Login to Lera
icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
Entre ratos e dragões

Entre ratos e dragões

Heavymetal

5.0
Comentário(s)
1
Leituras
9
Capítulo

Eles se enfrentaram em um debate presidencial e quase chegaram às vias de fato. Duas visões de mundo completamente distintas. Independente do resultado da eleição, seus destinos estão fadados a se encontrarem. Uma eterna luta do bem contra o mal. Somente um pode sobreviver. Nada é como parece. Dois ex-presidentes da República das Águas buscando um novo mandato. O Príncipe Celestial e o Príncipe Sombrio em uma batalha final. As seleções do céu e do inferno apostam todas as suas fichas. Os maiores genocidas enfrentam os melhores pacificadores. A imortalidade é o prêmio maior. Vencer a batalha é a chave para salvar o amor de suas vidas. Mas algumas surpresas vão aparecer ao longo do caminho, e o salvador de um país pode ter de carregar nos ombros o fardo de salvar o planeta, a galáxia e os planos cósmicos. Uma história eletrizante do início ao fim, onde nada é o que parece, e tudo pode mudar em um piscar de olhos...

Capítulo 1 O mundo de Lúcifer

A data era 24 de Tevet de 5779. Em um local desconhecido, uma situação inusitada acontecia. O céu estava com uma cor vermelho sangue, e algumas nuvens negras podiam serem vistas no horizonte. Um homem vestindo um manto vermelho escarlate estava sentado em um trono com cerca de dez metros de altura. De frente para ele, haviam três fileiras de cadeiras. A primeira fileira estava a nove metros do chão, ao passo que a segunda estava a seis e a terceira a três. Tanto as cadeiras como o trono eram confeccionados em uma rocha negra, com manchas que pareciam respingos de sangue.

Do lado esquerdo do homem, pairava no ar uma projeção de um telão gigante de oitenta metros de largura por cinquenta metros de altura. O fundo do telão parecia se confundir com o céu do lugar, tendo uma cor vermelho sangue com a presença de várias nuvens negras. O telão era dividido em cinco quadrantes em forma de estrelas. As bordas das estrelas eram delimitadas por um gradiente de vermelho com preto de meio metro de espessura. Um círculo de cor vermelho sangue de meio metro de espessura se formava ao unir os vértices internos das pontas da estrela. As pontas da estrela eram projetadas para o interior da mesma até se cruzarem, suas bordas eram limitadas por um gradiente reverso de vermelho e preto de meio metro de espessura. Desta maneira, cada uma das cinco estrelas, era formada por dez triângulos, com o fundo preto.

Dentro de cada um dos cinco triângulos centrais, havia um círculo cinza escuro com a borda cinza claro. No topo de cada um desses cinco círculos, existia uma elipse negra, e no centro dessa elipse, se destacava uma palavra grafada em vermelho sangue em um idioma desconhecido. Abaixo da elipse, se localizava um retângulo com os lados arredondados na cor preta e sem bordas. No interior deste retângulo, apareciam cerca de cem símbolos de cor vermelho claro, quase um rosa. Podia ser percebido que esses símbolos eram representações de pontos de checagem, mas no momento nenhum deles estava checado.

O homem sentado no trono era o Senhor Sombrio, um demônio imortal que atendia pelo nome de Lúcifer. Neste momento, ele estalou seus dedos e uma névoa negra saiu deles e rumou para um local desconhecido.

As pessoas que estavam nas proximidades de um imponente mausoléu no centro da República Popular Antiga ficaram surpresas ao verem uma estranha e misteriosa névoa negra descer do céu e mergulhar no solo do mausoléu, dentro do qual um esqueleto repousava a quarenta e três anos. O esqueleto pertencia a Mao Zanin, um genocida responsável pelo extermínio de cerca de 80 milhões de pessoas.

A névoa parecia conter poderes sobrenaturais, pois tão logo envolveu o esqueleto de Mao, carne começou a crescer ao redor de seus ossos. Em seguida, um sistema completo de veias, artérias e linfonodos se desenvolveu no corpo do genocida, bem como todos os seus órgãos internos. Pouco tempo depois, seu coração começou a pulsar, e o sangue começou a circular em suas veias e artérias, logo sendo bombeado até o cérebro. O processo completo durou cerca de dez minutos e foi chamado de reencarnação programada.

Tão logo o sangue chegou no cérebro, Mao despertou e sentiu como se estivesse dormindo por todo esse tempo. Ele se lembrou de tudo, e estava viva em sua memória a dor lancinante do terceiro ataque cardíaco que tirou sua vida. Contudo, neste momento, a dor sumiu, e seu corpo parecia estar novo em folha. Ele descruzou os braços que estavam sobre o peito, e os colocou ao lado do corpo. A seguir, se espichou dentro do caixão e chutou a tampa, mas ela não cedeu. Ele tentou entender sua situação, se perguntou se estava vivo ou morto, se beliscou para ver se o seu corpo era real, e o beliscão doeu.

Enquanto ele se questionava sobre onde estava e o que havia acontecido, sentiu uma força intensa puxando seu corpo e perdeu a consciência. Quando a recuperou, abriu os olhos e percebeu que estava sentado em uma cadeira de pedra fria da cor preta com manchas vermelhas que lembravam sangue, a qual fazia parte de uma estrutura de quatro níveis. Nos dois níveis abaixo dele, existiam três cadeiras vazias em cada nível. Também haviam duas cadeiras vazias ao seu lado direito, e no nível superior, a três metros acima dele, um homem desconhecido estava sentado em um trono e olhava para ele. Mao também percebeu que não usava mais a farda com que foi enterrado, e ela fora substituída por uma túnica completamente preta. Antes que ele falasse qualquer coisa, o misterioso homem estalou os dedos e uma névoa negra se formou e fugiu como um raio do lugar.

Em uma área restrita que era patrimônio mundial da humanidade, localizada na República Popular do Céu Azul, uma névoa negra mergulhou na terceira montanha de uma cadeia de cinco montanhas que ali existiam. Trinta metros abaixo da superfície, ela penetrou em um caixão de aço. No interior do caixão se encontrava um esqueleto que estava ali a setecentos e noventa e dois anos. A névoa envolveu o esqueleto e realizou a reencarnação programada de Gengis Gonçalves, um genocida responsável pela morte de quarenta milhões de pessoas.

Diferente de Mao, Gengis já havia passado por essa experiência outras sete vezes, e sabia exatamente o que estava acontecendo. Desta forma, ele apenas fechou os olhos e relaxou, aguardando os acontecimentos. No momento em que ele os abriu novamente, já não estava mais no caixão, mas sim sentado em uma cadeira ao lado de um homem desconhecido, enquanto à sua frente, em nível a três metros acima dele, um velho conhecido seu estava sentado em um trono. Rapidamente, Gengis se ajoelhou no chão e saudou o homem.

Continuar lendo

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro