O Último Adeus e o Novo Começo

O Último Adeus e o Novo Começo

Gavin

5.0
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Capítulo

Meu pai estava no hospital, e o médico acabava de anunciar a sua morte. A minha barriga de três meses tremeu, o meu mundo desabou. Liguei para o meu marido, Miguel, o melhor cardiologista da cidade, mas ele não atendeu as minhas chamadas desesperadas. Desesperada, fui encontrá-lo no corredor e vi o impensável. Miguel estava a rir com a famosa atriz Sofia, tratando do pulso dela e servindo-lhe café. Tudo isso enquanto o meu pai, a poucos metros de distância, morria devido a um ataque cardíaco súbito. Naquele momento brutal, uma dor lancinante atingiu o meu abdómen, e o sangue manchou o chão branco do hospital. Perdi o meu bebé, o neto que o meu pai ansiava conhecer, no mesmo instante em que ele se foi. Miguel, o homem que jurei amar, veio ao meu quarto hospitalar com desculpas cínicas, mascarado de preocupação. Ele alegou que Sofia era uma "benfeitora importante" para o hospital e que o meu pai "iria morrer de qualquer forma". Logo depois, a minha sogra, Helena, invadiu o quarto, chamando a perda do meu filho de um "pequeno acidente". Ela culpou a minha "instabilidade emocional" pelo aborto espontâneo, enquanto Miguel acenava com a cabeça, concordando. Eles queriam que eu aceitasse, calasse e perdoasse a sua traição, como se o meu sofrimento fosse uma conveniência para eles. Senti um vazio frio, uma raiva gélida que afogava o luto. Fui tratada como uma mulher instável, que exagerava e merecia ser culpada pela sua própria tragédia. Como podiam ser tão egoístas, tão cegos pela ambição? O meu pai e o meu filho foram sacrificados pela indiferença de um homem que priorizou uma celebridade. Eu não os ia deixar varrer tudo para debaixo do tapete. Eles achavam que eu ia ceder, que a pressão e a dor me iriam quebrar. Mas eles não me conheciam. Eu tinha uma prova, um vídeo fornecido por uma enfermeira compassiva. O vídeo, em alta definição, mostrava cada riso, cada flerte, cada toque casual e cada pager ignorado. Não havia mais dor, nem luto, apenas uma determinação fria. Isto não era sobre um casamento desfeito, era sobre justiça.

Introdução

Meu pai estava no hospital, e o médico acabava de anunciar a sua morte.

A minha barriga de três meses tremeu, o meu mundo desabou.

Liguei para o meu marido, Miguel, o melhor cardiologista da cidade, mas ele não atendeu as minhas chamadas desesperadas.

Desesperada, fui encontrá-lo no corredor e vi o impensável.

Miguel estava a rir com a famosa atriz Sofia, tratando do pulso dela e servindo-lhe café.

Tudo isso enquanto o meu pai, a poucos metros de distância, morria devido a um ataque cardíaco súbito.

Naquele momento brutal, uma dor lancinante atingiu o meu abdómen, e o sangue manchou o chão branco do hospital.

Perdi o meu bebé, o neto que o meu pai ansiava conhecer, no mesmo instante em que ele se foi.

Miguel, o homem que jurei amar, veio ao meu quarto hospitalar com desculpas cínicas, mascarado de preocupação.

Ele alegou que Sofia era uma "benfeitora importante" para o hospital e que o meu pai "iria morrer de qualquer forma".

Logo depois, a minha sogra, Helena, invadiu o quarto, chamando a perda do meu filho de um "pequeno acidente".

Ela culpou a minha "instabilidade emocional" pelo aborto espontâneo, enquanto Miguel acenava com a cabeça, concordando.

Eles queriam que eu aceitasse, calasse e perdoasse a sua traição, como se o meu sofrimento fosse uma conveniência para eles.

Senti um vazio frio, uma raiva gélida que afogava o luto.

Fui tratada como uma mulher instável, que exagerava e merecia ser culpada pela sua própria tragédia.

Como podiam ser tão egoístas, tão cegos pela ambição?

O meu pai e o meu filho foram sacrificados pela indiferença de um homem que priorizou uma celebridade.

Eu não os ia deixar varrer tudo para debaixo do tapete.

Eles achavam que eu ia ceder, que a pressão e a dor me iriam quebrar.

Mas eles não me conheciam.

Eu tinha uma prova, um vídeo fornecido por uma enfermeira compassiva.

O vídeo, em alta definição, mostrava cada riso, cada flerte, cada toque casual e cada pager ignorado.

Não havia mais dor, nem luto, apenas uma determinação fria.

Isto não era sobre um casamento desfeito, era sobre justiça.

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Sofia e Vicente eram o casal invejado, 10 anos de união estável que parecia um conto de fadas moderno. Ele, herdeiro de um império do café. Ela, uma talentosa restauradora de arte. O amor deles era a manchete preferida das colunas sociais do Rio de Janeiro. Mas a perfeição desmoronou sem aviso. Primeiro, Vicente é drogado e seduzido por uma estagiária numa festa familiar. Pouco depois, essa mulher, Isadora, surge grávida, abalando o mundo de Sofia. A humilhação culmina quando ele entrega à amante a joia mais preciosa de Sofia, herdada da bisavó, e a empurra para longe em público, priorizando a falsa dor da outra. A cada traição, Vicente prometia perdão com desculpas elaboradas. Sofia, ferida e exausta, cedia, acreditando na redenção. Mas ele continua a despedaçá-la. Pede o sangue dela para salvar a amante que a agrediu num hospital. Permite que ela seja isolada numa ilha deserta durante uma tempestade, enquanto a voz vitoriosa de Isadora atende o telefone dele, longe do caos. Como o homem que prometeu cuidar dela na saúde e na doença podia construir uma nova vida sobre as ruínas da dela? Onde estava o amor que ele jurava com tanta intensidade? Teria sido toda essa história um conto de fadas que ela mesma criou, uma ilusão perfeita que agora ruía? A dor de vê-lo cego à verdade, ao seu próprio sofrimento, transformou o que restava do seu coração em cinzas e um vazio gelado. Isolada naquela ilha, no meio de uma fúria infernal, e com a certeza de que ele não a resgataria, Sofia percebeu: seu amor por Vicente não apenas morreu, ele se transformou em pó, levado pelo vento. Era o fim cruel de um conto de fadas e o início de uma nova Sofia, que jurou construir seu próprio futuro e encontrar a verdadeira liberdade, custe o que custar.

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