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INFECTADO (Romance Gay)

INFECTADO (Romance Gay)

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Capítulo

(ROMANCE GAY NO APOCALIPSE ZUMBI) Um policial que detesta os mafiosos. Um mafioso que odeia os policiais. Jeong Jaewon é um capitão da Polícia que durante toda a sua carreira lutou contra o crime organizado. Seu objetivo principal nos últimos anos tem sido colocar Ryu Taehyun, o chefe da máfia coreana, atrás das grades, embora ele sempre escape de suas mãos. No dia em que finalmente consegue prendê-lo, algo inesperado acontece: tudo se transforma em um caos sangrento de repente, as pessoas devoram umas às outras como em um filme de terror, sem nenhuma explicação. Isso leva Jaewon e Taehyun a unirem forças para tentar sobreviver a toda aquela catástrofe. Mas será que eles conseguirão?

Capítulo 1 Capitulo 1

— Finalmente nos encontramos de novo, oficial Jeong.

Ryu o cumprimentou com um olhar desafiador e um sorriso cheio de arrogância.

O mafioso estava vestido com um elegante terno escuro, emanando uma aura imponente e inatingível.

— Capitão Jeong — corrigiu Jaewon. — E tire esse sorriso idiota do rosto, você está sob prisão. — Ele informou, exibindo as algemas.

Ryu ergueu uma sobrancelha e soltou uma risada cheia de desdém. Ele sabia muito bem que Jeong Jaewon era um capitão da polícia, mas adorava rebaixar sua patente para oficial só para irritá-lo.

— Por que estou sendo preso desta vez? — ele perguntou, exibindo os pulsos com calma.

— Ainda tem coragem de perguntar, maldito? — Jaewon rosnou, colocando as algemas com satisfação.

— Eu realmente não sei o motivo, você me prende com tanta frequência que estou começando a pensar que gosta de mim — a voz de Ryu sempre mantinha seu tom arrogante.

— Você vai engolir suas palavras, tenho uma lista longa de crimes pelos quais você finalmente vai pagar — murmurou o Capitão Jeong.

Jeon apenas riu novamente.

— Takashi, prepare um pouco de Boeuf Bourguignon, estarei de volta antes do jantar — ele ordenou a um de seus homens, sem deixar de olhar para o rosto de Jaewon.

Jaewon apertou os lábios com desgosto. Aquele mafioso maldito estava convencido de que sairia livre novamente, mas desta vez seria diferente.

— Ninguém vai tirá-lo da prisão, seu maldito. — Jaewon cuspiu, apertando as algemas do mais alto ainda mais.

— Você não vai ler meus direitos? — Ryu perguntou, ignorando a ameaça velada de Jaewon.

— Você tem o direito de ficar calado — seus olhos estavam fixos nos do mafioso. — Donghyun, leve-o para o carro — ele ordenou.

— Como o senhor desejar, capitão — Donghyun seguiu a ordem, levando o mafioso para o banco de trás da viatura.

— Vamos — ordenou Jaewon aos seus subordinados enquanto se sentava no banco do motorista. Ele se daria o prazer de levar Ryu para a cadeia pessoalmente.

Jeong Jaewon dedicara os últimos cinco anos de sua vida à busca incansável por evidências para colocar Ryu Taehyun atrás das grades. No entanto, aquele maldito mafioso sempre escapava ileso, desafiando todas as provas que Jaewon reunia contra ele.

Da última vez, mal havia permanecido três horas na delegacia. Era frustrante para o capitão, para dizer o mínimo!

Mas finalmente, ele havia triunfado. Jaewon conseguira reunir evidências suficientes dos vínculos de Ryu com a Yakuza, além de descobrir um navio cargueiro repleto de drogas.

Não importava se Ryu conseguisse contratar uma legião de advogados, aquele maldito passaria o resto de seus dias atrás das grades, onde pertencia.

Jaewon olhou satisfeito pelo retrovisor. Embora mantivesse uma expressão séria, por dentro ele transbordava de euforia. Prender o líder da máfia coreana era um dos maiores feitos de sua carreira policial, e ele estava determinado a levar cada um daqueles criminosos à justiça.

— Parece contente, oficial Jeong — murmurou Ryu.

— Com toda a certeza. Agora teremos um mafioso a menos no país...

Num instante, um carro colidiu violentamente contra a viatura, interrompendo as palavras do capitão Jeong e fazendo-os capotar violentamente. A viatura deu duas voltas antes de finalmente parar, tombada.

