davam um ar muito mais fantasioso à minha cabeça, como se eu estive

lugar de onde veio? — Questionou e parou de girar a faca p

r alguns segundos. — Mas veja bem, preciso provar o máximo que eu conseguir

antou e se

— Segurou o tecido com o polegar

peito e sem perceber l

ça brevemente e gritei de alegria

o quando encontrou as mãos da vendedora. E logo vi atrás de uma mesa de madeira um ser pequeno e magricelo demais. Parecia não se alimentar bem.

Não precisa ter medo de mim… — Estendi a mi

e se aproximou devagar estendendo os pequenos dedinhos magricelos em minha di

u glaudiamântico miserável! — A criatura saiu cor

que

ou-me para fora, agradecendo brevemente a senhora que não pare

mungou enquanto ainda puxava

esc

de tudo o que f

estava com medo, parecia com fom

ua nobreza. — Respondeu. —

com o intuito de pa

século vocês vivem! — O soquei de novo, segurando a vontade de chorar. —

ra mim novamente, acertando-o com o meu punho fechado com

tinuei batendo em seu co

ua armadura preta presa em seu ombro. Mas eu continuei. Soquei as suas costas onde havia sua aljava e seu arco, perple

urados e escuros, jogou-me contra um monte de fenos fedorentos e se afastou guardando o cavalo,

No impulso pulei contra o seu corpo e comecei a tentar derrubá-lo, a socá-lo. Ethan c

mãos e jogou-me contra os fenos que estavam enfileirados na parede novamente gritando “chega”,

— tentei pegar folego para continuar — injusto! Em que mundo estou? M

er nada! Entendeu? — Questionou e tentei virar o rosto, mas ele se remexeu contra mim para encontrar os meus olhos. — Entendeu, Sara? Essas criaturas nascem

i fundo

podemos

ndeu, só fico

ponde! Estou br

rosto e senti um frio na barriga sinistro q

seu corpo forte do meu. Penso em pegá-lo de surpresa de novo mas seria inútil.

han se sentou e apoiou os cotovelos nos joelhos, logo derrubou o capuz para trás da cabeça e

é como apontar uma flecha contra a Ordem Lapidada; c

pondi e me sentei ao seu lado. — Me

do a manta sobre os meus ombros, com carinho. Então observei-o depo

a — eu disse, sorrind

o rosto. — Vamos, Sara. Você precisa se alimentar. — Não precisou vestir a máscara novamente, p

ue por trás desse jeito durão, essa casca impenetrável, há um homem que está sofrendo. E apesar de passar medo para alguns, eu me sinto segura ao seu lado e sei q

tivo que me fez parar aqui? Ensinar e aprender com Ethan. Não, bobeira. Nosso encontro foi por acaso. Mas nã

s de carvalho velho, espalhadas por todos os lados. Uma banda tocava sobre um pequeno palco barulhento alguns instrumentos como salteiros e flautas, junto com tambores. Muitos

éries que estive acostumada a assistir! — O meu sorriso

barbudo e sem um olho, que nos encont

enta essas palavras… — Disse dep

pre esqueço que estou vivendo um sonho be

ível, mas louca d

baixo. Mais tarde, quando continuamos a conversar mais um pouco sobre mim, sobre Chelsea, uma mulher com um avental

o a carne do prato para entregar a alguns cachorros que estav

u não co

co cheio e até pensei em beber, mas logo me segurei

o e lutando o tempo todo. Parece nem conhecer a palavra “paz” — tentei gesticular algo com as mãos para parecer brincalhona, mas el

rtanto — bebeu —, não gosto delas e as evit

o parece ser tão ruim… — Pensei por alguns minutos, ansiosa. —Ethan, vamos dançar? Por favorzinho, só um pouquinho! — Que tipo de pedido era esse? É

e aproximou, apoiando

Disse, com carinho. — Fi

que amo. — Ethan, você tem um plano? Digo… Agora que conseguimos o que queríamos, precisamos de um p

os da cerveja e levantou a mã

— Res

? Não

está. — Continuou. — Mas co

i os olho

Qu

nou mais em

na Sze

ela? — Qu

tempo e seu rosto se encheu de consternação. Algo o incomod

uxa! Adoraria ver uma pes

poder

r, enquanto observei os seus olhos azuis refletindo a luz da taberna. Como belos diamantes lapidados. — De

