Um Bebê Por Contrato Para o Magnata

Um Bebê Por Contrato Para o Magnata

Lili Marques

5.0
Comentário(s)
30.5K
Leituras
105
Capítulo

William Donavan é um magnata do petróleo, dono de um patrimônio maior do que ele pode contar. Mas sua vida de riquezas e regalias não impediu que uma doença terrível o acometesse. Agora ele tem um ano de vida e precisa correr atrás de um herdeiro. É vagando em busca de uma solução que ele se depara com Sophia Davis, uma jovem que trabalha como garçonete de dia e passa a noite dormindo no banco do parque. Sophia está passando a pior fase da sua vida desde que sua mãe se foi e seu padrasto a colocou para fora de casa. Sem dinheiro, ela trabalha e guarda cada moeda querendo poder pagar um lugar para viver. Quando é abordada por um homem que lhe oferece um contrato de casamento, que inclui um filho, ela só precisaria assinar e sua vida mudaria para sempre.

Capítulo 1 William

Doença, está aí uma palavra que nunca me importou muito, quando se tem dinheiro, não nos preocupamos com coisas pequenas que podem ser facilmente resolvidas pagando os melhores médicos do mundo. Mas quando essa palavrinha vem seguida de "terminal", se torna um grande pesadelo para o rico ou o pobre.

Tudo o que eu quero é tempo, nesse momento da minha vida não me importa o quanto de dinheiro eu tenho, as empresas no meu nome, quantos carros e casas eu possuo. Só me importa quanto tempo de vida eu tenho.

Um ano, foi o que meu médico disse, um maldito ano. Trezentos e sessenta e cinco dias para que eu pudesse usufruir dos meus bilhões, para que eu conseguisse ter um herdeiro e dar uma continuidade ao meu legado.

E foi assim que vim parar nesse terraço, acompanhado da garota que vi dormindo em um banco no parque. Não é todo dia que se conhece uma menina tão linda morando nas ruas de Seattle.

- Não pularia daí se fosse você. - Tentei soar baixo para não assustá-la, mas não teve jeito.

A garota levou as mãos ao peito com o susto, se virando para me encarar. Os olhos azuis me encararam com espanto e ela deu outro passo, se aproximando ainda mais da beirada.

- Não sabe quem eu sou, esse terno caro e o relógio que carrega... - ela sacudiu a cabeça em negação. - Está claro que somos de mundos diferentes, é claro que não pularia se fosse eu.

Era isso o que as pessoas sempre viam quando olhavam para alguém como eu, terno, sapatos, relógio, o dinheiro gritava vida perfeita, solução para os problemas e eu estaria sendo hipócrita se dissesse que não é verdade, ao menos era até ouvir meu diagnóstico.

- E se fizéssemos uma troca? Você leva meu dinheiro e eu os anos de vida que você quer jogar fora.

Dei alguns passos, me aproximando da loira, aproveitando que ela encarava a distância do terraço até o chão.

Não sei o que tinha me dado quando a vi no parque, dormindo encolhida, agarrada à mochila que servia de travesseiro e se abrigava em baixo de um sobretudo, que não fazia um bom trabalho como cobertor.

Depois a segui até a lanchonete onde trabalhava, sai de lá quando começou a ficar estranho, mas continuei a observar do outro lado da rua e vi o momento exato em que ela subiu até aqui.

- Do que está falando? Você é o maluco que estava na lanchonete hoje mais cedo. Não se aproxime! - ela se virou olhando para mim. - Se chegar mais perto eu vou pular!

- Me perdoe, achei que se jogar já era sua intenção. - Provoquei, mas é claro que não queria que isso acontecesse de verdade, não a deixaria desperdiçar a vida assim, mesmo que aquilo não fosse da minha conta.

- O que você quer aqui? Vá embora e finja que não me viu aqui, seja lá o que for que está querendo, seu velhote riquinho e metido a besta, eu não estou interessada!

O cabelo loiro esvoaçou com a força do vento. Tinha que admitir que ela era linda, uma garota jovem que parecia estar em volta dos seus vinte e três anos, com os olhos azuis mais fascinantes e tristes que já vi na vida.

- Eu estava pensando o mesmo que você, sabe, me jogar daqui e acabar com tudo. - Menti na cara dura, eu jamais cogitaria em tirar minha própria vida, gostava muito de estar vivo e com a vida que muitos queriam, mas enquanto eu falava com ela, conseguia me aproximar.

- Por que um rico faria isso? Se jogaria de um prédio? Que tipos de problemas você pode ter para querer acabar com a própria vida?

