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Capítulo

Bem vindos a Rookgaard, Ronan O'connor nunca pensou em amar ninguém, tudo que o jovem herdeiro mafioso queria era vingança e tudo parecia indo bem, até que uma emboscada dá errado e sua vida fica por um fio.Poderia o herdeiro mafioso deixar seu coração ser levado pela ácida e encantadora Princesa milionária Sorya Burke? Sorya Burke vive uma vida que muitas garotas da sua idade fariam tudo para ter. Pais milionários, um namorado perfeito, cartões de crédito ilimitados, a faculdade dos sonhos e até mesmo uma casa no centro da cidade. Mas ela estva longe de se sentir viva, não como se sentia com Ronan. Esta história se passa no mesmo universo de "Love me, Baby" então você poderá encontrar alguns de nossos queridos personagens aqui. Todos os lugares, acontecimentos e personagens são de criação da autora, qualquer semelhança com o mundo real é uma mera coincidência.

Capítulo 1 Conhecendo você

Rookgaard, Califórnia

julho de 1986

Sorya Burke

Eu já havia vomitado duas vezes. Estava nervosa com as provas finais chegando ou talvez pudesse ser aquele frango requentado que eu comi ontem à noite. A sensação de vômito estava presa na minha garganta desde a última semana, e eu estava veementemente atribuindo isso ao fato das provas finais estarem chegando. Era meu terceiro ano em Administração de Empresas, e eu também iria concluir a faculdade de Letras no próximo ano. Tenho apenas 19 anos recém completados nesta última semana. Meus pais estão programando uma festa na alta sociedade, mas tudo que eu queria era um passeio de barco High Beach.

Aparecer nesses eventos só reforça o tamanho da grande responsabilidade que carrego comigo desde que nasci.

Meu pai é Ryan Julian Burke I, dono de metade da cidade. Quero dizer, nossa família tem os mais diversos negócios, desde construção civil a área gastronômica, produção alcooleira e bolsa de valores. Ele sempre quis um filho homem para comandar os negócios da família, mas minha mãe, Katrina Burke, teve duas meninas. Como filha mais velha, tenho sob a minha cabeça a pressão de me tornar competente o suficiente para liderar os negócios ou ao menos ser um bom partido para um casamento futuro.

Mas qual é? Eu não quero me casar nova como minha mãe, por isso estou adiando o máximo que posso. Foi por isso que forjei um namoro falso com Brian, o filho do melhor amigo de meu pai. Brian é um cara decente, mas nosso relacionamento é apenas uma fachada conveniente para manter nossos pais felizes e longe das nossas costas.

Eu prometi a nós que nos casaríamos para que ele e seu namorado, e verdadeiro amor, Liam Cameron pudessem viver juntos sem que seu pai o mate ou deserde. E isso está funcionando bem nos últimos dois anos. Brian tem seus encontros com Liam, e eu saio para ver um filme ou vou ao shopping.

A náusea permanecia presente desde o café da manhã. Olhei para o espelho do banheiro, os olhos azuis que herdei de minha mãe estavam emoldurados por olheiras profundas. Meu cabelo preto estava preso em um coque apressado, e eu me sentia particularmente desgastada essa manhã.

Minha mãe sempre dizia que eu deveria tomar mais cuidado com o que eu como, mas eu sempre pensei que ela estava se referindo ao meu peso. Não estou bem dentro do padrão magro como minha irmã, Cibila. Ela é dois anos mais nova que eu, muito bonita e alegre. Mas namora o asqueroso Ned Parsons. Ele é um idiota completo da minha classe de administração, mas de alguma maneira minha irmã está apaixonada por ele e ele começou a namorá-la. Até falou com meus pais e tudo mais.

Suspirei, sentindo a pressão em meus ombros aumentar. O traço mais forte em nossa família são nossos olhos azuis e nariz fino, e pelo menos com essa parte eu fui agraciada, já que não consigo me manter dentro do peso que minha mãe deseja. Peguei os donuts que Brian tinha deixado para mim na bancada da cozinha e olhei para o relógio, percebendo que estava atrasada para a aula. Peguei minha bolsa e saí correndo, tentando ignorar a sensação constante de náusea que ameaçava me derrubar a qualquer momento.

Enquanto caminhava pelo campus, não pude deixar de pensar em como minha vida parecia uma jaula dourada. Tudo era perfeito por fora, mas por dentro, eu me sentia sufocada. Eu sabia que tinha que fazer algo para mudar isso, mas por onde começar? A resposta parecia tão distante quanto a paz que eu tanto desejava.

Eu tentei entrar despercebida na sala, porque acredite, não importa quanto dinheiro eu tenha a pontualidade não é meu ponto mais forte.

— Atrasada mais uma vez, senhorita Burke? — Professor Peter resmungou sem tirar os olhos do quadro fazendo com que todos os outros alunos me olhassem com julgamento.

