Estremeço enquanto seguro o caroço que já está se formando. Olhando para cima, vejo o sorriso de lobo de Travis olhando para mim através do para-brisa. Ele ri, sabendo que me assustou. Estendo o braço para abaixar o volume do som enquanto Sound of Madness - do Shinedown ecoa através do som surround. - Você é uma verdadeira dor na minha bunda, sabia disso? Lembre-me de bater em você depois da concussão passar. - Oh, pare de ser um chorão. Você está bem e ande logo, ok? Estou morrendo de fome e quero chegar ao Buckey's antes que a multidão de estudantes universitários chegue e ocupe todos os bons lugares. Não tenho certeza de quais critérios os assentos em um estabelecimento como o do Buckey precisam atender para ser considerado bom, mas tenho certeza de que se você perguntar a Trav, ele lhe dirá. Em grandes detalhes, e nunca parar de falar. Travis Palmer, meu sobrinho, bom garoto, mas um tagarela total. Mas, quem poderia culpá-lo? Ele precisa de alguém com quem conversar, já que sua vida familiar é uma piada. Sua pobre desculpa de pai sumiu há cerca de oito anos e deixou minha irmã mais velha, Jamie, para ser mãe solteira. Desde então, tenho ajudado sempre que posso, inclusive dando a Travis um emprego de meio período na minha oficina. Isto o mantém longe de problemas e espero ensiná-lo como ter THE WAY WE BURN J.D FRONDY uma vida honesta, então, no futuro, se decidir ter filhos, ele não vai ferrar com tudo, como seu pai doador de esperma. Por mais que eu queira arrancar meu cabelo metade do tempo, ele realmente é um bom garoto. Com os alunos das faculdades vizinhas em casa no intervalo, eu sei que ele está louco para sair e causar alguns problemas, eu serei amaldiçoado se eu não fizesse o mesmo na idade dele. - Como diabos você está prestes a me chamar de chorão quando é você quem está reclamando de alguns malditos lugares no bar local? - Jogo a toalha do bolso de trás em seu rosto. Ele nem mesmo tenta se abaixar e isso o acerta bem no meio dos olhos. Na mira. O Buckey's não é um lugar ruim para sair de forma alguma. É um ponto legal em uma pequena cidade. Faz fronteira com algumas universidades na área, então geralmente é cheio de garotos da fraternidade e suas namoradas arrogantes, ou foda-se com garotos e outros, como Travis diz, mas eu não tenho a menor ideia do que qualquer um deles significa. Junte alguns locais bêbados e obesos e você terá uma típica noite de verão de sábado em nossa cidade. Beacon Hill, Nova York; não é muito, mas é o lar. - Sim, sim... Limpe e vamos. Ouvi de algumas pessoas que há uma nova barman na cidade. Ela deve ser nova, e eu gostaria de decidir isso por mim mesmo e só posso fazer isso se você decidir. Começar. A. Se. Arrumar. - Travis pontua cada sílaba com golpes suaves alternados no meu peito. Quando ele se acalma, dou um soco em seu braço e ele estremece, cobrindo a carne recém-socada com sua outra mão. - Cuidado, tio Cole, você não gostaria de quebrar algo na sua velhice, certo? Eu tenho trinta e seis. Isso dificilmente é velho. O garoto está sempre me criticando por ser um homem velho. - E limpe o seu rosto bonito, para que eu fique menos envergonhado de ser THE WAY WE BURN J.D FRONDY visto com você em público. - Ele sai antes que eu possa bater nele novamente. Não consigo deixar de rir, ele é uma criança tão estranha às vezes. Embora ele tenha razão e eu realmente precise me lavar. Não posso conhecer a nova garota com roupas sujas, e o rosto coberto de graxa. O resto da cidade já me olha com desdém. Posso tentar causar uma boa impressão com uma pessoa nova. - Já planejava passar em casa antes, de qualquer maneira. Vou me limpar, então vamos pegar um pouco de comida, uma bebida gelada e conhecer a menina nova. Este dia está prestes a ficar muito melhor. Kennedy ESTE DIA NÃO PODERIA FICAR pior.
