SOMOS AQUELES QUE NÃO EXISTEM
s algumas vezes ao redor de seu casaco surrado, porque, afinal de contas, ele era a porra do vento e era seu trabalho. Não havia
conseguisse algum contrato interessante para colocar algum crédito em sua conta, mas não gostava daquele lugar. O vento passou por suas costas rapidamente e se acreditasse, diria que estava o mandando seguir naquela direção, mas era somente o vento, ainda mais burro do que ele considerava a si mesmo. Então, olhou para o norte. A fumaça marrom subia alto. Seguindo cinco ou seis dias naquela direção, encontraria a cidade que produzia aquilo tudo. Não se importava com a caminhada de seis dias. O problema é que gostava demais daquele lugar. Esperou para ver se o vento iria ter alg
m noites frias. Era esperto aquele lagarto. Aquelas pedras ficavam quentes a noite e ajudavam a mantê-lo aque
dourada deles brilhou. O lagarto acordava mal humorado todos os dias. Es
quando entregaram o último foragido que conseguiram botar as mãos. Wayne esticou as patas da frente, como se nada mais houvesse para se fazer aquela manhã e ficou em pé. Seu corpo avermelhado, com manchas marrons que ajudavam fazê-lo mais ameaçador, se alongou. Sua cauda se est
scura, que já devia ter tido uma cor qualquer, mas que agora era basicamente um tingimento de terra vermelha escuro com manchas em todos os lugares até sumirem nas botas que quase chegavam ao joelho. Colocou o disco no meio d
ela se foi e temos de viver com isso, juntos. Certo? – o homem passou a mã
e montou o lagarto. Respirou f
vamos, desta vez? – os olhos dou
não sei o que é pior. Aquela cidade ou você com fome – Wayne soltou o ar dos pulmões. Os olhos do lagarto subiram para o céu. O sol logo estaria sobre
m que estavam, rumo a planície onde havia mais areia. Aquela areia vermelha que ocupava quase todos os lugares que conhecia. Ela só parecia preservar algumas planícies, como a que estavam indo em direção. Para a beira do mar deserto e
uele lugar havia crescido, desde que se mudara para aquele canto do planeta, em busca de fortuna. Foram tantos anos ajudando seus amigos colonizadores a levantar aqueles edifícios com o pouco que tinham. Os anos se passaram, e hoje chegava a um lugar que quase não reconhecia, e o pior, também não sabia quem ele era a maior parte do tempo. Como se nada do que havia feito por aquele lugar, pelas pessoas, fizesse qualquer diferença. Sempre um prédio novo em cada esquina, brilhante, moderno e horrível, no lugar daquele que haviam erguido com tanto sacrifício. Ainda se lembrava de cada um deles. De cada vez que a última parede era erguida
carroça lotada de produtos que pretendia ve
um homem, mas gostava de c
, poderia me dispensar por uma ou duas ho
mou o lugar que estava li
u o chapéu que lhe esquentava a
rrepender. Está bem? – o empregado
olhou para o patrão
Eu não vou
zer o que tem de fazer, qua
em... – ele olhou para o homem e te
, rapaz? – eles se ol
cabeça devagar. O Rapaz recomeçou a falar devagar e cheio de cuidados. O mais velho parecia deglutir o que ouvia
Já que disse que qualquer um poderia reclamar
tá com idade para ter sua terra –
osse a hora certa de ir lá, e reclamar para mim aquele pedaço de chão depois da fazenda, não imp
s quiser, posso reclamar a terra e depois pensar no que dá para fazer com ela. Estou com algumas ideias, aqui n
ho colocou a mão sobre os ombros do m
a pelo menos 2 anos, já tem sua casa, seu marido, e já pode muito bem reclamar aquela terra para você. Como foi prometi
s bandas, rapaz. Não pode simplesmente chegar lá e dizer que são suas. Não é
e nos próximos meses, quando chegarmos com a colheita, a terra vai ser lavrada no seu
do sumidouro. Não quero que mais nenhum dos meus animais caia naquele lugar. E se vou emprestar-lhe alguns animais para v
rapaz quase ficou em pé na carroç
ssim que terminarmos nossos negócios – sorri
por tudo isso, senhor –
ra hora de parar de chamá-lo de rapaz. Já er
pensar por um instante, mas nada lhe veio à mente. O
cê tem, assim que chegarmos de volta, homem. Não quero que as pess
Mas... Não tenho o bastante para levantar mais do que
apéus nas mãos, estava claramente emocionado com a bondade do homem mais velho sentado ao seu lado, mas ambos eram homens duros demais para demonstrar qualquer afeto um pelo outro. Aquilo que estavam fazendo era
daço dela, senhor. Eu pro
a devagar rumo ao depósito onde fariam se
o de pessoas que realmente acreditava estar seguindo para algo melhor. O problema não era o fato de acreditarem nisso. O problema era que nenhuma delas se dava con
ar... – Encarou o lag
ensar em virar nos pés e ir-me embora, mas
r. Aquele maldito bicho tinha uma personalidade forte e um total desprezo pelos seres humanos. O animal avermelhado puxou ar para os pulmões dev
seu bicho gelado. Vamos nos demo
u apressada. Ambas deram uma boa olhada no homem estranho e seu lagarto. Pareciam estar impressionadas. Difícil era saber por qual dos animais que viam. Ao redor deles havia prédios de dois e seis andares construídos com fibra Lunar, natural e artificial. Os mais ant
Sua cauda balançava a cada vez que movia as pernas traseiras grossas qu
a ninguém, porque nem um bom ladrão ou assassino descente este lugar tem a capacidade de prod
Vamos até o salão, q
sto firme, que já havia visto beleza antes de toda aquela dureza, e a boca começando a secar nos cantos e ao redor dos olhos muito vivos a deixava com um ar severo. Ela nada disse enquanto o homem desmontava de
o normal – a voz da mulher era surpreendentemente mais amistosa
O homem dentro da capa pareceu estar sendo scaneado por um raio que
z mais velho e cansado – o ho
ele observou sua mon
Havia um balcão largo na lateral, e várias mesas espalhadas pelo salão. Metade delas estava tomada por pessoas falando e bebendo, poucas comiam. Para isso havia dois restaurantes onde a cozinha era infinitamente mais limpa do que a que existia nos fundos daquele lugar, entre outras coisas que havia por lá. Não houve a
de coisas, com objetivos e propósitos tão variados para venda e consumo, que não sabia como el
ltima vez? – a mulher parou de lavar um cop
ela colocou o copo sobre
obre ele enquanto o homem na capa térmica olhava ao redor
mos... - pareceu falar consigo mesmo sob o o
hor - ela balançou a cabe
o mesmo? - Ela ficou
mpo que não vemos um desses por aqui
A capa que está usando já viu invernos demais para servir para a
frente. Dentro dele, quatro portas de cada lado estavam fechadas. O estranho olhou para o símbolo que havia em seu cartão que correspondia a última porta. Quando entrou, viu um cômodo pequeno. Mas, para quem estava por aí naquela poeira vermelha e seca a muito mais