Em um reino onde a criação se tornara um campo de batalha, Huguel, o divino arquétipo de criador, observava de seu trono celestial com um olhar sombrio. O mundo de Zerk, que ele moldara com tanto amor e precisão, agora se encontrava à mercê de suas próprias criações: os Zombianos, que se alimentavam da guerra e da destruição; os Cirokos, mestres da manipulação e intrigas; e os Victors, perdidos em um labirinto de prazeres carnais e ambições desmedidas. As terras de Zerk eram um mosaico de caos e desespero. Enquanto os Zombianos se lançavam em batalhas ferozes, deixando um rastro de devastação, os Cirokos sussurravam segredos nas sombras, incitando traições que corroíam a confiança entre os povos. Os Victors, em sua busca desenfreada por indulgência, tornavam-se cegos para as consequências de seus atos, mergulhando ainda mais o mundo em um abismo de vícios. A ira de Huguel crescia como uma tempestade prestes a estourar. O sonho de harmonia que ele havia idealizado estava se desfazendo em meio a uma espiral de corrupção e violência. Seu coração, pesado pela responsabilidade de seu papel como criador, pulsava com a urgência de uma intervenção. No entanto, ele sabia que qualquer movimento poderia desencadear consequências imprevistas, moldando o destino de Zerk de maneiras que ele não poderia prever. Diante do caos que se desenrolava, Huguel se via em uma encruzilhada. Ele precisava encontrar uma solução que pudesse restaurar a ordem e a paz em seu mundo amado, antes que a escuridão consumisse tudo o que havia criado. A batalha entre a criação e a destruição estava apenas começando, e o destino de Zerk dependia de suas escolhas.
Huguel, o criador e soberano do mundo de Zerk, sentava-se em seu trono celestial, assistindo com descontentamento o tumulto que se desenrolava abaixo. Ele contemplava suas criações, as três raças que povoavam Zerk: os Zombianos, mestres da guerra e da destruição; os Cirokos, seres astutos e manipuladores; e os Victors, cuja busca incessante por prazer carnal e poder os tornava cegos à moralidade.
As terras de Zerk estavam em constante agitação. Os Zombianos, com seu apetite insaciável por combate, engajavam-se em conflitos intermináveis, devastando cidades e espalhando terror. Os Cirokos, por sua vez, teciam intrigas, avivando as chamas da discórdia e da traição, enquanto os Victors mergulhavam em excessos, ignorando qualquer senso de ética ou responsabilidade.
Huguel observava tudo isso com crescente ira. O mundo que ele criara com tanto cuidado e dedicação estava sendo consumido por pecados que ameaçavam destruir a harmonia que ele tanto desejara estabelecer. As guerras incessantes, a sede insaciável por poder e a blasfêmia desenfreada deixavam-no furioso.
O coração de Huguel pesava com a necessidade de intervir, mas ele sabia que qualquer ação sua teria consequências profundas. No entanto, a visão do caos e da desordem não podia continuar a ser ignorada. Ele precisava encontrar uma maneira de restaurar a ordem e a paz em Zerk, antes que fosse tarde demais.
Huguel, tomado pela frustração e desapontamento, levantou-se de seu trono com uma resolução sombria em seu coração. Ele decidiu que a única maneira de purificar o mundo de Zerk era através da destruição total, erradicando as criações que haviam se desviado tanto do caminho que ele lhes destinara. A destruição, pensou ele, seria a última pureza.
Enquanto sua determinação crescia, ele começou a reunir seu poder, preparando-se para desencadear uma força cataclísmica sobre Zerk. No entanto, antes que pudesse completar seu ato de juízo final, sentiu uma mão firme segurando seu braço. Era Huguelo, o anjo da luz e seu irmão mais velho, cuja presença irradiava serenidade e esperança.
"Huguel", disse Huguelo em um tom suave, mas firme, "não precisa fazer isso, irmão. Eles ainda têm salvação."
Huguel olhou para Huguelo, sua raiva momentaneamente perturbada pela presença pacificadora de seu irmão. "Como você pode dizer isso, Huguelo? Veja o que eles se tornaram! Guerra, traição, decadência... Tudo o que criamos foi corrompido."
Huguelo manteve seu olhar firme e cheio de compaixão. "Eu vejo, sim. Mas também vejo o potencial para a redenção. Cada uma dessas criaturas possui uma centelha de luz que não foi completamente extinta. Elas precisam de orientação, não de destruição."
Huguel hesitou, suas emoções em conflito. Ele confiava na sabedoria de Huguelo, que sempre fora um farol de esperança e compreensão. "E o que sugere que façamos? Como podemos guiá-los sem força bruta?"
Huguelo sorriu levemente, com um brilho nos olhos. "Vamos enviar emissários de luz, seres que possam ensinar e inspirar. Vamos lhes dar uma chance de encontrar o caminho de volta à harmonia. A destruição não é a única forma de pureza, irmão. Às vezes, a verdadeira pureza vem da transformação."
Huguel ponderou sobre as palavras de Huguelo, sua raiva começando a dissipar-se. Ele sabia que seu irmão tinha razão. Talvez ainda houvesse esperança para o mundo de Zerk, uma chance de restaurar o equilíbrio sem recorrer à aniquilação. Assim, relutante mas esperançoso, Huguel decidiu dar a Zerk uma última oportunidade de redenção.
Capítulo 1 1
02/11/2024