A Escolha Dele, A Minha Guerra

A Escolha Dele, A Minha Guerra

Gavin

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Capítulo

O cheiro a gasolina e a pneu queimado encheu o ar. Grávida de sete meses, a minha única preocupação era o bebé. A minha cabeça bateu no vidro lateral. A dor era excruciante. Mas foi a voz do meu marido, Leo, que me quebrou. Em vez de chamar ajuda depois do acidente, ele atendeu uma chamada. "Sofia? O que se passa? Estás bem?". Não era para mim. Era para a irmã dele, cujo gato tinha vomitado. Lá jazia eu, grávida e a sangrar, e ele saiu do carro. "Clara, não vês que a minha irmã precisa de mim?". Partiu, deixando-me sozinha nos destroços. O meu filho, Tiago, nasceu prematuro, uma luta que ele infelizmente perdeu. Pior que a perda, foi a indiferença do Leo, a sua preocupação constante com a "traumatizada" Sofia e o seu gato. A sua família ligou-me no hospital, não para saber do neto, mas para me acusar de stressar o Leo. Com o coração dilacerado, descobri a derradeira traição: o Leo transferia fortunas para a Sofia, enquanto me negava o essencial. Mas o fundo do poço veio na mediação do divórcio. Sofia olhou-me nos olhos e vociferou: "Ela nunca quis o bebé! Provavelmente ficou aliviada por se livrar dele!". O ar saiu dos meus pulmões. As suas palavras cruéis não me destruíram. Em vez disso, alimentaram uma chama fria e implacável dentro de mim. "Obrigada, Sofia", disse eu, a minha voz clara e firme. "Acabaste de garantir que eu não vou aceitar menos do que cada cêntimo a que tenho direito." A guerra tinha começado. E eu estava pronta.

Introdução

O cheiro a gasolina e a pneu queimado encheu o ar.

Grávida de sete meses, a minha única preocupação era o bebé.

A minha cabeça bateu no vidro lateral.

A dor era excruciante.

Mas foi a voz do meu marido, Leo, que me quebrou.

Em vez de chamar ajuda depois do acidente, ele atendeu uma chamada.

"Sofia? O que se passa? Estás bem?".

Não era para mim.

Era para a irmã dele, cujo gato tinha vomitado.

Lá jazia eu, grávida e a sangrar, e ele saiu do carro.

"Clara, não vês que a minha irmã precisa de mim?".

Partiu, deixando-me sozinha nos destroços.

O meu filho, Tiago, nasceu prematuro, uma luta que ele infelizmente perdeu.

Pior que a perda, foi a indiferença do Leo, a sua preocupação constante com a "traumatizada" Sofia e o seu gato.

A sua família ligou-me no hospital, não para saber do neto, mas para me acusar de stressar o Leo.

Com o coração dilacerado, descobri a derradeira traição: o Leo transferia fortunas para a Sofia, enquanto me negava o essencial.

Mas o fundo do poço veio na mediação do divórcio.

Sofia olhou-me nos olhos e vociferou: "Ela nunca quis o bebé! Provavelmente ficou aliviada por se livrar dele!".

O ar saiu dos meus pulmões.

As suas palavras cruéis não me destruíram.

Em vez disso, alimentaram uma chama fria e implacável dentro de mim.

"Obrigada, Sofia", disse eu, a minha voz clara e firme.

"Acabaste de garantir que eu não vou aceitar menos do que cada cêntimo a que tenho direito."

A guerra tinha começado.

E eu estava pronta.

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Oito anos de casamento. No dia do nosso aniversário, Pedro Silva me presenteou com novecentas e noventa e nove rosas vermelhas, quase sufocando a sala com seu perfume. Qualquer outra mulher choraria de emoção, mas meu coração estava frio como uma pedra de gelo, afinal, eu acabara de receber alta do hospital após uma cirurgia. Disquei o número dele e uma jovem atendeu, a voz de Ana, sua secretária, chorosa e acusatória: "Dona Silva... me desculpe... foi tudo culpa minha." Ao fundo, a voz de Pedro, terna e consoladora: "Não chore, não foi culpa sua. Fique tranquila, eu resolvo." Minutos depois, ele finalmente atendeu, mas sua voz era fria, desprovida de qualquer afeto: "O que você quer?" Foi então que a bomba explodiu: "Pedro, vamos nos divorciar." Ele não hesitou, apenas respondeu com uma indiferença cortante: "Como você deseja." E desligou. Naquela noite, o cheiro de álcool caro e o perfume feminino de Ana impregnavam seu terno. Ele se sentou ao meu lado, oferecendo uma bolsa de grife como um suborno por sua ausência. Eu o confrontei diretamente: "Você está tendo um caso com a Ana?" Ele negou, desdenhando da minha desconfiança, me acusando de ser amarga, de afastar até nosso filho. A humilhação de ter sido impedida de buscar João na escola por sua ordem, porque "eu faria uma cena", ainda ardia. Ele se inflamou em raiva, gritando que eu não sabia "ser a esposa de Pedro Silva", que eu o envergonhava. Em meio à fúria dele, uma clareza fria me atingiu: não havia mais dor, apenas um vazio profundo. Então, com a voz mais calma e firme que consegui reunir, revelei a verdade que o mergulhou no mais absoluto silêncio: "Eu tive um aborto espontâneo hoje."

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