grata por saber que

pe

tivermos um pagamento

dinheiro par

echado, como se minh

há algo comigo qu

ei no que pudesse ser. O que

cê v

stranha quando também pensei no quanto eu estaria longe de Ethan. Bobagem. Nem era para eu e

ionou quando percebera que a bebi

joo. Essa cerveja, com certeza, deve ser mais forte do que

ito. Como eu disse, so

seu corpo e além do mais, está em um mundo que não lhe

Ethan com certeza é um abusado! Parece até o pior ini

k? — Respondi, séria, apoiando os cotovel

is também, colocando uma mão sobre a outra

barriga e engoli

a conseguir respirar melhor. — Não se

rar o líquido todo contra a minha garganta. Senti o gosto extrema

— Escutei uma c

orém, não posso deixar de fora o sentimento bom de euforia e liberdade que está preenchendo o meu corpo mai

u precisava daquilo. Comecei a balançar o meu corpo de um lado para o outro, a jogar os meus cabelos para cima e mordi os lábios de felicid

rçar a risada e então

r uma dança comu

er. — Responde

ogando para cima, deslizando a mão direita pelo braço esquerdo, ainda remexendo toda a minha estrutura calorosamente, com a liber

os. — Vamos dançar! Vou mostrar c

inuou impedindo-me. — Você es

— Coloquei as mãos em se

em. — Se

i as suas duas mãos e as colo

Ele afirmou, com

ia. Ethan prensou a minha cintura com as suas mãos brutas e depois, segurou uma minha e me fez gi

mais animado, como eu nunca havia visto antes. Isso m

eu rosto para acompanhar o seu corpo empolgado, dançando com êxtase contra o meu. Ele riu, me afastei segurando a sua mão e me juntei em seu corpo novamente. Coloq

dançar? — Questionei. — V

— Respondeu, sério. — E s

como

inha parceira depois do baile. Mas ao amanhe

tropeçando em meus própr

garganta e uma tontura tomar lugar em meu corpo. E então paro por algu

mal. — Disse. — A c

que se alguém me desse um

as

, um homem grande se apro

omem estava sorrindo empolgado e parecia que eu já

s minhas mãos e

está exau

orriso animado no rosto. Jamais que esse assassino Haavik me

ma. Se quer descanso, volte você mesmo Ethan. Vai, tchau! — Balancei

ender como ele consegue ficar tanto tempo com essa mesma cara de quem comeu e não gostou. Chega a ser

todos estavam adorando dançar comigo e eu nunca me senti tão bem e tão empolgada comigo mesma. Alguns homens de armaduras estranhamente me fizeram

gava a bebida. Talvez estivesse em sua décima rodada. Quando fui me inclinar na mesa para falar

O homem forte e negro diss

ele forçadamente me puxava. — Deix

m homem gordo falou enquanto colocava um caneco sobre

ritei com a

cia em que esses homens me puxavam de um lado para o outro. Brigando? Acho que estavam brigando. Não prestei muita atenção. Foquei em tentar procurar Ethan, mas não o encontrava

da! É isso que eu sou por ter confiado nesse insolente que deve ter ido embora. E mais uma vez senti duas mãos encontrarem os meus dois braços e alguém me levantou novamente, obse

motivos para briga

m outro homem disse.

do segundo, tropeçando em meu vestido seguidamente quando tentei correr. Eles começaram a gargalhar falando “ela morte” e quanto senti a mão do cavaleiro me tocando

voltaram a atenção diretamente para ele que abriu os braços e dobrou os dedos da mão

os contra os homens, eles estavam tão b

o taberneiro que estava do outro lado limpando canecos levantou as mãos assustado. Depois, Ethan segurou o corpo do homem e o jogou contra dois que se aproximaram dele

em pé, lutando sem problema algum, praguejou com raiva desembainhando a lâmina, correndo em sua direção. Ele fez um corte próximo de

estava transtornada e bêbada. Mas

e eu estava vendo era real. Os olhos de Ethan est

quebrou o seu braço como se estivesse quebrando um ovo e o queimou com um fogo azul que saiu de suas mãos. Eu estava

ue pegar armas? De qualquer forma, eles realmente não sabiam o que estavam fazendo. Tonta, tombei contra a parede e senti as mãos de Ethan me pegarem. Ele me co

o taberneiro po

trando os cabelos negros e rebeldes. Apoiou a mão ao lado do abdômen depressa, ape

chato! — Tentei me levantar, mas o lugar gi

dura, depois o gibão, ficando só com a sua túnica preta que estava

nte, fazendo-me socar os fenos com raiva. Tentei de novo e dessa vez com mais força e consegui. Andei pelo cômodo

di e apenas levantei a minha cabeça para encontrar o seu ros

o direito, começo a desabar em lágrimas, sentindo o meu corpo cada vez mais mole. O que está acontecendo comigo?

