Login to Lera
icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
Em busca do autor
5.0
Comentário(s)
157
Leituras
5
Capítulo

-Por favor, não! -Para que você quer esse pedaço de lixo? O som das páginas sendo rasgadas parecia faca cortando a sua carne. -NÃO!! POR FAVOR - gritava aos prantos - é a única coisa que me sobrou dele. A única memória que me sobrou... -Você não vai mais precisar disto aqui. Agora você tem a mim. É inútil ficar guardado lixo. Seu rosto estava vermelho. Respirar se tornou difícil. Permanecia naquele mesma posição de quando fora jogada ao chão, com o braço esticado, como se ainda houvesse, dentro de si, a esperança de recuperar seu bem mais precioso... Aquele livro que guardava com tanto carinho.

Capítulo 1 ESTE É HENRIQUE, SEU NOIVO

-Querida, nossos convidados estarão aqui em breve. Você deve se aprontar o mais rápido possível!

A bela moça, de frente para o espelho arrumava seu vestido cor lilás petúnia.

-Mamãe... estou com medo. Não quero me casar com este senhor. O que farei se ele resolver me tratar como trata a todos os seus empregados?

A senhora se aproximou da filha e a pôs sentada a penteadeira e pôs-se a ajeitar os cabelos da moça.

-Ah, vamos minha filha. Você não é nenhuma empregada para esta família. Ninguém trata sua esposa como trata os empregados.

-MÃE! Nunca ouviu o que dizem sobre aquela família? As coisas horríveis que fazem? Eu não quero sem um deles!

-Já chega, Ayla! - disse em um tom ríspido enquanto batia uma palme conta a outra como sinal de que acabara de arrumar as madeixas da filha. em passos elegantes foi andando lentamente em direção a porta - Não temos escolha. Você já está ficando velha. Está na idade de se casar. Se não gosta desta família, eu lamento minha filha, mas a sorte não lhe abraçou desta vez. Você deve parar de criar o seu conto de fadas com aquele rapaz e viver a realidade. Ele partiu a muitos anos e nunca lhe enviou notícias. Você não sabe para onde foi e nem se ainda está vivo. - Ao chegar na porta, pôs a mão no batente e olhou levemente para trás - Também não é como se seu pai fosse deixar você se casar com um pé rapado como aquele. Seu pai é teimoso e orgulhoso demais. Tão quão você, querida...

Após sua mãe ter saído do quarto Ayla respirou fundo, levantou-se e decidiu encaminhar-se para fora, mas antes que chegasse a porta, suas pernas travaram, seus joelhos tremiam e a única coisa que conseguia se lembrar foi a promessa que um dia fez a um jovem rapaz. O rapaz que ela nunca pode esquecer. Julian. Ele foi seu primeiro amor. Ela acreditava que ele também seria o último. Sempre com juras de que o amor deles seria eterno e que nunca iriam desistir de ficarem juntos. Que ninguém conseguiria ficar entre os dois... Talvez fossem só palavras. Todos dizem que paixão de jovens nunca vinga e que são emoções tão passageiras quanto a idade. Afinal após tantas juras de amor, tantas promessas por cumprir, ele simplesmente desapareceu. Ele se foi e deixou apena uma carta amarrada em uma pedra que ele jogou pela janela aberta de seu quarto. Ela não estava em seu quarto naquele momento. Se estivesse poderia ao menos olhar seu rosto por uma última vez.

Do andar de baixo se ouviu uma voz masculina, a voz de seu pai, avisando que os convidados estavam na casa e que ela deveria descer, mas ela não se moveu. Ainda, como uma estátua parada, em pé, no meio do quarto, viajando em seus próprios pensamentos, não pode ouvir ninguém.

TOC TOC TOC - Três batidas na porta, que estava entreaberta.

-Princesa, vamos, está na hora. A família Carmiléu está nos aguardando lá embaixo.

Ayla levantou o rosto e quando viu seu pais, se derreteu em prantos. Seu pai correu até ela e a abraçou.

- O que houve querida? Se sente mal?

-Não quero, papai. Eu não posso! Não consigo sair daqui!

-Minha filha, se acalme. Respire devagar. Nós precisamos fazer isso. VOCÊ precisa fazer isso. É nossa última chance. Nossa única opção.

Ayla, após estravasar em choro começou a se acalmar lentamente. Apoiada nos braços do pai começou a dar curtos passos e os dois andaram até a escada, mas antes de descer seu pai retirou um lenço de bolso e entregou na mão da filha, que com ele limpou o rosto encharcado de lágrimas.

Ela olhou novamente para o pai:

-Última chance?

-Infelizmente sim, princesa. Nossa dívida com esta família é muito alta. Se não, perderemos tudo!

Ela entregou o lenço de volta para o pai, respirou fundo mais uma vez, pôs um sorriso de negócios em seu rosto. soltou as mãos de seu pai e desceu da forma mais graciosa que uma dama poderia descer qualquer escada.

Ao pé da escada a aguardava um homem alto, loiro, de olhos castanhos. Ao lado deste homem um casal mais velho, mãe e pai do distinto rapaz. Ayla para de frente para o homem que lhe aguardava ao pé da escada. Seu pai, com um sorriso nervosa, a alcança e apresentão os dois.

-Ayla este é Henrique, seu noivo. Henrique... está é a minha princesa Ayla.

Continuar lendo

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro