Uma mulher e um bebê entram em um bar... Apesar da fama de rebelde, Dylan Kavanagh é um homem bastante responsável que leva a sério a administração de seu bar. E agora Mia Larin, uma antiga colega de escola que o ajudou a passar de ano, retorna inesperadamente. Mia é mãe solteira de uma linda neném. Mais do que nunca, ela precisa de um emprego e de um teto. É fácil para Dylan dar-lhe ambos. Difícil seria manter tudo apenas no profissional. Bem-sucedido e um ótimo partido, como ele poderia ter certeza de que os sentimentos de Mia eram verdadeiro? Ela ainda seria fiel quando as circunstâncias mudassem? Maureen Child Janice Maynard VOZ DA PAIXÃO Tradução Rodrigo Peixoto Aline Pereira 2015 SUMÁRIO Dupla emoção Doce reencontro Maureen Child DUPLA EMOÇÃO Tradução Rodrigo Peixoto Querida leitora, Eu amo escrever histórias sobre bebês secretos. E quando são gêmeos, fica duas vezes mais divertido! Se colocarmos um dos Kings, da série Reis da Califórnia, na equação, o resultado é astronômico. Em Dupla emoção, você conhecerá Colton King, um homem que vive no limite. A paixão dele é por adrenalina e esportes radicais. Mas a verdadeira aventura começa quando ele descobre que é pai de gêmeos de oito meses. A mãe, Penny Oaks, tinha suas razões para não contar a Colton sobre os bebês. Entretanto, agora que ele sabe da verdade, está determinado a fazer parte da vida das crianças. Mesmo se Penny não gostar da ideia. Espero que se divirta com história de Colt e Penny. Divirta-se! Maureen CAPÍTULO 1 COLTON KING não chegou a ver o punho que acertou sua mandíbula. Ele balançou a cabeça para colocá-la no lugar e se esquivou a tempo do segundo golpe. O homem furioso, que invadira seu escritório segundos antes, deu um passo atrás e gritou: – Você já devia estar esperando. – O quê? – perguntou Colt, pegando sua bolsa de compras, que caíra no chão. – Esperando o quê? Colt vasculhou sua mente em busca de lembranças, mas não se lembrava de nada. Ele não conhecia aquele homem nem ninguém que poderia querer atingi-lo daquela maneira... pelo menos naquela época. As suas relações com mulheres, sempre temporárias, terminavam invariavelmente de forma amigável. Aliás, há várias semanas que ele não brigava sequer com seu irmão gêmeo, Connor. Por outro lado, teria clientes furiosos em seu escritório de Laguna Beach, na Califórnia, sede da King's Extreme Adventures, caso as prometidas ondas monstruosas não aparecessem nos próximos dias ou se uma expedição nas montanhas fosse cancelada por culpa de uma avalanche. Colton e Connor organizavam viagens de aventura para loucos por adrenalina de todo o mundo. Portanto, com certeza, mais de uma vez um cliente voltou raivoso por um problema de qualquer natureza. Mas nenhum deles jamais partiu para a luta física. Até então. A questão era: – Quem é você? – Eu chamei os seguranças! – gritou uma mulher parada na porta. Colt nem olhou para Linda, a gerente do local. – Obrigado. Chame o Connor. – É para já – disse a mulher, que desapareceu na mesma hora. – Chamar a segurança não vai ajudar em nada – disse o homem que lhe dera um soco. – Você continuará sendo um idiota. – Tudo bem – murmurou Colt. Não era a primeira vez que escutava tal insulto, mas um pouco de contexto seria bem-vindo. – Você não quer me explicar o que está acontecendo por aqui? – Isso é exatamente o que eu queria saber – disse Connor, entrando no escritório e se postando ao lado do irmão. Colt ficou aliviado ao ver que seu irmão chegara, pois estava a ponto de dar um soco naquele homem que invadira seu escritório. No entanto, aquele não seria o melhor momento para uma luta livre, e o seu irmão certamente esfriaria seus ânimos. Além do mais, brigando, ele não conseguiria a resposta que buscava. – Você deu um soco perfeito, mas agora eu quero saber por que fez isso. – O meu nome é Robert Oaks. Oaks... Uma série de lembranças armazenadas na cabeça de Colt voltaram à tona. Ele sentiu um frio no estômago e seu corpo ficou paralisado. Ficou olhando para o homem parado à sua frente, com aqueles olhos verdes franzidos, e notou certa... familiaridade. Droga! A última vez que ele olhou para uns olhos parecidos fora há dois anos. No final de uma semana em Las Vegas, uma semana que deveria ter sido tranquila, mas que acabou... confusa. Ele se lembrou de um detalhe e ficou louco de vontade de esquecê-lo, embora soubesse que nunca seria capaz de fazer isso. Na manhã seguinte, após ter se casado com Penny Oaks em uma capela de Las Vegas, ele lhe avisou que pediria o divórcio... isso após uma semana de loucuras e pouco depois de abandoná-la no quarto de hotel que dividiam. Ele não queria sequer pensar naquele dia. Mas era difícil evitar... com aquele homem que deveria ser irmão de Penny parado à sua frente. Robert Oaks fez que sim lentamente ao perceber que Colt começava a entender tudo. – Melhor assim.