- Eu posso te perguntar o mesmo, que tipo de problema uma jovem tem para desejar deixar esse mundo? - Finalmente, tinha sua atenção toda virada para mim. - Que tal se você me contar o seu e eu te conto o meu?

Ela piscou rápido os cílios longos e deu uma última olhada na beirada do prédio. Mas algo na rua a assustou o suficiente para que ela quase perdesse o equilíbrio.

As mãos foram rápidas em agarrar o ferro que rodeava toda a estrutura e no segundo seguinte eu estava lá, a puxando para cima. Uma pessoa que quer se matar definitivamente não segurava uma barra assim para impedir que caia, estava claro que ela não queria isso.

- Te peguei! Te peguei! - exclamei quando cai no chão do terraço abraçado com ela.

O corpo macio sobre o meu parecia não pesar quase nada, tão leve quanto imaginei que seria. Mas o cheiro dos seus cabelos invadiu meu nariz, e para minha surpresa, era incrivelmente bom.

Apertei ainda mais os braços em volta dela, sentindo suas curvas se encaixarem de forma perfeita contra mim.

O choro que explodiu dela me dizia o medo que estava sentindo e todo o desespero. Nunca soube o que era isso até algumas semanas atrás.

- Ele está aqui, me encontrou outra vez. - A garota repetia com o rosto enterrado no meu peito.

- Quem está aqui, querida? - segurei seu rosto, erguendo para que ela me encarasse. As maçãs agora estavam molhadas, o nariz vermelho e os olhos ainda mais assustados. - Eu posso te proteger, é só me dizer quem é.

Os olhos azuis varreram o lugar, como se ela esperasse que algo ou alguém fosse brotar do nada ali. Dava para ver que ela estava morrendo de medo.

- Não posso deixar ele me pegar! Me tira daqui, me ajuda a sair daqui e faço o que você quiser! - pediu com desespero e eu me levantei do chão, espanando todo o pó que consegui, antes de puxá-la junto de mim.

- Ninguém vai te tocar, fique tranquila, não vou deixar que nada de ruim te aconteça. - Abri a porta pesada de ferro e estendi a mão para ela. - Vamos?

- Não podemos ir por aí, ele... ele vai me ver e... Não podemos!

"Ele" então era algum filho da puta que a estava perseguindo. Fazia sentido que ela ficasse olhando em volta a todo segundo enquanto trabalhava.

- Não vou deixar ele chegar perto de você, posso te proteger. - Ela me encarou, desviando os olhos para minha mão estendida, a dúvida transbordando. - Sei que não tem nenhum motivo para confiar em mim, mas te garanto que se vier comigo, ninguém nunca mais vai lhe incomodar!

Então ela aceitou, deslizando a mão delicada e calejada sobre a minha. Eu não perdi tempo, desci as escadas com ela em meu encalço, até alcançarmos o meu carro.

Os olhos dela varreram a rua, em busca desse tal alguém, mas eu a empurrei para dentro do carro, não a queria correndo perigo por ali, olhando em volta, procurando alguém que não lhe incomodaria mais. Porque eu fui sincero quando disse, não deixaria que ninguém a incomodasse mais.

Continuar lendo

Outros livros de Lili Marques

Ver Mais

Você deve gostar

Dei um Tapa no Meu Noivo e Casei com o Bilionário Inimigo Dele

Dei um Tapa no Meu Noivo e Casei com o Bilionário Inimigo Dele

PageProfit Studio
5.0

Ser a segunda melhor é algo que parece estar no meu DNA. Minha irmã sempre foi a que recebeu o amor, a atenção, o destaque. E agora, até mesmo o maldito noivo dela. Tecnicamente, Rhys Granger era meu noivo agora - bilionário, incrivelmente atraente, e uma verdadeira fantasia de Wall Street. Meus pais me empurraram para esse noivado depois que a Catherine desapareceu, e honestamente? Eu não me importava. Eu tinha uma queda pelo Rhys há anos. Essa era minha chance, certo? Minha vez de ser a escolhida? Errado. Numa noite, ele me deu um tapa. Por causa de uma caneca. Uma caneca lascada, feia, que minha irmã deu para ele anos atrás. Foi aí que percebi - ele não me amava. Ele nem sequer me enxergava. Eu era apenas uma substituta de carne e osso para a mulher que ele realmente queria. E, aparentemente, eu não valia nem mesmo uma caneca glorificada. Então, eu reagi com um tapa de volta, terminei tudo com ele e me preparei para o desastre - meus pais enlouquecendo, Rhys tendo um chilique bilionário, e a família dele planejando minha "desaparição" súbita. Obviamente, eu precisava de álcool. Muito álcool. E foi aí que ele apareceu. Alto, perigoso, indecentemente bonito. O tipo de homem que te faz querer pecar só pela presença. Eu o tinha encontrado apenas uma vez antes, e naquela noite, por acaso, ele estava no mesmo bar que meu eu bêbado e cheio de autocomiseração. Então fiz a única coisa lógica: o arrastei para um quarto de hotel e arranquei suas roupas. Foi imprudente. Foi estúpido. Foi completamente desaconselhável. Mas também foi: O melhor sexo da minha vida. E, como se descobriu, a melhor decisão que eu já tomei. Porque meu caso de uma noite não é apenas um cara qualquer. Ele é mais rico que Rhys, mais poderoso que toda a minha família, e definitivamente mais perigoso do que eu deveria estar "brincando". E agora, ele não vai me deixar ir embora.

