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Casamento Arranjado com o CEO  - O Amor Cruel

Casamento Arranjado com o CEO - O Amor Cruel

JP HOOKE

5.0
Comentário(s)
510
Leituras
9
Capítulo

Depois que sua irmã gêmea sofre um trágico acidente, Anna aceita o pedido de sua mãe para se casar com Edward Grayson, um homem que ela não conhece, para proteger a família. Mal sabia Anna que estava prestes a se envolver com um homem cruel que queria se vingar dela, pois Alice, sua irmã gêmea, o enganou e fugiria com o filho antes do casamento. Edward era um homem marcado por um passado trágico, era durão e poderoso, e agora Anna teria que descobrir a melhor forma de conquistá-lo sem ser descoberta. Mas poderia a bela se apaixonar por uma fera?

Capítulo 1 O VESTIDO

Anna se aproximou do espelho de corpo inteiro e se viu no vestido de noiva de sua irmã. Ela respirou fundo e manteve o olhar em seu reflexo. Anna e Alice tinham o mesmo porte, a mesma beleza, e apesar de Anna não ser tão extrovertida quanto a irmã, ainda assim eram parecidas até no modo de se comportar. Estar no vestido de sua irmã era estranho; era como se ela tivesse fingindo ser Alice, e de fato, estava. Mas Anna sabia que aquilo era necessário, mesmo que parecesse uma afronta contra Alice.

O vestido tinha uma cauda longa decorada com bordado e longas mangas de renda. Anna estava perfeita naquele vestido, apesar de saber que nunca seria sua irmã. Acontece que Anna tinha que se casar com o noivo de Alice, Edward Grayson, que não sabia que Alice estava morta. A mãe de Anna achou que seria melhor que ela fingisse ser Alice e se casasse com Edward. A família dela tinha uma dívida com a dele, de modo que precisassem pagar o mais rápido possível, e Edward gostava de Alice, então os dois se apaixonaram e a dívida seria perdoada. Mas isso não aconteceria se algo acontecesse e os dois não se casassem. Por isso, quando sua irmã morreu, Anna aceitou fingir ser ela. As duas eram gêmeas idênticas. Ninguém notaria a diferença, exceto Edward. Mas ele tinha viajado e só voltaria mais tarde para o jantar. Anna não o conhecia. Nunca o tinha visto, mas temia que ele pudesse descobrir. Enquanto não estivessem tão próximos a ponto de ele descobrir sua verdadeira identidade, ela e a família estavam à salvo.

O quarto em que estava era luxuoso. A mansão de sua família ainda tinha o mesmo esplendor de muitos anos atrás, mesmo que as finanças de sua família não fossem tão boas. Anna não gostava daquele ambiente. Aquela casa nunca fora realmente seu lar, e para ser sincera, acreditava que sua mãe nunca se importou realmente com ela. Por isso Anna viajara para os Estados Unidos, buscando fugir de todas as convenções de sua família. Fazia cinco anos desde que foi para longe, mas teve que voltar quando descobriu que sua irmã estava morta, e também quando descobriu que teria que se casar com um homem que não conhecia.

Era muito o que digerir em tão pouco tempo, mas ela não teria muito tempo. Faltavam apenas dois meses até o casamento. Seu pai estava muito debilitado, a única pessoa que Anna realmente achava que a amava ali estava morta e sua mãe não conseguia olhá-la nos olhos. Anna não esperava se casar assim, nem ter que lidar com todos esses problemas.

Dayanna irrompeu no quarto. Anna virou a cabeça na direção dela. Sua mãe abriu um sorriso largo que parecia genuíno. Ela estava acompanhada de uma mulher, a vendedora que entregou os vestidos. Antes de morrer, Alice já havia escolhido o vestido, e ele se adequou perfeitamente à Anna.

— Oh, querida! — Ela se aproximou da filha, que ainda estava diante do espelho. Anna respirou fundo. — Você está linda! — Ruth, a mulher do lado de sua mãe, sorriu, concordando com a cabeça. Anna voltou os olhos para si no espelho: tinha cabelos longos e castanhos, olhos azuis cristalinos e uma expressão doce no rosto. — Este vestido ficou realmente impecável, Ruth.