Melhor assim. Você está se lembrando. – Se lembrando do quê? – perguntou Connor. – De nada. Ele não contaria nada a Connor, muito menos naquele instante. – Ah, de nada... Que maravilha! – – Ah, de nada... Que maravilha! – disse Robert Oaks, fazendo que não com a cabeça, com nojo estampado no rosto. – Exatamente como eu imaginava. A raiva só fazia crescer. O que havia entre ele e Penny nunca passara disso. E ele não estava interessado no que o seu irmão tinha a dizer. – Por que você está aqui? O que você quer? – Eu quero que você faça a coisa certa – respondeu Robert. – Mas duvido que faça.
– E transformou a mão em punho. – Portanto, imaginei que dar um soco em você seria o suficiente. Mas não foi. A impaciência só fazia crescer. E se juntava à raiva no interior do corpo de Colt. Ele deveria subir num avião que viajaria à Sicília. Precisava visitar certos lugares. Tinha coisas a fazer. Não poderia perder nem mais um minuto com Robert Oaks. – Por que você não deixa de lado os rodeios e me diz logo o que quer? Por que você veio até aqui? – Porque minha irmã está no hospital. – Hospital? Algo se retorceu no interior do corpo de Colt. Imediatamente, ele foi tomado por uma sucessão de lembranças, de imagens de outro hospital, de pisos de linóleo, e um cheiro de medo e de assepsia invadiu os seus poros. Durante um ou dois segundos, ele sentiu um aperto no peito, um aperto que o arrastava de volta a um passado que preferia nunca mais revisitar. Fazendo muita força, ele tentou se livrar das lembranças antigas e ater-se ao presente. Passando uma das mãos entre os cabelos, Colt ficou encarando o irmão de Penny, aguardando uma explicação. – A minha irmã operou o apêndice ontem – disse Robert. Aliviado ao saber que não era nada grave, ele ficou mais tranquilo e perguntou: – Ela está bem? Robert deixou escapar uma risada nervosa. – Sim, ela está bem. No entanto, continua preocupada, pois não sabe como vai fazer para pagar a conta do hospital. E também preocupada com os gêmeos. Os gêmeos de vocês. A sala imediatamente pareceu ficar sem oxigênio. Colt não conseguia respirar. – Meus... – Ele fez que não com a cabeça, ao mesmo tempo em que tentava processar o que o irmão de Penny acabara de dizer. No entanto, como entender algo que caía na sua cabeça daquela maneira? O que ele deveria fazer? O que deveria pensar? Colt esfregou as duas mãos na frente do rosto, forçando para que o ar saísse dos seus pulmões e finalmente conseguiu dizer: – Gêmeos! Penny teve filhos? – Dois – respondeu Robert, olhando para Colt, depois para Connor, e voltando a olhar para Colt. – Parece que ter gêmeos é um fato comum na sua família. – E ela não lhe disse nada? – perguntou Connor, parecendo tão fora de si quanto o irmão. Ele foi tomado por uma forte fúria. Ela nunca lhe disse nada. Nem uma palavra. Ela ficou grávida e não lhe contou. Trouxe duas crianças ao mundo em completo silêncio. Eu tenho filhos? Ele voltou a sentir um vazio no estômago, mas desta vez o ignorou. – Onde eles estão? – A pergunta foi curta e grossa. Robert o encarou friamente e Colt percebeu que sua reação espelharia uma raiva em ebulição no interior do seu corpo. – Eu e minha noiva estamos cuidando deles. Deles... Colt era pai de gêmeos e não tinha a menor ideia disso. Meu Deus! O que acontecera? Ele sempre foi cuidadoso. No entanto, aparentemente, não o suficiente. Uma voz baixinha, no fundo da sua mente, murmurou que tudo aquilo poderia não passar de uma mentira. Os bebês poderiam não ser dele. No entanto, mesmo considerando tal possibilidade, ele a deixara para trás. Seria