Contrato de Prazer: A Mãe que o CEO jurou Dominar

Contrato de Prazer: A Mãe que o CEO jurou Dominar

Priscila Ozilio
5.0

"Vamos lá, Juliet... é hora de escrever uma nova história." Após anos presa em um casamento abusivo, Juliet Pierce decide fugir. Sozinha, com dois filhos e uma mala cheia de traumas, ela abandona o luxo e George Monroe, o homem que um dia amou, em busca de um recomeço. O destino? Manhattan. O plano? Apenas sobreviver. Mas tudo muda na sua primeira noite como garçonete, na boate Paradise. Um clube exclusivo de BDSM onde o prazer encontra o poder. Com medo de ser reconhecida, ela usa uma máscara, como se fosse uma proteção. E é lá que ela cruza com Noah Blake: CEO bilionário, dominador implacável e sócio do clube. Ele a vê. Ele a deseja. Ele não sabe quem ela é... ainda. Dias depois, Juliet se candidata a uma vaga como assistente na empresa de Noah. Dessa vez, ela está sem máscara, e ele começa a juntar as peças. Juliet quer distância. Ele quer domá-la. "Adoro um desafio.", ele diz. Juliet é tudo o que ele não esperava: divertida, ousada, intensa, aparência frágil, mas olhos que mostram o quanto é incontrolável. Ele quer colocá-la de joelhos. Ela quer provar que pode amar sem se perder. O que começa como um contrato perigoso vira uma guerra silenciosa entre o medo e o desejo, o passado e a redenção. Mas o passado de Juliet está mais perto do que ela imagina. E quando tudo voltar para assombrá-la... ela precisará escolher: se render ou lutar por si mesma e talvez, pelo amor de um homem que jurou nunca amar. "Foi nesse momento que percebi, que estava prestes a descobrir: Se isso seria um pesadelo... ou a melhor experiência da minha vida."

Abandonada no Altar, Casei com o Herdeiro "Aleijado"

Abandonada no Altar, Casei com o Herdeiro "Aleijado"

Rabbit2
5.0

O som do órgão na Catedral de São Patrício ainda ecoava quando o meu mundo desabou em silêncio absoluto. Diante de quinhentos convidados da elite, o homem que eu amava há quatro anos soltou a minha mão e caminhou calmamente até à minha madrinha de casamento. O ""sim"" que eu esperava transformou-se no anúncio cruel de que eu era apenas um passatempo descartável. Blake Miller rejeitou-me publicamente, trocando-me pela minha melhor amiga, Tiffany, sob o pretexto de que uma órfã sem nome nunca estaria à altura do seu império. A humilhação foi total enquanto os convidados sussurravam insultos e a minha própria família adotiva me virava as costas, deixando-me sem teto e sem dignidade. ""Eu não posso casar contigo, Audrey. A Tiffany é quem realmente entende o meu peso e o meu estatuto. Tu foste apenas uma diversão, mas o jogo acabou."" Fui ridicularizada por aqueles que antes me bajulavam, vendo a minha vida ser destruída num espetáculo de traição e ganância. A dor da injustiça transformou-se num ódio gelado ao perceber que eu tinha sido apenas um peão nos planos deles. Eu estava sozinha, sem dinheiro e com a reputação em farrapos, destinada a ser a piada da temporada. Como puderam ser tão cruéis depois de tudo o que sacrifiquei? A fúria superou a minha agonia, e eu decidi que não seria a vítima daquela história. Em vez de fugir em lágrimas, caminhei firmemente até ao fundo da igreja, onde Victor Sterling, o ""pária"" bilionário numa cadeira de rodas, observava tudo com um desprezo glacial. Olhei nos olhos do homem que todos julgavam arruinado e propus-lhe um negócio: o meu nome pelo seu poder. Quando Victor aceitou, o jogo mudou; a noiva humilhada estava prestes a tornar-se o pior pesadelo de quem ousou traí-la.

Capítulo
Ler agora
Baixar livro