Dayanna se colocou atrás de Anna. Ela tocou as costas dela e encarou seu reflexo. Ruth lançou um olhar de aprovação e pareceu notar o olhar triste nos olhos de Anna. Ela não podia negar que se sentia triste. Se casar com o noivo de sua irmã era uma ideia louca e muito arriscada, mas mais do que isso: Anna abriria mão dos seus sentimentos e nem fazia ideia se Edward poderia perdoá-la algum dia.

— O sr. Grayson vai adorar. Ele a ama, e quando a ver no altar assim, com certeza irá se apaixonar ainda mais. Modéstia parte, eu me esforcei muito para que ficasse perfeita, querida. — Dayanna olhou para ela, fazendo que sim com a cabeça. — E você não deve se preocupar. Sua mãe me contou sobre o que aconteceu. Eu fiz os ajustes necessários. — Ruth contou.

— Você não precisa se preocupar com nada, Anna — disse Dayanna, a voz gentil. — Ruth, pode nos deixar a sós por um instante? — A mulher assentiu. Ela se dirigiu para fora do quarto e Dayanna pegou a mão de Anna. Ela virou para a mãe e olhou em seus olhos. — Há algo de errado, querida?

Anna não queria dizer nada. Ela se sentia desconfortável em enganar Edward daquela forma, mas sabia que deveria fazer aquilo. Sua família dependia de que ela fizesse isso.

— Nada — disse ela, a voz doce e fraca —, eu só estou ansiosa para hoje à noite. Apenas isso.

— Não se preocupe, Anna. Edward não vai perceber nada. Você está segura. — Garantiu sua mãe. — E eu tenho certeza de que ele vai adorar você. Você só precisa tentar se parecer com Alice.

Anna assentiu.

— Olhe para você — Dayanna apontou para o espelho. — Você acha mesmo que Edward vai reparar em outra coisa? Se sentir medo ou achar que não consegue, conte comigo. Eu vou sempre estar do seu lado. Sempre que quiser.

Anna esperou ouvir aquilo por anos. Dayanna pareceu sempre gostar mais de Alice do que dela, mas Anna nunca soube explicar o porquê. O máximo que conseguiu foi que seu pai a adorava e não dava tanta atenção para a esposa. Talvez Dayanna achasse que Anna quisesse roubar algo dela.

— Você consegue entender que isso é muito importante? — Perguntou sua mãe. Ela segurou as mãos de Anna com força. — Eu sei que você amava a sua irmã e que é difícil estar passando por isso, mas me escute — os olhos de sua mãe eram azuis como os de Alice. Não tinham muitas diferenças, percebeu Anna. Eram gentis e brilhantes —, às vezes é necessário passar por algumas coisas ruins para se manter forte. É difícil, eu sei. Você vai conviver com um homem que não conhece, que amava a sua irmã, mas está tudo bem. Você só precisa se casar com ele. Depois, pode pedir o divórcio e se afastar dele se não quiser continuar com isso. — Anna assentiu, compreendendo. Dayanna estava certa. Ela precisava enfrentar isso.

— Sim, mamãe.

Dayanna a puxou para si e envolveu os braços no corpo dela.

Anna sentiu a mão dela acariciando seu cabelo. Ela encostou a cabeça no peito da mãe e sorriu.

— Vai ficar tudo bem. Mais tarde, você vai conhecer Edward. Ele é um bom homem. É muito gentil.

Alguns minutos depois, Ruth e Pollyanna, uma amiga de Alice, irromperam no quarto. Ruth estava conversando com ela. Anna se dirigiu até a cama e sentou-se. Pollyanna se aproximou.

— Eu soube que vai se casar — disse Pollyanna. — Fico muito feliz em ver que enfim tudo está dando certo!

Dayanna pediu para que uma empregada trouxesse chá e biscoito. Ela andou até a cama, onde Anna estava e ficou do lado dela, pousando a mão em seu ombro. Anna olhou para a mãe, depois para Pollyanna, como se buscasse aprovação da mãe para falar com ela. A verdade é que Anna não sabia ao certo se devia fazer mesmo isso, mas Dayanna apertou seu ombro, encorajando-a.

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