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Capítulo

Isabela tem um casamento por contrato com o atual mafioso da cidade. Seu cuidador e seu irmão de consideração a vende para Ravi Lucca, um mafioso perigoso e sem sentimentos. Ela vê todo sonho que tinha indo embora junto com sua vontade de viver, então ela decide tomar a decisão mais difícil em sua vida.

Capítulo 1 Minha nada mole vida

Isabela narrando

É noite, o clima está frio e chuvoso. Estou voltando do trabalho. Trabalho como garçonete em um bar. Apressei os passos, sinto como se alguém estivesse me seguindo.

Comecei a andar o mais rápido que pude. Ao atravessar a rua, pude ver um carro todo preto parado. Um homem abriu a porta e veio andando em minha direção, eu corri o mais rápido que pude e entrei em um beco.

Me abaixei atrás de uma lixeira e fiquei orando para que aquele carro fosse embora.

O carro parou em frente ao beco onde eu estava, eu tremia tanto.

Tapei a boca com uma das mãos, caso eu começasse a chorar alto.

Olhei em direção ao carro, o homem abriu a porta e ameaçou descer, pude vê -lo colocar um pé pra fora.

Ouvi alguns barulhos e ele logo entrou no carro e deu a partida.

Algumas pessoas começaram a sair dos hotéis, muita gente voltava para casa nesse horário.

Corri em direção ao grupo de pessoas e me misturei ali. Minha casa não ficava tão distante de onde eu trabalhava, eu fazia esse trajeto a pé todos os dias. Dei graças a Deus quando vi que o grupo de pessoas iam para o mesmo lugar que eu. A noite estava fria, não sabia se eu tremia de frio ou de medo.

Entrei mais que depressa, ao virar para fechar a porta vi o carro preto parado do outro lado da rua.

Tranquei a porta e subi correndo para meu quarto, eu estava sozinha em casa. Meu tutor e meu irmão de consideração não estavam em casa.

Ouvi algumas batidas na porta, mas não desci para ver quem era. Continuei com as luzes do meu quarto apagadas. Caminhei em direção a janela e fiquei observando através da cortina. O homem voltou e caminhou até o carro, antes de entrar no carro olhou o relógio no pulso e virou para olhar em direção ao meu quarto. Levei um susto e me afastei da janela, ao voltar na janela o carro preto já não estava mais lá.

Sentei em minha cama e me permiti chorar, eu estava desesperada. Meu tutor e meu irmão costumavam sair para jogar e beber a noite toda. Eu tinha que dar dinheiro para eles, caso não desse era agredida por eles.

Estou juntando dinheiro para ver se consigo ir embora.

Eu cresci em um orfanato, minha mãe morreu assim que me deu a luz, não conheci meu pai. Ele foi embora antes de saber que minha mãe estava grávida, meus avós não aceitavam a relação dos dois. Assim que eu nasci e minha mãe morreu, meus avós materno me deram para a adoção.

Fui adotada quando tinha dez anos, por Maria e por Cristóvão

Eles já tinham Leandro, ele tinha a idade de dezessete anos.

Maria, ao contrário do marido e do filho, me tratava com muito amor.

Me deu muito conselhos e me ensinou tudo o que eu sei hoje.

Quando completei dezoito anos, Maria teve um problema cardíaco e deu um infarto fulminante, aquela notícia me destruiu. Me senti sozinha novamente.

Maria era algo mais próximo da palavra amor que eu tive. Após sua morte, tive que trabalhar para sustentar meu tutor e meu irmão.

Cristóvão dizia que já tinha feito muito por mim, agora era hora de eu retribuir.

Eu trabalhava, sustentava a casa e ainda tinha que dar dinheiro para eles jogar e beber.

Não tinha um dia que eu não chorava deitada na minha cama, sempre estive sozinha. Lembrei do dia da minha formatura, fui a única que não tinha ninguém para entregar o diploma.

Tomei um banho e deitei, chorei até pegar no sono, como de costume.

Levantei cedo e fui ao mercado, meu tutor e meu irmão ainda estavam dormindo. Senti como se eu estivesse sendo vigiada, só podia ser coisa da minha cabeça.

Entrei na seção de produtos para bolos, hoje é meu aniversário de vinte e três anos, vou fazer um bolo para mim.

Ao me virar para pegar o leite condensado, bati de frente com um homem. Eu quase caí, ele me segurou pela cintura e me puxou para perto dele.

Tudo aconteceu em câmera lenta, enquanto eu quase caia pude ver seu rosto. Parece que o tempo congelou, como poderia existir alguém tão lindo assim?

Enquanto eu admirava sua beleza ele olhava para frente, evitando cruzar olhares comigo. Lentamente ele olhou em meus olhos e me soltou, após me equilibrar no chão.

- Presta atenção por onde anda! - Ele falou rispidamente e ajeitou o capuz do casaco de moletom preto que usava. Foi andando em direção ao caixa e eu fiquei ali parada o acompanhando com os olhos.

- Quê?! - Eu estava com muita raiva de mim. Que distraída que eu sou! E quem ele acha que é para fala assim comigo?

Acabei de pegar as coisas, paguei e fui andando com as sacolas nas mãos.

Estava tão envolta nos meus pensamentos que quase fui atropelada por um carro. Só escutei a buzina e o carro freando em cima de mim.

- Você está maluca? Presta atenção por onde anda!

Essa é a segunda vez que ouço isso hoje. Será que tenho andando muito distraída?

Entrei em casa, fiz o almoço e o meu bolo. Almocei e me arrumei para ir trabalhar, levei meu bolo comigo.

Durante o trajeto, eu não conseguia parar de pensar naquele homem do mercado.

Ele tinha o cabelo um pouco bagunçado, saia pelo capuz, a barba cerrada e os olhos azuis. Aqueles olhos profundos e sombrios me hipnotizaram. Ele não saía da minha cabeça, aquelas mãos fortes e aqueles braços musculosos... Sacudi a cabeça, afastando os pensamentos.

Cheguei no serviço e coloquei o bolo na salinha onde eu trocava de roupa. Troquei de roupa e fui para o balcão, o bar restaurante já estava aberto.

Após organizar tudo, encostei no balcão e peguei o celular. Tirei uma selfie para postar, estava escrevendo uma mensagem de gratidão quando ouvi alguém entrar no bar.

Guardei o celular no bolso do avental e fui caminhando em direção ao cliente com o cardápio na mão.

Ele sentou, tirou o óculos escuro e passou a mão no cabelo.

Espera! Não acredito que é o mesmo cara do supermercado.

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