Coloquei meu material na mesa e me sentei. — Desculpe pelo atraso senhor Petterson, meu despertador não tocou.

— Humpf! — ele bufou uma risada que foi acompanhada por Ned e a turma de idiotas com quem ele sentava todos os dias. — É melhor trocar de despertador. Sua família não é rica o suficiente para que você coloque pilhas no seu e pare de se atrasar?

— Isso não vai se repetir, Professor. Eu prometo. — Eu disse baixinho um pouco antes de todos da sala caírem em gargalhadas.

Eu me sentei, tentando ignorar os olhares e os cochichos ao meu redor. Respirei fundo e tentei me concentrar na aula.

Brian estava do outro lado da sala, me lançou um olhar solidário. Ele e eu dividimos uma casa em Creston Street, mas ele saiu mais cedo para tomar café da manhã com Liam. Ele sabia como esses comentários me afetaram, e sua presença sempre me dava um pouco de conforto. Ele me enviou um pequeno sorriso de encorajamento, que eu retribuí com um aceno discreto.

Eu me sentei, sentindo meu rosto queimar de vergonha e raiva. Não era apenas a humilhação pública que me afetava, mas o fato de que pessoas como o Professor Peter e Ned achavam que meu valor estava vinculado ao dinheiro e ao status. Eles não faziam ideia das pressões que eu enfrentava diariamente.

O Professor Peter voltou a atenção para o quadro e recomeçou a explicação sobre gestão de projetos. Eu mal conseguia me concentrar no assunto. Quando o sinal finalmente tocou, eu reuni minhas coisas rapidamente e me apressei para sair. Brian se aproximou de mim no corredor, tentando parecer casual enquanto os outros alunos se dispersaram.

— Você está bem? — ele perguntou, sua voz baixa e preocupada.

— Vou ficar — respondi, forçando um sorriso. — Só preciso respirar um pouco de ar fresco.

— Liam e eu estamos planejando sair hoje à noite. — Ele disse com um sorriso brando — Você quer vir conosco? Podemos ir ao cinema ou algo assim.

Eu sabia que Brian estava tentando me distrair e me animar, mas a ideia de passar a noite fingindo estar feliz enquanto não sabia qual o motivo da minha existência.

— Obrigada, mas acho que vou para casa e descansar um pouco. — Eu respondi dando-lhe um sorriso fraco. — Preciso me recuperar antes da festa que meus pais estão planejando.

Brian assentiu, compreendendo. — Se precisar de qualquer coisa, me avise, ok?

Brian se afastou e eu retornei para minha próxima aula. Fiquei feliz por ele, mas também invejei a liberdade que ele tinha para viver seu verdadeiro eu, mesmo que secretamente. Ele merecia isso.

O dia continuou se arrastando, cada minuto parecendo uma eternidade enquanto eu tentava manter a cabeça erguida e sobreviver à maratona de aulas. Depois da aula, caminhei pelo campus até meu carro, um luxuoso conversível que era mais um símbolo da riqueza da minha família do que um reflexo dos meus desejos pessoais.

Liguei o motor e comecei a dirigir, sem um destino específico em mente. O rádio tocando Greatest Love Of All – Whitney Houston. Cheguei em casa, fui direto para o meu quarto e me joguei na cama. Fechei os olhos, tentando bloquear os pensamentos ansiosos sobre mim.

No entanto, a imagem da festa de aniversário que meus pais estavam planejando surgia insistentemente na minha mente. Uma celebração grandiosa, cheia de pessoas importantes, onde eu teria que sorrir e agir como a filha perfeita que todos esperavam. Meus pensamentos foram interrompidos pelo som do meu telefone tocando. Olhei para o identificador de chamadas e vi o nome de Cibila. Atendi, tentando soar normal.

— Oi, Cib. O que foi?

— Só queria saber se você estava bem, faz tempo que você não vem em casa. — ela respondeu, sua voz alegre como sempre. — Ned comentou que você não parecia muito bem hoje de manhã.

— Seu namorado anda muito preocupado comigo. — Eu zombei e ela riu. — Estou bem, Cib. Obrigado por perguntar. — eu menti. — Estou um pouco cansada, apenas isso.

— Certo. Então, está animada para a festa de sábado?

Eu hesitei. — Claro. Vai ser... interessante.

— Você sempre diz isso. — Cibila riu. — Talvez dessa vez seja divertido de verdade se você tentar.

— Talvez — murmurei, sem muita convicção. — Eu vou dormir um pouco agora. Vejo você na sexta à noite Cib.

— Até sexta.

Desliguei o telefone e deixei um bilhete para Brian não me acordar se ele chegasse mais cedo de seu encontro, o que tenho quase certeza que não aconteceria. Mas eu resolvi deixar o bilhete assim mesmo por precaução. Liguei a tv para assistir um filme e fiz um pote de pipoca. Estava relativamente tarde, então comecei a checar as portas antes de deitar e foi quando eu o vi.

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