A Mulher Que Ele Subestimou

A Mulher Que Ele Subestimou

Gavin

5.0
Comentário(s)
2.5K
Leituras
11
Capítulo

Acordei no hospital, com a barriga vazia. O nosso bebé não estava lá. Só havia um vazio gelado. Peguei no telemóvel: 27 chamadas não atendidas para Miguel, o meu marido. Liguei-lhe uma última vez: "Miguel, o bebé... perdemos o bebé." Do outro lado, silêncio de impaciência. "Outro pesadelo? A Sofia teve um ataque de pânico. Não tenho cabeça para os teus dramas." Vinte e sete chamadas ignoradas enquanto eu sangrava. Ele escolheu a meia-irmã. A minha sogra, Helena, invadiu o quarto, chamando a perda do meu filho "uma dor de barriga". Miguel irrompeu, furioso, culpando-me: "Estás sempre a queixar-te! Pensei que era só mais um drama teu!" A sua crueldade era tão casual. Na versão dele, eu era a histérica que lhe custara um filho. Como podiam ser tão cegos, tão egoístas? Onde estavam quando eu mais precisei? Uma raiva fria e cortante consumia-me. A injustiça era imensa, mas a dor dava lugar a uma clareza gelada. O meu irmão, Pedro, salvou-me daquele inferno. Ele trouxe-me a verdade nua e crua: viu Miguel e Sofia rindo, de mãos dadas, em público. Aquela imagem confirmou a minha intuição mais sombria. Não era apenas negligência; era traição calculada. A última peça encaixou. Liguei à minha advogada. "Joana, mudei de ideias. Já não quero ser justa. Quero tudo a que tenho direito."

Introdução

Acordei no hospital, com a barriga vazia.

O nosso bebé não estava lá.

Só havia um vazio gelado.

Peguei no telemóvel: 27 chamadas não atendidas para Miguel, o meu marido.

Liguei-lhe uma última vez: "Miguel, o bebé... perdemos o bebé."

Do outro lado, silêncio de impaciência.

"Outro pesadelo? A Sofia teve um ataque de pânico. Não tenho cabeça para os teus dramas."

Vinte e sete chamadas ignoradas enquanto eu sangrava.

Ele escolheu a meia-irmã.

A minha sogra, Helena, invadiu o quarto, chamando a perda do meu filho "uma dor de barriga".

Miguel irrompeu, furioso, culpando-me: "Estás sempre a queixar-te! Pensei que era só mais um drama teu!"

A sua crueldade era tão casual.

Na versão dele, eu era a histérica que lhe custara um filho.

Como podiam ser tão cegos, tão egoístas?

Onde estavam quando eu mais precisei?

Uma raiva fria e cortante consumia-me.

A injustiça era imensa, mas a dor dava lugar a uma clareza gelada.

O meu irmão, Pedro, salvou-me daquele inferno.

Ele trouxe-me a verdade nua e crua: viu Miguel e Sofia rindo, de mãos dadas, em público.

Aquela imagem confirmou a minha intuição mais sombria.

Não era apenas negligência; era traição calculada.

A última peça encaixou.

Liguei à minha advogada.

"Joana, mudei de ideias. Já não quero ser justa. Quero tudo a que tenho direito."

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Quando o Amor Vira Mentira: A Luta de Sofia

Quando o Amor Vira Mentira: A Luta de Sofia

Moderno

5.0

No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro