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Phoenix
Meu corpo estremece, sinto o suor deslizar pelo meu rosto, confirmando a intensidade do meu medo. Tudo está em profundo silêncio, o único som é o palpitar acelerado do meu coração, como se desejasse escapar do meu peito, a cada ruído estranho que surge do nada.
Ando em silêncio, tentando dominar o tremor que sinto, tudo está mais aterrorizante e sombrio nesta estrada, como nunca esteve antes.
— Droga! — exclamei insatisfeita.
Ao sentir as gotas de chuva em meu rosto, apressei os passos, a cada minuto a tempestade se intensificava e os trovões começaram a romper o silêncio da noite. Tropeço pela estrada esburacada, devido ao peso e ao tamanho do vaso de porcelana que as filhas do meu senhor me ordenaram buscar no vilarejo ao cair da noite.
Suspiro aliviada ao avistar a pequena faísca de luz emanando do casarão, indicando que a chegada estava próxima. Contudo, ao ouvir o estalar dos galhos das árvores, congelo, sinto minhas pernas fraquejarem e meu coração bater descompassado. Após alguns segundos em silêncio, uma figura emerge de dentro da floresta, aproximando-se cada vez mais de mim. Consegui enxergar, com maior clareza, a silhueta de um homem cambaleante, que segurava uma garrafa em sua mão, visivelmente embriagado.
Instantaneamente, um alerta estridente ecoa em minha mente, ordenando que eu desse meia volta e fugisse dali o mais rápido possível. Estando a alguns metros à minha frente, ele me encara descaradamente.
— Vejam só o que temos aqui: a escrava do senhor Campbell. O que uma bela donzela faz em uma estrada tão perigosa, em plena noite? — ele perguntou enquanto tomava um gole de sua bebida.
Eu tremi e, involuntariamente, passei as mãos pelo meu rosto para enxugar o suor que escorria. Era inevitável não entrar em pânico, meu medo era tão intenso que meu corpo parecia formigar.
Seu olhar malicioso me causa náusea. Mantive-me em silêncio e tentei passar por ele o mais rápido possível, esperando que ele não desse importância à minha presença. No entanto, ele rapidamente segurou meu braço com força, já imaginando o que aconteceria a seguir. Instantaneamente, como uma forma de me livrar, joguei o vaso de porcelana que eu carregava em cima dele.
Saí correndo escutado ele reclamar, olho para trás, e assustei-me ao ver que ele está atrás de mim não demorou muito até que ele consegue pegar‐me pelo braço, me derrubando no chão.
— Sua desgraçada, você cortou meu rosto, mas farei algo pior para você aprender a ser uma boa menina. — pronunciou.
— Solte-me. — grito em agonia, o batendo freneticamente.
— Quieta. — berrou ao desferir um tapa em meu rosto.
Sinto o gosto amargo e metálico do sangue, junto com a ardência pelo corte.
— Por favor! Não faça isso, deixe-me ir embora. Socorro. — grito implorado.
Imploro, para que alguém pudesse me ouvir e corre ao meu socorro, o desespero aumenta ao sentir suas asquerosa mãos levantado o meu vestido.
— Você vai gostar, eu garanto. — ele murmura próximo ao meu rosto após tocar meus lábios. Mesmo sentindo repulsa, mordo-os até sentir o sangue escorrer em minha boca.
— Desgraçada. — ele urra de dor, afrouxando seu aperto em mim.
Aproveito a oportunidade e o empurro com mais força, conseguindo tirá-lo de cima de mim. Levanto-me rapidamente, mas ele segura meu pé, fazendo-me cair de rosto no chão.
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