Jaewon piscou algumas vezes, percebendo-se de cabeça para baixo. Um zumbido agudo ecoava em seus ouvidos enquanto sentia algo quente molhando seu rosto.

Gritos ecoavam por todos os lados, e Jaewon lutava para manter os olhos abertos. De repente, tudo ficou escuro.

[...]

Ryu foi o primeiro a recobrar a consciência. Sentia-se tonto e desorientado. As algemas haviam cortado seus pulsos, que agora sangravam, e sua cabeça latejava de dor.

Os vidros do carro estavam estilhaçados por todo lado, e sua bochecha queimava.

O que diabos tinha acontecido?

Ryu tentou soltar o cinto de segurança com dificuldade, batendo a cabeça no processo, o que o fez gemer de dor.

Tudo ao redor estava mergulhado na escuridão. Como havia ficado noite tão rapidamente? Quanto tempo se passara desde o acidente? E por que diabos ninguém viera socorrê-los, mesmo estando numa viatura policial?

Arrastando-se com dificuldade, conseguiu sair pela janela lateral. Levou alguns instantes para se levantar e examinar o cenário ao seu redor.

— Que droga é essa? — murmurou consigo mesmo.

Parecia que haviam se envolvido num terrível acidente em massa. Carros estavam amontoados uns sobre os outros, alguns em chamas, e o sangue se espalhava por toda parte.

— Que tipo de filme de terror é esse? — resmungou, passando a mão pelo rosto.

Onde estavam todas as pessoas?

Aquela cena parecia saída de um pesadelo. Os pelos de Ryu se eriçaram e seus instintos de sobrevivência entraram em alerta máximo.

Não importava o que havia acontecido, ele precisava se livrar daquelas malditas algemas e sair dali!

A escuridão era densa, e apenas as luzes dos postes forneciam alguma iluminação.

Uma sombra rápida se moveu entre os carros mais distantes, e o coração do mafioso quase saltou do peito. Ele já tinha visto coisas horríveis, até mesmo feito coisas horríveis, mas algo naquele ambiente o deixava nervoso.

Ryu precisava sair dali o mais rápido possível.

Agachou-se novamente, verificando o policial no banco do passageiro. O homem estava morto, incapaz de sobreviver ao impacto do carro que os atingira.

Com cuidado, revistou-o, pegou a arma que ele portava e a colocou em sua cintura.

Não conseguiu encontrar as chaves das algemas, e elas estavam tão apertadas que mesmo que conseguisse liberar os polegares, não seria capaz de soltar as mãos.

Dando uma rápida olhada ao redor, circundou a viatura e começou a revistar o capitão Jeong.

Taehyun vasculhou seus bolsos e, bingo, encontrou a chave das algemas. Mas estava tão atordoado que mal conseguia soltar-se.

Quando finalmente conseguiu livrar-se das algemas, um enorme alívio tomou conta de seus pulsos. Aquelas malditas algemas estavam cortando sua pele.

Olhou para o bolso e encontrou seu celular, mas a tela estava rachada e não havia sinal.

O que diabos estava acontecendo?

Seu primeiro instinto foi voltar para casa com seus homens para descobrir o que raios estava acontecendo. Deu alguns passos, se afastando do carro capotado, mas então parou.

O capitão Jeong estava inconsciente, mas ainda vivo. Ryu percebera isso enquanto o revistava.

Merda! O que fazer agora?

Complicar sua vida por causa daquele homem? Aquele maldito fora um verdadeiro tormento nos últimos cinco anos de sua vida.

Jeong Jaewon tinha se intrometido em seus negócios tantas vezes que Ryu já havia perdido a conta. Embora, lá no fundo, não pudesse negar que, em certo ponto, encarava toda aquela "perseguição" do capitão como um jogo de "pegue-me se puder".

Ryu rosnou entre os dentes quando não conseguiu avançar e voltou ao carro para ajudar Jaewon a sair dali.

— Você vai me dever uma, seu policial idiota — murmurou.

Taehyun se ajoelhou e tentou soltar o cinto de segurança do capitão, que teimava em não ceder. Parecia travado e não abria de jeito nenhum.

Ryu tirou sua sofisticada faca suíça de um dos bolsos para cortar o cinto com cuidado, evitando que o policial batesse a cabeça ao ser retirado.

Arrastou-o com cautela até a calçada. Nesse momento, Jaewon abriu os olhos, piscando lentamente.