me acompanhá-lo, devagar. Ele me abraçou com carinho enquanto eu chorava. Agarrei o corte sobre seu o pe

o vá embora! Não me deixe sozinha a

ensei imaginar em um assassino como Ethan Haavik. — Está tudo bem, Sara… não tem com o q

róximo ao seu, observei-o o que o fez par

estionei e ele penso

o. — Respon

goli um po

sar. Temos uma longa caminhada am

i do seu peito, observando o seu rosto mais

sa, minha cabeça

sei,

suja. Ele a encheu com água e antes que pudesse se retirar, entregou-me um grande pedaço de pano qualquer para que eu pudesse me secar e as

ti o meu espírito calmo e após longas horas, afundada na água, me enrolei com o pano que com o tempo passei a chamar de toalha. Mas

m a cena mais aterrorizante que já vi até então. Meu Deus,

sava um pedaço de pano num corte de formato crescen

i a s

cima do seu corpo que era exposta e muito definida: é claro, e

as, tão impossíveis de contar quanto estrelas. Me arrepiei completamente, pensando nas inúmeras possibilidades que o fez alcançar este estado horrendo. O quanto ele sofreu para ter todas essas cicatrizes? Será que ele mesmo se autoflagelava? Ou então, t

o de choque ao observá-lo com a

ar isto lá fora. — Começou a caminhar e sem pensar cor

ter tantas cicatrizes assim? E ele tinha muito mais nas costas, como se tivessem chicoteado-o umas qu

Não gostou da ideia c

arei melhor. — Respondeu e

eixe ajudar você! Já fez mui

raço direito, sob suas veias grossas. Parecia algo tribal, de origem desconhecida por mim. Dois riscos para cima, embaixo se sustentava um na horizontal e depois mais três

l, Ethan… — Eu resm

ava todo o seu pulso como se tivessem cortado a sua mão fora. Bobagem. Se tivessem feito isso,

em nesse momento de dor ele conseguir d

arrepio em minha espinha que logo se transformou em um frio na barriga cheio de adrenalina e fulgor. Eu estava cuidando da ferida de um homem assassino. Isso sim

. A ferida parecia menor. Será que nunca vou d

i, no impulso, temendo que ele me matasse. — Sabe, é que eu imagino o

dar da ferida, não q

os o

eito, soquei a sua ferida para ver sua

observei com os olhos arregalados e logo em segui

edo para o seu rosto. — Se não eu soc

riu os

completamente tranquilo, co

sei respirar fundo para retomar minha capacidade. E de novo. E mai

se importa?

a minha pergunta ou talvez, ana

ou depois de minutos. — Me faz lembrar de que

ia dizer com aquilo. Ele gostava de sentir dor? Mas quem gosta d

uma maldição horrível. Ter que enterrar seus entes queridos.

orada e eu já estava me levantando para deitar sobre

— Respondeu. — E

um lugar neste momento e sinto a minha pele esquentar e meus olhos não consegui

a vez. — Ele disse, fazendo

ranzir a testa. — Todas as pessoas que me apego, se machucam ou vão embora. O que mais fiz nessa vida foi fracassar com eles. Todos se foram por minha culpa, eu mereço a solidão. — Suspirei tentando segurar as lágrimas. — Então Ethan, se você qu

e já fora do está

nsável pelo sofrimento do meu povo. Por suas dores. Pelo motivo de suas m

te me senti mais próxima de Ethan. Desabafar foi bom, mas não sei dizer se eu realmente queria isso. Porém, a ideia de continuar distante de Ethan me satisfaz muito mais o que o conhecer. Pe

um som de galho se partindo. Tentei enxergar melhor ao dar um p

com seu capuz. Antes que eu entrasse no estábulo para dormir, me impediu por alguns segund

mente fora do normal. Entrei desconfiada no estábulo, apagando o fogo das tochas. Ainda com a mesma sensação formigante na pele onde Ethan tocou, eu deito, observando-o pela entrada do recinto onde a lua encontrava um lugar para iluminar.

de que ele tanto falara e assim voltar para o meu verdadeiro

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