Hanna é uma mulher de 30 anos, que após muitas rasteiras da vida desistiu de amar e se dedicou ao filho, até que uma parada no sinal de trânsito começa a mudar essa perspectiva...
Se olhando no espelho após sair do banho Hanna não gosta do seu reflexo. _Meu cabelo está horroroso, minha pele nunca esteve tão marcada... nossa como posso ter engordado tanto sem perceber!? Se ao menos meus seios fossem menores, não estaria tão ruim... - Ela não consegue se amar, encontra defeitos onde não existem, está sempre cabisbaixa e desanimada.
Hanna tem uma dificuldade muito grande em se permitir viver e fazer coisas boas. Não se acha merecedora de nada bom. Teve uma vida privada de carinho e afeto por parte de seus pais e isso gerou uma relação de rejeição com ela mesma.
Essa relação ruim com a família a levou a sair muito cedo de casa, na esperança de ter uma vida feliz, mas está ainda não era a alternativa correta...
_ Mamãe, quero meu leite! - o chamado de seu filho a traz de volta a realidade. Precisa levar o Davi a sua terapia antes de se dirigir ao trabalho.
Hanna é uma bela mulher de 30 anos, pele morena, cabelos negros, magra com seios fartos. Por não se achar bonita e não ser vaidosa, não se preocupa em usar roupas que valorizem sem corpo tão pouco se maquiar. Está sempre básica, com sua beleza natural que encanta a todos, menos ela própria.
Sua vida gira em torno do seu filho Davi, de 11 anos que possui TEA (Transtorno do Espectro Autista) e requer mais tempo e atenção devido às terapias e acompanhamentos. Isso faz com que Hanna não tenha muito tempo entre seu trabalho e as necessidades do seu filho, contribuindo com seu discurso de que seu tempo de "aproveitar" já passou e que sua missão agora é somente trabalhar para dar o melhor para Davi.
Hanna o observa beber o leite e pensa no quanto o tempo passou depressa. Davi já é quase um adolescente e está mais alto que ela - tudo bem que Hanna só mede 1,55m então não é muito difícil ser mais alto que ela.
_ Porque está me olhando com essa cara mamãe? - Davi pergunta curioso.
_ Estava pensando que se não sairmos agorinha mesmo vamos nos atrasar para ver a tia Cris. Vamos!?
E os dois saíram apressados para não perder hora da consulta.
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