uma saída fácil, mas Colt sabia, melhor do que ninguém, que não haveria saída fácil para aquela situação. – Um menino e uma menina, se você quer saber. Colt ergueu os olhos e encarou Robert. Um menino e uma menina. Ele tinha dois filhos. E como deveria se sentir? A única coisa que sabia naquele momento era que a mãe dos seus filhos lhe devia certa explicação. – Claro que estou interessado. Em que hospital Penny foi internada? Ele conseguiu toda a informação, incluindo o número de celular e o endereço de Robert. Quando os seguranças chegaram, Colt os liberou. Ele não apertaria o cerco contra o irmão de Penny. Aquele homem estava simplesmente defendendo sua família... e muito chateado com a situação. Colton teria feito o mesmo. Porém, quando Robert foi embora, Colt aliviou parte de sua raiva atirando a bolsa que segurava ao outro lado do escritório. Connor se esquivou do saco voador, Connor se esquivou do saco voador, perguntando: – A viagem à Sicília está cancelada, certo? Colt deveria estar voando naquele exato momento, seguindo para o monte Etna, a fim de localizar uma nova base para excursões de pura adrenalina. O seu dever era encontrar os locais mais perigosos e inspiradores aos olhos de sua clientela. No entanto, naquele momento, ele fora tomado por um estilo diferente de adrenalina. Colt olhou friamente para o irmão. – Sim, está cancelada. – E você é pai. – Parece que sim. Ele soava calmo, mas estaria calmo? Não, claro que não. Havia muitas emoções em jogo, muitos pensamentos invadindo sua mente. Pai... Havia dois bebês no mundo por culpa sua, e o pior é que até bem pouco tempo ele não tinha a menor ideia disso. Como seria possível? Ele deveria sentir alguma coisa especial? Alguém deveria ter lhe avisado que seria pai? Colt fez que não com a cabeça. Ele tentava organizar seus pensamentos. Mas não seria capaz. Meu Deus! Nenhuma criança merecia tê-lo como pai. Ele sabia disso. Massageando o centro do peito para tentar aliviar a dor que se alojara ali, Colt respirou fundo. Como deveria se sentir? Primeiro foi tomado por uma raiva enorme, que logo depois se transformou em um nó apertado. Ele foi ficando cada vez mais gelado. – E quando você pensava me contar tudo isso? Colt olhou para o irmão e respondeu: – Você está falando sério? Eu acabei de descobrir essa história, sabia? – Não estou falando dos gêmeos... mas sim da mãe deles. – Não há nada a ser dito. – Mentira, ele pensou. Isso era pura mentira. Na verdade, havia muito a ser dito, mas ele não estava com vontade de conversar sobre o assunto. Era a primeira vez que Colt escondia algo de seu irmão gêmeo. Impossível explicar por que fazia isso. Colt passou uma das mãos entre os cabelos. – Eu não quero conversar sobre isso agora, tudo bem? Caso não saísse dali em cinco segundos, acabaria explodindo. Com a cabeça em ebulição, precisava se acalmar. – Que pena – disse Connor. – Eu acabei de descobrir que sou tio. Por que você não me conta nada sobre essa mulher? O seu irmão não deixaria que ele escapasse, Colt sabia disso. Droga! Se a situação fosse contrária, ele também estaria exigindo respostas imediatas. Portanto, não deveria culpar Connor. Mas pensar nisso não aliviava a situação. – Não há muito o que ser dito – ele respondeu, entre os dentes. – Eu encontrei essa mulher na convenção de esportes de risco. Nós passamos a semana juntos e... – E... Colt respirou fundo, expirou, depois respondeu: – E nós nos casamos. Se não estivesse de tão mau humor, o olhar estampado no rosto do irmão o faria gargalhar
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