— Ei, oficial Jeong, você ainda está vivo. Parabéns. — Disse, levantando uma sobrancelha.

Jeong tossiu e tentou se sentar, sentindo-se um pouco tonto. — O que aconteceu?

Taehyun o ajudou a se levantar. — Veja você mesmo. Não sei que merda está acontecendo, mas sei que temos que sair das ruas.

Inadvertidamente, falavam em sussurros.

O capitão, um tanto desorientado, olhou ao redor e seus olhos se arregalaram horrorizados.

— O oficial Donghyun? — perguntou, olhando para o carro.

— Está morto — Taehyun deu de ombros.

Jaewon foi até o carro e confirmou. Era verdade, seu companheiro estava sem vida. Tentou usar o rádio da viatura, mas aparentemente não funcionava.

Passou as mãos pelo cabelo, fazendo uma careta de dor ao levantar os braços.

— Preciso levá-lo para a delegacia — disse, encarando o mafioso.

Ryu levantou uma sobrancelha. — Você está louco? Olha toda a merda que aconteceu. Não há um único policial por aqui, e o que eu fiz foi salvar você. O que você fizer a partir de agora é problema seu, mas eu não vou com você.

Jaewon franziu a testa. — Você não vai a lugar nenhum, Ryu — afirmou, levando uma das mãos à cintura onde estava sua arma.

Taehyun sorriu e ergueu a jaqueta, revelando ambas as armas. — Você está em desvantagem, oficial.

Jaewon ia responder, mas um barulho ecoou no beco à frente deles.

— O que foi isso? — perguntou Jaewon, alerta.

— E você pergunta isso pra mim? — bufou Ryu.

Jaewon engoliu em seco. Estava confuso, com a cabeça cheia de teorias e uma enxaqueca latejante, mas seguiu seus instintos. Agachou-se e pegou outra arma que estava no porta-luvas do carro.

— Vou verificar — informou, caminhando até o local com cautela.

Ryu revirou os olhos, também querendo encontrar alguém que explicasse o que estava acontecendo. Pegou uma das armas de sua cintura e seguiu o capitão, mantendo sua arma pronta para qualquer coisa.

Jaewon encostou-se na parede do beco e espiou rapidamente. Embora estivesse um pouco escuro, não viu ninguém.

— Vamos avançar com cuidado — disse.

Ryu assentiu e eles começaram a adentrar o beco, mantendo as armas em punho. Havia apenas alguns latões de lixo derrubados.

Jaewon tentou acostumar seus olhos à escuridão do lugar e, de repente, uma mão segurou sua perna.

O capitão deu um salto para trás, quase colidindo com Ryu. — O que diabos?

Havia um homem caído no lixo, com aspecto de morador de rua devido às roupas sujas e esfarrapadas.

— Eles estão por toda parte. Não deixem que te mordam. Se isso acontecer, vocês se tornarão um deles — balbuciava.

— Do que está falando? — perguntou Ryu ao homem.

— Os mortos-vivos são reais. Estão famintos por carne humana. Eles vão devorar a todos! — falava rapidamente e tremendo, quase ininteligível.

— O que ele está dizendo?

Então, ouviram-se horríveis grunhidos e ranger de dentes de uma das saídas do beco. O som era aterrorizante.

— São eles! — O homem quase gritou, levantando-se do lixo e correndo em direção por onde Ryu e Jeong haviam chegado.

Quando o homem alcançou a saída, uma mulher apareceu, com os cabelos emaranhados e coberta de sangue. O homem não teve tempo de correr para outra direção; foi agarrado por ela.

Taehyun e Jaewon observaram horrorizados enquanto o homem era atacado pela mulher com garras e dentes. Surgiram mais pessoas com a mesma aparência, cercando o indigente. Os gritos dele ecoavam no beco, causando arrepios na espinha.

Estavam realmente o devorando?

— Temos que ajudá-lo — sussurrou Jaewon.

— Ajudá-lo? Pense em você mesmo, temos que sair daqui — retrucou Ryu, indo para o outro lado do beco, evitando chamar a atenção daqueles seres "canibais".

Mas, naquela direção, mais deles surgiram. Moviam-se de forma desajeitada e sinistra, soltando grunhidos e rosnados. Seus dentes batiam uns contra os outros, emitindo um som perturbador.

Ambos arregalaram os olhos. Não havia saída. Estavam encurralados e paralisados pelo medo, sem ousar mover um músculo.

Um latão de lixo rolou e caiu no chão, fazendo um estrondo ensurdecedor.

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