/0/14931/coverorgin.jpg?v=d9327e295f9beca37a94302fad2cc903&imageMogr2/format/webp)
Hoje é o nosso dia, o dia dos trigêmeos, como costumávamos chamar quando criança, eu Darya e Vas, estamos comemorando nossos 32 anos. E nada melhor do que celebrar de uma maneira nostálgica, retornando àquela floresta onde passávamos nossas férias quando éramos adolescentes e vínhamos acampar. Darya trouxe seus filhos, Maxime, Mathieu e a pequena Margot, além da filha de Vasily, Eleonora, todos com idades próximas. Era uma oportunidade perfeita para nos reconectar e, ao mesmo tempo, dar às crianças um gosto das nossas aventuras passadas.
Enquanto montamos as barracas e organizamos o acampamento, Darya pede às crianças para não se afastarem muito. Querendo que elas fiquem por perto, ao alcance dos nossos olhos, mesmo tendo nossos soldados postos a uma certa distância para a nossa segurança.
Estamos entre risos e conversas sobre nossa infância, lembranças que parecem tão vivas quanto o presente. Adoro o que faço como o Don da Máfia, mas é nesses momentos com os meus gêmeos que são um terço de mim e meus sobrinhos que me deixa completo.
— Lembram daquela vez que tentamos construir uma cabana na árvore e tudo desabou? — pergunta Darya, gargalhando.
— Como esquecer? — respondo. — Mamãe ficou furiosa quando viu a bagunça que fizemos.
— Ainda tenho a cicatriz no joelho — diz Vasily, mostrando a marca. — Mas valeu a pena.
Rimos.
— E aquele verão em que decidimos acampar no quintal? — indaga Vas, com um sorriso nostálgico. — Papai Luther nos trouxe marshmallows e ficamos contando histórias de terror até tarde da noite.
— Sim, e acabou que fomos todos dormir em casa porque alguém — olho para Darya com um ar de brincadeira — ficou com medo dos barulhos da noite.
Darya revira os olhos, mas não consegue esconder o sorriso.
— Eu era pequena! E aqueles barulhos eram realmente assustadores.
— Esses momentos são os que mais valem a pena — digo, ao piscar para ela. — Não importa o que o futuro traga, sempre teremos nossas lembranças e nossa família, sempre seremos nós.
Vasily acena com a cabeça.
— E vamos criar muitas mais, tenho certeza.
A conversa continua, e sou feliz por vê-los estão felizes seguindo com as suas próprias famílias, com seus companheiros e filhos. Por encontrarem o mesmo amor que os nossos pais encontraram.
As crianças, alheias às nossas histórias, brincam por ali, explorando a área ao redor. Enquanto eu e Vasily nos encarregamos de montar as barracas, Darya tenta acender o fogo e quando ela consegue, grita feliz após conseguir e se levantar, dando alguns pulinhos. Sinto um calor no coração que não sentia há muito tempo depois que perdi a minha esposa, ao vê-la tão feliz.
Quando eu e Vas, terminamos de montar as barracas e arrumar as cadeiras e a mesa entre as barracas, Maxime, Mathieu, Margot e Eleonora voltam correndo, acompanhados por três garotos idênticos, da mesma idade das meninas. Eles tinham cabelos castanhos claros e olhos azuis, e imediatamente me fizeram lembrar de mim mesmo quando era criança. Darya, sempre com seu humor característico, brinca:
— Yakov, esses meninos parecem miniaturas suas!
Sorri, mas algo nos garotos me intriga. Fico olhando para os três meninos e pensando que se ela ainda estivesse aqui comigo, se teríamos três crianças assim como eles, atualmente. Nossos filhos, brincando com os meus sobrinhos, sendo uma parte minha e sua. Me inclino para frente na cadeira com os meus cotovelos apoiados em meus joelhos. Eles eram tão semelhantes a mim que parecia impossível ser coincidência, totalmente surreal ou apenas é o destino querendo brincar comigo sobre a possibilidade que perdi e que nunca mais teria.
Mas deixo esses pensamentos de lado e volto a me concentrar na nossa tarde.
Vasily dirige-se à churrasqueira enquanto Darya pega biscoitos e marshmallows, solicitando a ajuda das crianças para colocá-los nos espetos e assá-los na fogueira a uma distância segura.
— Qual é o nome dos seus novos amigos? — ela pergunta à filha. Margot sorri e dá de ombros, e quem responde é Eleonora.
— São Rhavi, Gael e Arturo — ela diz, apontando para cada um deles, que concordam com um aceno de cabeça, com a boca toda suja de marshmallows e biscoitos.
/0/12864/coverorgin.jpg?v=893d8e4d8fc21ccf5909da308dd2045a&imageMogr2/format/webp)
/0/6713/coverorgin.jpg?v=a3561c6eb6d67a787e71d49a5ec83507&imageMogr2/format/webp)
/0/14284/coverorgin.jpg?v=11a9c324d5eed676aa215084e485eb88&imageMogr2/format/webp)
/0/10951/coverorgin.jpg?v=7a0fffa946bf878fd02018e6eef92286&imageMogr2/format/webp)
/0/9618/coverorgin.jpg?v=0b934014d47e1d413fa914af3e5e90be&imageMogr2/format/webp)
/0/9621/coverorgin.jpg?v=b391709dc870ff09ad897db3c52eca91&imageMogr2/format/webp)
/0/9285/coverorgin.jpg?v=35ab82b549d903c08410a1250111ab7c&imageMogr2/format/webp)
/0/2034/coverorgin.jpg?v=8fc8a0af2be1ec7e1a21438fc114619c&imageMogr2/format/webp)
/0/6314/coverorgin.jpg?v=bb8008feb09c0bb01fba11fce8f9e819&imageMogr2/format/webp)
/0/12875/coverorgin.jpg?v=577f3c30b5c194d3127a7068a5bf8a09&imageMogr2/format/webp)
/0/12180/coverorgin.jpg?v=b5afd4ab7efb8e22a6f7a3bf354f15d4&imageMogr2/format/webp)
/0/11267/coverorgin.jpg?v=c84a0d9af3851836aebed17ce90d8f6b&imageMogr2/format/webp)
/0/12861/coverorgin.jpg?v=5b3213662ee38be185f0f737fe110793&imageMogr2/format/webp)
/0/12807/coverorgin.jpg?v=1982bde001a5202649a339a648137fae&imageMogr2/format/webp)
/0/8629/coverorgin.jpg?v=db6c7b1f8119784a0cbe4c52d150c18d&imageMogr2/format/webp)
/0/11316/coverorgin.jpg?v=93deb243983da15ce5c30326239a2edc&imageMogr2/format/webp)
/0/16593/coverorgin.jpg?v=64e22477e5d028443801f345a0e8c7fa&imageMogr2/format/webp)
/0/11820/coverorgin.jpg?v=067b3f28bee6c7b8da587b87d1a5a245&imageMogr2/format/webp)
/0/8295/coverorgin.jpg?v=bda101d5366b7fe32f2eb10d6feec1ce&imageMogr2/format/webp)
/0/17259/coverorgin.jpg?v=e580a00918f36aca1b9a81725ca5ec4d&imageMogr2/format/webp)