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Acasos do Destino...

Acasos do Destino...

Arthur Souza

5.0
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2
Capítulo

Natan, um jovem sensível e talentoso, enfrenta uma terrível crise quando sua família descobre que ele é gay. Em vez de aceitação, ele é confrontado com a fúria de seu pai, que vê a homossexualidade de Natan como uma afronta à sua masculinidade. Em um ato de violência desesperada, seu pai o espanca, acreditando que isso o fará "virar homem de verdade" e abandonar sua "servengonhice". Agora, Natan se encontra em um momento de profunda dor e confusão. Será que ele conseguirá superar as cicatrizes do passado e encontrar a felicidade ao lado do amor da sua vida?

Capítulo 1 No hospital

Destino

Ok, que vocês já devem estar cansados de mim, contudo, eu tenho muitas histórias para lhes contar, e a que vou contar agora me afeta diretamente.

Essa é a história de Natan que vocês já começaram a ver na segunda história que lhes contei, não me lembro muito bem de onde parei, mas lembro-me de que lhes contei do espancamento... do hospital...

Chega de tanta enrolação e vamos para a hora de dar continuidade a vida desses seres que tanto me fascinam.

Em Bestemming

Com o corpo ainda dolorido, deitado na cama do hospital, olhava para a jane-la, já se passara dias desde o fatídico dia, não conseguia esquecer a raiva que exa-lava de Alec enquanto o mesmo espancava o filho (no caso Natan) que se encontra-va no hospital mais caro de Bestemming, não sabia como tinha ido parar ali, e muito menos quem era a pessoa sentada na poltrona, contudo ele, aquele homem, lhe passava uma segurança nunca antes sentida.

No momento, Natan observava Denis adormecido, não entendia como aquele homem aparecera em sua vida, é verdade que não era grande coisa, contudo não conseguia crer no que estava lhe acontecendo. Ao ouvir três batidas na porta do quarto em que estava o desespero toma conta dele, não saberia explicar como De-nis fora parar ali caso fosse seu irmão, e o mais importante como eles se conhece-ram, com a voz um tanto rouca pediu para a pessoa que batia na porta entrasse.

A porta se abriu lentamente, para o desespero da ansiedade de Natan, que morria de medo por dentro, não sabia o que tanto lhe aterrorizava, talvez o fato de ter sofrido um espancamento justificasse tal medo incondicional.

— Nossa, como estava morrendo de preocupação. — Jo Ann disse adentran-do no quarto assim que a mesma abriu a porta.

Ela o agarrou feito um urso, realmente estava com saudade daquele pirralho, sim, vocês devem estar se perguntando como os dois se conhecem?

Simples, Natan, em um passado não muito distante, quando Alan estava na faculdade com essa doida a sua frente, ele desobedecera a ordem de seus pais de nunca, em hipótese alguma, poderia visitar o irmão, ele mesmo assim foi a procura do irmão, assim que Jo Ann conheceu o irmão mais novo de seu amigo/irmão.

— Nossa... quem é o Deus grego? — Jo Ann perguntou deixando Natan com vergonha causando o enrubescer de suas bochechas. — Aí, tem coisa!

Ele fecha os olhos pedindo ao Destino que nada acordasse Denis, o que Na-tan não sabia era que Denis era o próprio Destino, fazendo com que Denis escutas-se o clamor de seu anjo.

— Que foi? — Jo pergunta dando-lhe um empurrão em seu braço direito, o que o fez gemer de dor.

Naquele exato momento Denis quis abrir os olhos e ver o que causou dor em Natan para que o mesmo gemesse, contudo se segurou, não queria deixar seu anjo mais constrangido do que já se encontrava.

A verdade era que conhecia bem a mulher que se encontrava naquele local, e queria evitar as perguntas constrangedoras que ela iria fazer.

Ali Jo Ann se arrependera de o ter empurrado.

— Você está machucado no braço?

Ao ouvir a pergunta “burra”, se é que podia a considerar assim, não conse-guiu se controlar...

— Não só no braço — Os dois se assustaram com a voz um tanto rouca que ecoara pelo ambiente. — Todo o corpo dele fora ferido.

— Quem fala fora hoje em dia? — Ela perguntou assustada com o vocabulá-rio do ser a sua frente.

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬— Eu falo querida Jo Ann — Denis disse se ajeitando na cadeira. — Por falar nisso... você já foi ver seu amigo... como é o nome dele mesmo? Ahhh! Me lembrei, o Alan, que por coincidência é irmão do meu anjo....

— O que o Alan tem?

Ela pergunta histérica de preocupação.

Porque fiz tal coisa? Heis que vocês agora me perguntam. Simples, oras, fiz para tirar o foco de mim, o que Jo Ann percebera assim que sua ficha caiu, metra-lhando Denis de perguntas.

— Quem é seu anjo?

— O que Alan tem haver com isso?

— O que tudo tem haver com o que aconteceu com o Natan?

— Primeiro, respire.

— Quem você acha que é para querer mandar eu respirar? E como você sa-be o meu nome?

“Simples querida, eu sou a porra do Destino” Pensou Denis revirando os olhos.

— Está no seu crachá de visitante.

— Agora respire, tente se acalmar.

Denis volta sua atenção para seu anjo, com ele (Natan) estava realmente to-da sua preocupação, mesmo que seu irmão estivesse nesse exato momento em posse de Cauã, toda sua atenção estava voltada para seu anjo, sua alma gêmea.

Natan, um pouco assustado com tudo que acontecia a frente, não entendia o porquê de aquele homem, que muito bem poderia ser considerado o homem mais gato do mundo, o chamava de anjo, e seus olhos brilhavam em preocupação em sua direção.

Denis se levanta da poltrona em que se encontrava, andou em poucos pas-sos para alcançar a maca em que seu amado estava deitado, sem falar mais nem uma palavra ele ajeita o travesseiro em que Natan se escorava, não tirara os olhos dos de seu anjo, ele (Natan) tivera a impressão de que o homem a sua frente via sua alma.

Ali enfeitiçado pelas pedras preciosas que seu amado chamava de olhos, não conseguira desviar o olhar, não conseguia sequer ver sua alma, e como queria vê-la, saber o que acontecera com seu amado em suas vidas passadas.

— Oiiii, os pombinhos esqueceram que eu estou aqui?

Jo Ann disse sendo a inconveniente de sempre, realmente certas coisas nun-ca mudam.

Com um sorriso de canto, Denis se afasta de seu amado se virando para Jo Ann, naquele momento a queria matar, mas infelizmente ou felizmente não podia.

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