derrubei dois litros de cerveja, machuquei meu dedo enquanto cortava guarnições e até consegui jogar uma caixa na cabeça do meu chefe. Absolutamente matando seu primeiro dia, Kenj. É assim que se mantém um emprego! Felizmente para mim, meu chefe é meu tio. Jim é o mais próximo de uma figura paterna que eu já tive. Meu verdadeiro pai deixou minha mãe quando ela estava grávida de mim e de meu irmão gêmeo, se mudando para o outro lado do país com uma mulher chamada Janice? Jane? Jillian? Quem sabe. Uma mulher que não era minha mãe e desde então nunca mais tive notícias dele.
Minha mãe é uma bêbada, com B maiúsculo. A mulher mal manteve a boca longe da garrafa tempo suficiente para nos ter, e piorou depois que nascemos. Ou assim me disseram. Agora ela se diverte explorando seu atual namorado, que é dono de metade de Illinois. Ela mudou-se de Massachusetts para morar com ele alguns anos atrás depois de... Tudo. Ela não conseguiu lidar com a tragédia que atingiu nossa família. Desde então, seu novo vale- refeição a mantém bêbada e com os bolsos cheios, e eu mantenho meu nariz fora de seus negócios. Tio Jim sempre aparecia ocasionalmente enquanto éramos pequenos para nos verificar, certificando-se de que estávamos sendo alimentados, banhados, e com sorte, ainda respirando. Até que, claro, minha mãe ganhou dinheiro suficiente para poder contratar uma babá em tempo integral para ser nossa mãe. Infelizmente para mim, preciso deste emprego. Eu tenho que economizar para fazer mais aulas no próximo semestre e me manter no caminho certo com o meu diploma, e essas aulas não são baratas. Não quero ser tão infeliz comigo, mas dinheiro é um assunto delicado agora. Crescemos com dinheiro, pois o tipo preferido de minha mãe parece ser rico; mas, uma vez que o dito pai, nota singular, não sabe como realmente ser um pai, tive que fazer meu próprio caminho. Quando o meio-irmão de minha mãe, Jim, me chamou para servir às mesas e preparar alguns drinques em seu bar, eu literalmente não pude recusar a oferta. - Kenny, garota, você pode ligar a música para mim, querida? Esqueci quando entrei hoje. Nada que faça meus ouvidos sangrarem, entretanto... Eu ouvi sua seleção de músicas. Quero que as pessoas fiquem e bebam, não corram gritando para as colinas. - Ele me dá uma piscadela enquanto caminha em direção ao seu escritório nos fundos do bar. - Claro, chefe! - Mostro a língua quando passo por ele em direção a Jukebox que está bem atrás de mim. Aperto o botão liga/desliga e mudo as músicas. Em poucos segundos, "Living Dead Girl" de Rob Zombie escorre dos alto- falantes e espero pela reação de Jim com um sorriso estampado no rosto. Seus olhos marrons escuros encontram os meus do outro lado da sala e ele simplesmente balança a cabeça, continuando em direção a sua mesa, nunca proferindo uma única palavra. Eu vou em direção a divisória entre o bar e a área de estar e no balanço da música limpo as mesas e me certifico de que tudo está em ordem. Jim me deu um resumo deste lugar, e sei que os professores e alunos das poucas escolas vizinhas chegarão em breve, então quero ter certeza de que tenho lugares para as pessoas sentarem enquanto me preparo para meu primeiro turno. Palmer SÃO QUASE CINCO E MEIA QUANDO chegamos ao Buckey's e não há muitos outros carros no estacionamento. Tanto para perder seus bons lugares, Trav. Tende a ser mais lento nos dias da semana, de qualquer maneira, então realmente agita no fim de semana. O proprietário do bar, Jim Buckey, sempre permite que as pessoas entrem e se acomodem mais cedo. Ele é uma boa pessoa e amado por quase todos em nossa pequena cidade. Felizmente, ele sempre foi um cara decente e nunca colocou meu passado sobre minha cabeça, ao contrário de todos os outros na área. Travis e eu entramos pela porta principal, fazendo o sino soar. Eu me pego rindo de algo idiota sobre o qual ele está tagarelando. Como sempre. A primeira coisa que noto quando entro é que a seleção de músicas é... diferente. Parabéns Jimmy, finalmente conseguindo algumas boas músicas neste lugar. A segunda coisa que noto é o grupo de rapazes em idade universitária reunidos nas mesas de sinuca, cochichando entre si e olhando para o outro lado da sala. Sigo seus olhares, que pousam atrás do balcão onde uma jovem está secando copos. Não é minha intenção parar de repente, mas sinto como se meus pés tivessem blocos de cimento presos no tornozelo. Essa garota é... Puta merda! Seu cabelo louro-acinzentado tem aquela onda perfeita de praia que você só vê nos comerciais da Garnier. Ela parece ser pequena, o que minha bunda de um metro e noventa acha absolutamente adorável. Seu rosto em formato de coração é bem pronunciado e seu queixo ligeiramente quadrado, e seus lábios - aqueles lábios. Se eu não tivesse pelo menos uma década a mais do que ela, eu poderia facilmente entreter a ideia de caminhar direto para essa garota misteriosa e bater minha boca em seus lábios rosados e carnudos. Secretamente, eu me ajusto através da minha calça jeans enquanto ela morde o lábio inferior rechonchudo, se concentrando, e tenho que suprimir o gemido prestes a escapar da minha boca. Travis para de falar, percebendo que não estou mais seguindo atrás, e se vira para ver o que ou quem chamou minha atenção. - Puta merda! Eles não estavam brincando. Ela é gostosa pra caralho. Minha palma aberta encontra rapidamente a parte de trás de sua cabeça. - Ow! - Pare de ficar boquiaberto, ela vai pensar que somos malucos. Vá pegar sua mesa sagrada e eu pegarei algo para bebermos. - Ok. Vou querer uma Bud. - Você tem vinte anos, Trav. Você está pegando uma maldita Coca. Ele resmunga baixinho quando me aproximo do bar, ignoro os sussurros enquanto caminho pelas mesas de sinuca. Limpando minhas mãos de repente úmidas nos meus jeans escuros, respiro fundo. Só quando estou na frente dela é que percebo que não sei o que diabos quero dizer. Você está pedindo uma cerveja, idiota. Apenas respire. Como se ela me sentisse, a mulher misteriosa levanta os olhos de sua tarefa e abre um sorriso megawatt em minha direção e eu imediatamente fico com olhos entre abertos. Você está brincando comigo? - Ei, o que você quer? Temos alguns especiais esta noite e uma nova cerveja local disponível. - Até a voz dela é deliciosa. Ligeiramente rouca, mas doce; quase pingando mel. 1 - Eu sou Cole. - Grilos . - E... você... ? - De novo, você está brincando comigo? - Trabalhando. - Ela sorri para mim. - Certo. Desculpe! Bati minha cabeça mais cedo. Tenho certeza de que estou sofrendo algum tipo de dano cerebral. Isso soou como se estivesse dando em cima de você ou algo assim. Só sei que você é nova na cidade, então resolvi me apresentar. - Eu esfrego minha mão no topo da minha cabeça, me distraindo para não continuar com esse lixo derramando da minha língua. - Vou levar uma, uh, Corona e uma Coca. Por favor. - Tento dar-lhe o meu melhor sorriso, na esperança de que ela não pense que dou em cima de mulheres no meu tempo livre. Provavelmente tarde demais. - Como você sabe que sou nova por aqui? - Ela inclina a cabeça, colocando a mão no quadril. Percebo que suas unhas não são em forma de garras ou decoradas como a maioria das mulheres hoje em dia. Acho isso estranhamente atraente; o estado natural de suas unhas. - Há um 1 Crickets-
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